segunda-feira, novembro 12

Cartéis




Lembram-se, certamente, das decisões da Autoridade da Concorrência (AdC) que condenaram a Abbott, Roche, Menarini, Johnson & Johnson e Bayer link ao pagamento de multas no valor de 19,3 milhões de euros por concertação de preços em concursos de tiras-reagentes vendidos aos hospitais ?

Pois bem, em Abril deste ano, o Tribunal do Comércio de Lisboa decidiu anular as decisões da AdC por erros formais cometidos no processo por esta entidade. Recentemente a AdC voltou a acusar as quatro farmacêuticas de concertação de preços. link

Sobre este meandroso processo, MB «estranha a AdC não ter tido o cuidado de seguir todos os passos processuais, ao ponto de o tribunal do Comércio ter anulado uma multa de quase 20 milhões de euros por erros processuais.»
link
Estranha, ainda, que «cinco laboratórios apresentem preços iguais ao cêntimo e ninguém nos outros 21 hospitais (com excepção do Hospital de Coimbra) suspeita de nada? Ou, pior, suspeita mas não faz uma queixa, mesmo que fosse anónima?»

Pois é! Abel Mateus (AM) está de saída. O objectivo da AdC de lutar contra as posições dominantes e de abuso do poder de mercado saiu derrotado aos primeiros confrontos
«Os cartéis, infelizmente, abundam na economia portuguesa», confessava AM em entrevista ao JP
link
E vão continuar a existir. Reforçados.
Quanto aos HHs foram sempre o elo mais fraco desta rede de comercialização de produtos de uso e consumo hospitalar.

2 Comments:

Blogger saudepe said...

O que ressalta para já, digno de nota, deste processo é o poder das grandes multinacionais, melhor apetrechadas, com outros recursos, em fazer frente às veleidades de qualquer poder regulador.

Abel Mateus estava esperançado em criar jurisprudência capaz, de num futuro próximo, ajudar a enfrentar estes atentados à concorrência. Pelos vistos, pouco ou nada, poderá esperar dos tribunais, habituados, tal como a Igreja, a defender o poder dos mais fortes.

9:49 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Entretanto o Mercado da Saúde continua a dar sinais de vitalidade.
Neste caso o negócio dos MNSR vão de vento em popa. Na esperança de serem promovidas a verdadeiras farmácias.
Avizinha-se a concentração do sector.

O director da Pharmacon, Fernando Saraiva, anunciou que a marca portuguesa de parafarmácias pretende abrir 10 novas lojas no próximo trimestre e mais oito até final de 2008, estendendo para 30 o total de estabelecimentos no país.

Actualmente, a Pharmacon tem lojas em Albufeira, Alcabideche, Almada, Beja, Coimbra, Famalicão, Massamá, Montijo, Portalegre, Quarteira, Casal de São Brás (Amadora), Sines e Tavira.

Até ao final de 2008 serão abertos novos estabelecimentos em Braga, Brandoa, Cacém, Castro Verde, Faro, Guarda, Lisboa, Tomar e Vila Real de Santo António assim como duas novas lojas na Amadora, e uma outra em Lisboa, Faro, Abrantes, Guimarães, Oeiras e Ourique.
DE 12.11.07

9:59 da manhã  

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