É só o início !
Além de anunciar o alargamento de cuidados do SNS, Sócrates arrasou Santana. É o regresso do bombo da festa.link
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje na AR ,no debate do orçamento, o alargamento dos cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), que passará a integrar pela primeira vez um programa nacional de saúde oral, a vacina contra o cancro do colo do útero e o apoio à procriação medicamente assistida. link
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje na AR ,no debate do orçamento, o alargamento dos cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), que passará a integrar pela primeira vez um programa nacional de saúde oral, a vacina contra o cancro do colo do útero e o apoio à procriação medicamente assistida. link
11 Comments:
O Xavier não perde uma oportunidade para dar umas ferroadas em Santana Lopes. Será uma "révanche" pela vitória de Isaltino em Oeiras?
Parece-me claramante forçada a sua apreciação. Respeito a sua opinião mas, dela discordo. Não vi (nem ouvi)esse arrasar de Sócrates.
Diria mesmo que Sócrates fugiu às questões e limitou-se a repetir medidas como o abono de família pré-natal e outras de apoio a idosos. E bem sabemos como os idosos vivem cada vez mais pobres. E também sabemos que não será o abono pré-natal a resolver o problema da baixa natalidade.
Mais importante que isso é pensarmos que o salário mínimo em Portugal é de 403 euros o que compara com os 570 euros de Espanha. E pensarmos na perda recorrente de poder de compra dos salários dos trabalhadores em geral e da função pública em particular.
E pensarmos na vergonha nacional que constituem os assaltos violentos, quase diários, quando se poupa e poupa e poupa nas despesas com as forças de PSP e GNR.
Mas que dizer da resposta de Santana Lopes quando disse a JS que "Só nunca mais volta quem governa em ditadura e normalmente vai para o exílio". E que dizer da resposta de SL dizendo que que o Primeiro Ministro faz lembrar o "governo da fuga do pântano"?
Será que JS arrasou?
E porque não respondeu à afirmação de SL de que, em 2004 a economia cresceu 1,5%, valor que ainda não foi atingido na actual governação? E que dizer do desemprego?
Será que o Xavier ouviu todo o debate?
Hoje teremos mais e, como dizia o outro: prognósticos só no fim do jogo.
"Na emergência médica, a primeira operadora desligou-lhe o “telefone na cara”."
Eis parte da notícia do Correio da Manhã que nos dá conta de que Mantorras salvou taxista da morte.
Estamos perante um "crime" (a ser verdade o que disse a empregada de Mantorras) que deve ser mandado averiguar. Era uma vida que estava em perigo e o comportamento da tal operadora é inaceitável. Foi mesmo criminoso.
O último debate parlamentar trouxe pouco aos portugueses.
Não se discutiu, com profundidade, o essencial, isto é, o orçamento e, fundamentalmente, não ficou clara a razão de que uma vez atingido o equilíbrio do deficit, como vão continuar a ser geridos os esforços contributivos (como o esgotamento da dita "classe média" e dos trabalhadores pro conta de outrém) e qual será andamento da expoliação de direitos sociais (num imparável nivelamento por baixo, o congelamento das carreiras, a perda de poder de compra, etc.).
Sócrates estava empenhadíssimo em descredibilizar Santana Lopes, perante o País.
Este, por sua vez, a tentar segurar o "eleitorado" PSD, como sabemos, dividido sobre a sua capacidade de liderar uma oposição eficaz (portanto, também credível) ao governo socialista.
Sócrates repetiu o que todos sabemos - que derrotou Santana Lopes há 2 anos e meio. Mas, por mais piruetas retóricas que faça, não conseguiu "irradiá-lo" da Casa da Democracia. Está lá para o combater. Não vale a pena fazer de conta que não existe ou está morto...politicamente.
Santana Lopes, indeferente ao passado, tentando por seu lado branqueá-lo, apagá-lo, reaparece na política, com um destacado lugar na Oposição.
Estavam duas coisas novas em cima da mesa: um novo arranjo político partidário (que afectava um dos dois principais partidos portugueses) e um novo orçamento para 2008. Ambas foram tratadas pela rama.
Gastou-se, portanto, demasiado tempo em "jogos florais", num País que não está propriamente à espera que, entre Sócrates e Santana, se encontre qual o verdadeiro Messias. Cerca de 2 milhões de portugueses estão a sofrer. Estes é que são o "bombo da festa".
Finalmente, de saudar as medidas anunciadas no domínio da Saúde.
De qualquer modo, aproxima-se o tempo de avaliar o nível de execução do PNS.
E se o orçamento da Saúde garante a sua prossecução ou se demasiadas reformas e/ou re-estruturações vão ficar a meio caminho ou a hibernar (falo das USF's, dos cuidados continuados integrados, da re-estruturação das urgências, etc.).
Isto é, na Saúde, independentemente de medidas pontuais que foram anunciadas, devemos, por realismo, continuar a questionar todas as sustentabilidades.
Com especial, acuidade, pela sua universalidade, no interior - e pela defesa - do SNS.
Mais medidas de "destruição do SNS"...
«O primeiro-ministro anunciou hoje a ampliação dos cuidados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que integrará pela primeira vez programas nacionais de saúde oral, de vacina contra o colo do útero e de apoio à procriação medicamente assistida».
Como se vê, dando razão à oposição, o Governo continua apostado em "aniquilar o SNS"!
vital moreira, causa nossa
Gostaria de ver o meu comentário a este "post" exposto... até porque o enviei há já alguns dias...
Santana Lopes "andou por aí" e, ao pousar, estatelou-se. Mesmo que fosse gato, já teria abusado muito das sete vidas "políticas" que o seu talento lhe permitiu e que a sua irresponsabilidade e preguiça destruíram
Pedro Santana Lopes sofreu esta semana duas derrotas pesadas. De uma falou-se muito: o fiasco da sua prestação como líder parlamentar face a José Sócrates. A outra, menos mediática, é porventura mais pesada: a lista que apoiava na luta pela distrital de Lisboa, liderada por uma das suas antigas vereadoras na Câmara de Lisboa, foi batida pela lista encabeçada por um quase desconhecido, vereador de António Capucho na Câmara de Cascais.
Tratou-se de mais duas humilhações para o "menino guerreiro" que, apesar do cabelo grisalho e do peso dos anos, julga manter a energia e o magnetismo de outros tempos. O político que, depois de "andar por aí", soçobra à primeira oportunidade e sem sequer perceber porquê. Sinal de que não aprendeu nada e não quer aprender nada.
O principal problema de Pedro Santana Lopes é que nunca entendeu que, em qualquer profissão - político, advogado, jogador de futebol, pedreiro, pintor, e por aí adiante -, o sucesso nunca se consegue só com base no talento natural, exige sempre muito trabalho e muito suor. Trabalho a sério, não apenas "dicas" deixadas cair para os jornais informando que, desta vez, se iria dedicar aos dossiers. É mesmo necessário fazê-lo.
Quem se recorda das prestações televisivas de Santana Lopes, em especial quando se estreou contra António Vitorino, recordar-se-á que muito raramente, ou quase nunca, era o antigo primeiro-ministro a iniciar o debate. Como isso me intrigava, tratei de confirmar o que a intuição me dava como explicação: a palavra era dada primeira ao socialista porque este tinha, por regra, algo a dizer; Santana ouvia, tomava umas notas, afinava o radar e concordava ou discordava recorrendo a meia dúzia de banalidades ou números de circo. De substancial quase nada se retirava do que dizia.
Bem treinado, muito rodado, hábil com a palavra, com aquele ar de enfant gatté que tem o dom de encantar uma parte dos eleitores, foi vivendo, umas vezes melhor, outras pior, enquanto tais tiradas lhe serviam e não tinha de passar pela prova da vida de um político: governar. Quando essa altura chegou, sabe-se como tudo acabou. Não se toma conta de uma grande câmara como a de Lisboa nem se pode assumir o lugar de primeiro-ministro esperando que o dom da improvisação substitua uma boa equipa e muito trabalho. O talento natural de Santana disfarçou durante muito tempo o seu amadorismo, mas no tempo da política profissional, sobretudo no tempo da política-espectáculo pensada e preparada ao milímetro, revelou-se um amador amargo e precocemente envelhecido.
Há duas semanas, no PÚBLICO, o antigo ministro das Finanças de José Sócrates, Luís Campos e Cunha, que o conheceu de perto, escreveu que, com a regresso de Santana ao Parlamento, o primeiro-ministro teria "um interlocutor do seu nível político e intelectual". Ao contrário do que pareceu, o primeiro duelo não o desmentiu. A derrota copiosa imposta pelo primeiro-ministro apenas confirmou aquilo que já se sabia: um prepara-se, o outro não, um pode falar do passado, o outro não. Ora quando o que se prepara surge no terreno utilizando as armas que fizeram a glória do tribuno de olhar meloso, este fica sem pé. Foi assim que o levou ao tapete, conseguindo que nem se notassem as muitas questões que deixou sem resposta durante o debate orçamental. Secundarizado pela lógica do "duelo", o Orçamento passou sem ondas apesar de ser o que Sócrates teria mais dificuldades em defender.
É que o problema do OE não é terem sido conhecidas ontem previsões da Comissão Europeia menos optimistas, porque previsões são previsões. O problema é estar a perceber-se que a consolidação orçamental já começou a ser sacrificada no altar das próximas eleições. Se não fosse assim, o primeiro-ministro teria sido taxativo sobre a política fiscal de 2009 e Teixeira dos Santos não se teria atrapalhado tanto quando os jornalistas o pressionaram.
Costuma dizer-se que, com certos amigos, não necessitamos de inimigos. Também se poderá dizer que tendo este Santana visto, revisto e recauchutado por inimigo se podem dispensar os amigos. Algo que as famosas "bases" do PSD já devem ter começado a perceber, ou então não teriam votado em Lisboa como o fizeram, barrando de forma liminar o caminho a uma "santanete".
José Manuel Fernandes JP 10.11.07
Caro tonitosa,
Basta ler alguma imprensa moderada sobre a matéria para concluir que o meu comentário foi certeiro.
A bancada do PSD está agora entregue a um ponta-de-lança que não treina, não remata e não estuda a táctica. E o Governo? O Governo está com a rédea mais solta do que nunca. Sem oposição capaz de fazer mossa, só o cansaço dos portugueses e a realidade da economia ameaça Sócrates em 2009. O resto é paisagem
João Pereira Coutinho, expresso 10.11.07
A culpa não é de Santana. Durante uma semana jornais e televisões não falaram do Orçamento. Anunciaram um mais que improvável confronto de titãs É disto que hoje vive o jornalismo político.
daniel olveira, expresso 10.1.07
A Espanha é aqui tão perto, e por cá onde estão os nossos epidemiologistas.
RAZONES PARA UNA MORATORIA EN LA APLICACIÓN DE LA VACUNA DEL VIRUS DEL PAPILOMA HUMANO EN ESPAÑA
Recientemente el Consejo Interterritorial del Sistema Nacional de Salud (SNS) ha dado luz verde a la inclusión en el calendario vacunal en España, con cargo al sistema sanitario público, de la vacuna contra el virus del papiloma humano (VPH). Esta decisión se ha tomado a pesar del alto precio de las dosis y de las dudas más que razonables sobre su eventual capacidad y eficiencia para prevenir un número sanitariamente relevante de muertes por cáncer de cérvix en mujeres españolas, comparado con las actuales prácticas preventivas.
Si la vacuna se aplicara a partir del año que viene supondría, sólo en costos de compra del producto (464,58 por persona), sin tener en cuenta el aparato logístico que deberá desarrollarse ex novo para alcanzar una cobertura significativa en cada cohorte de niñas, del orden de unos 125 millones de euros anuales. Para cuando se empiecen a prevenir los primeros casos de cáncer de cuello uterino, dentro de al menos 30 años, el SNS se habrá gastado unos 4.000 millones de euros. Prevenir una sola muerte por cáncer de cérvix, entonces, habrá costado al SNS 8 millones de euros, sin ahorrar un solo euro en el dispositivo actual de detección precoz por citología y tratamiento, pues se recomienda seguir desarrollando estas prácticas aún en poblaciones vacunadas. Lo abultado de las cifras arroja serias dudas sobre el costo oportunidad de la medida, con esta cuantiosa inversión. ¿Cuántas otras iniciativas en prevención o atención sanitaria, se podrían hacer y no se harán? ¿Qué se dejará de hacer de lo que ya se hace, para nivelar los presupuestos?
Los altísimos costos de la vacunación, atacan a la sostenibilidad financiera no sólo del calendario vacunal español, sino de todo el sistema de servicios de salud pública. Sin embargo, el coste no es el único problema grave: la vacuna del VPH ha sido promocionada ante la opinión pública, los sanitarios y los decisores políticos como una vacuna eficaz en la prevención del cáncer de cuello uterino y el sufrimiento que acarrea en las mujeres, cuando esto no es cierto. Sencillamente, esta evidencia científica aún no existe. Los ensayos sobre la vacuna no han podido ver su efecto en la prevención del cáncer, ya que éste tarda mucho en desarrollarse; además, hay posibilidades reales, comprobadas, de cortar el proceso antes de que el cáncer se desarrolle, tanto mediante la inmunidad natural como con el cribado de lesiones precancerosas y su tratamiento. El ensayo que más tiempo de seguimiento ha tenido hasta ahora ha sido de 6 años (y es un ensayo de fase II) y el ensayo en fase III con mayor seguimiento hasta ahora tiene tan sólo 3 años. Dado que el cáncer que se pretende prevenir tarda 30, 50 o más años en desarrollarse, la brevedad de los ensayos es obvia. Por tanto, hará falta aún bastante tiempo para ver si las personas vacunadas en los ensayos clínicos desarrollan o no menos cánceres que las no vacunadas. En países como España, con una incidencia del problema tan baja, esperar debería ser la conducta lógica.
Ciertamente, con la información disponible es razonable esperar que la vacuna acabe demostrando dentro de años que previene algunos cánceres de cuello uterino. Sin embargo, hay que tener en cuenta los siguientes otros factores: la historia natural de la enfermedad (de evolución lenta), la efectividad de los programas de cribado (alta si el sistema cumple con sus obligaciones), que la vacuna no es efectiva contra todos los serotipos cancerígenos, y que España es un país con baja incidencia de cáncer de cérvix. Por todo ello, es probable que en nuestro país el número de cánceres prevenidos no será muy grande.
También se han planteado objeciones razonables relacionadas con la duración de inmunogenicidad –aún no se sabe si serán necesarias dosis de recuerdo o no–, y sobre el comportamiento de los serotipos no incluidos en la vacuna, que quizás ocupen el nicho ecológico de los ahora incluidos. Hay ejemplos recientes de las consecuencias del uso de la vacuna neumocócica sobre la aparición de serotipos no cubiertos con la vacuna que son multiresistentes a los antibióticos y que causan enfermedad neumocócica invasiva.
Ante esta situación de utilidad aún no demostrada, altos costes para el SNS y prevalencia baja, la decisión más racional sería, y es, esperar a que se acumule más evidencia científica.
¿Cómo podemos explicarnos que el SNS no tome la decisión más racional posible cuando se trata de defender el bien público? Obviamente, la industria farmacéutica y especialmente las compañías promotoras llevan años desarrollando estrategias de cooptación y creación de un clima de opinión favorable, exagerando riesgos con el fin de convencernos, primero, de que existía un problema, y de que luego ellos, precisamente, tenían la solución. Las estrategias de disease mongering –invención o exageración de enfermedades para introducir luego un producto farmacéutico– han sido criticadas duramente y con toda razón desde la deontología publicitaria por el abuso de la buena fe y de la aspiración a no sufrir enfermedades que naturalmente tienen la población y los políticos, a menudo legos en cuestiones sanitarias. El caso que nos ocupa supone la consideración novedosa, muy grave, de que toda infección por VPH es una enfermedad a prevenir, lo que es falso; y además con el énfasis, sin duda interesado, en la –no demostrada– prevención del cáncer de cuello uterino en España.
La industria farmacéutica tiene legítimos intereses financieros, pero no todos ni siempre están en sintonía con las necesidades de salud de la población. El escándalo reciente de la terapia hormonal sustitutoria, y la evidencia de que la industria escondió a la opinión pública durante 30 años graves efectos secundarios del tratamiento de una “enfermedad” previamente inventada, no coloca a este sector en una situación de gran credibilidad pública como garante de nuestra salud.
Por todo lo anterior, los firmantes de este texto pedimos al Ministerio de Sanidad y Consumo y a las Consejerías de salud de las CCAA una moratoria en la aplicación de la vacuna del VPH. Nadie ha justificado que haya prisa para la aplicación de este nuevo programa; por ello, solicitamos abrir un periodo de reflexión, de seguimiento de los efectos de la vacuna en poblaciones reales y de realización de estudios para conocer el coste-efectividad a medida que haya nuevos datos. Todo ello permitirá solventar las dudas razonables que existen sobre la idoneidad de este programa de vacunación para España.
Carlos Alvarez-Dardet,
Catedrático de Salud Pública Universidad de Alicante,
Director Journal of Epidemiology and Community Health
Soledad Márquez Calderón,
Investigadora, Fundación Instituto de Investigación en Servicios de Salud, Sevilla
Beatriz González López-Valcárcel,
Catedrática de Economía Aplicada Universidad de las Palmas de Gran Canaria
Lucía Artazcoz,
Investigadora, Centro de Análisis y Programas Sanitarios
Leonor Taboada,
Periodista Directora de Mujeres y Salud
Ildefonso Hernandez-Aguado,
Catedrático de Medicina Preventiva y Salud Pública. Universidad Miguel Hernandez,
Miquel Porta,
Catedrático de Salud Pública Instituto Municipal de Investigación Médica y
Universidad Autónoma de Barcelona
Juan Gérvas,
Equipo CESCA, Madrid
María José Rabanaque Hernández,
Profesora Titular de Medicina Preventiva y Salud Pública de la Universidad de Zaragoza
Carmen Valls Llobet,
Medicina Interna. Endocrinogía
Carmen Sanchez Contador Escudero,
Médica del Servicio de Promoción de la Salud - Consellería de Salut del Govern de les Illes Balears
Carmen Mosquera Tenreiro,
Epidemióloga-Consejería de Salud y Servicios Sanitarios de Asturias
María José Hernandez Ortiz,
Médica,Presidenta de ADIBS (Asociación de Mujeres y Salud de las Islas Baleares)
Jimena Jimenez Madrazo,
Médica, Instituto DIS (Dona i Salut)Baleares
http://www.caps.pangea.org/declaracion/#firmar
Pelos vistos não vão mesmo publicar o meu comentário de há dias... não é que tivesse a importância da descoberta de um novo evangelho mas.. ficava bem.
Pelos vistos é mais interessante discutir a "novela do parlamento" do que propriamente falar do "concreto" em si.
Mas passando ao concreto:
- em relação à saúde oral...
nem me pronuncio, clamoroso é o desdém por essa parte da nossa Saude, até me "arrepio" de pensar que só agora se lembram de valorizar a saúde oral, mas esquecem-se do mais importante, mais uma vez... de que serve ter mais "médicos-dentistas" se não apostam na prevenção? Qual o papel dos CSP(cuidados de saúde primários) em evitar que nos próximos 20, 30, 40 anos, as crianças de hoje não necessitem de ter uma consulta de urgência amanhã?
Mas para quê pensar nisto se a legislatura termina daqui a 4 ou 8 anos e nessa altura "outro" que resolva o assunto?
Em relação à vacina contra o VPH, vulgo vacina "contra o cancro do útero": mas que interesse repentino nesta vacina... alguém já comparou os custos da vacina com os benefícios que dela advêem? Acaso cobre todas as estirpes? Vejam as recomendações de "nuestros hermanos" relativamente à necessidade da inclusão desta vacina nos planos de saúde...
Faz-me lembrar a história da vacina contra a meningite (vagas sucessivas de desinformação colectiva pela comunicação social ao dispor de interesses... vá-se lá saber quais, muito dificeis de adivinhar, com o intuito de fazerem crer o leigo de que realmente estas vacinas são indispensáveis!)
O que me faz pensar... o que poderia ser feito com o dinheiro que vai ser investido na aquisição destas vacinas? Sei lá... Pagar deslocações a aldeias recônditas e fazer o rastreio de HTA e Diabetes?
Quanto à procriação medicamente assistida...Qual o verdadeiro obejctivo? Expliquem-me?
Se é para aumentar a natalidade... isto não é baseado em nenhum estudo(pelo menos no que me estou a basear), parte simplesmte da minha observação com base empírica... mas nenhum casal de classe média ou inferior(que são a maioria dos nossos casais)quer ter mais do que um filho com esta "economia" : é assim tão difícil abstrair-nos da tão intrincada e embrenhadora linguagem e corrente técnico-política para nos aperceber-nos que o comum dos mortais não quer ter muitos filhos porque não tem dinheiro para os sustentar e acha que o mundo é "difícil"( para não usar um termo menos apropriado para um blog deste tipo)?
Pelo que digo...para o "mundo real" esta medida é inócua... não vai acrescentar mais ganhos de saúde...mas desmintam-me se estiver errado(simplista estou a ser não o nego).
Há uns tempos fiz um pedido a "alguém lá em cima"... Para quando alguém da Saúde(que tenha efectivamente trabalhado e não atalhado para lugares de gestão) a "mandar na Saúde?
Caro Magistral Estratega,
O seu comentário chegou a ser publicado.
Posteriormente retirei-o por ser elegível (as vogais apareciam como rectangulos)
Faça o favor de o reenviar que nós postamos.
Mais uma critica elogiosa ao Pedrito Santana
SANTANA "REDUX"
Santana Lopes regressou. Com as mesmas qualidades e defeitos de sempre. As qualidades que o fazem brilhar numa política cheia de cinzentismo e burocracia, e os defeitos que o fazem “espalhar-se” sempre que o jogo tem regras que não o favorecem. Não estou a falar das regras parlamentares, em concreto. Estou a falar de toda e qualquer regra que não vá de encontro ao seu estilo, ao seu “tempo”, ao seu repentismo ou aos seus passos. É certo que as regras do Orçamento de Estado favorecem quem lidera o Governo. Mas eu já assisti a uma dúzia de debates destes, com Cavaco, Guterres, Durão e Sócrates. E todos eles tremeram, uma vez ou outra, com quem lhes fazia frente. Sócrates não tremeu. E quando tremer não vai ser com Santana Lopes.
José Sócrates arriscou e errou no discurso. Dedicou 16 minutos (!) do seu tempo a falar do passado, o que é injustificável, descabido e errado para quem está a apresentar um novo Orçamento. O problema é que Santana mordeu o isco (como Sócrates tinha previsto) e ficou agarrado ao passado, um tempo que só o prejudica e desqualifica. Sócrates foi esperto e, infelizmente, Santana é demasiado previsível. Perdeu tempo, enrolou-se e não conseguiu fazer as perguntas a tempo. E quando as fez mostrou que continua a achar que perdeu as eleições porque Sócrates não falou verdade no debate televisivo que os pôs frente a frente. É isto que, sinceramente, me preocupa. Não há ninguém na bancada do PSD que explique a Pedro Santana Lopes o que o fez perder as eleições? Talvez a partir desse momento Santana se liberte do passado e consiga servir o PSD. Agora serve-se, e mal, do PSD.
Ricardo Costa DE 09.11.07
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