CUTVAT
Parece-me condenada ao fracasso, pelo menos em Portugal, a proposta do grupo socialista do Parlamento Europeu de abolir o IVA nos preservativos a 1 de Dezembro. link O 1º. Dezembro, em Portugal, é o dia da Restauração... Abolições em tempo útil neste País só a da escravatura, a 12 de Fevereiro (1761). E, porque quem "governava" por cá era o Marquês de Pombal... em nome de um outro José (da casa de Bragança, e não dos lados de Alijó)
Todavia, apesar das convicções Iluministas que varriam a Europa, demorou mais de um século a ser implementada em todo o "Império" português (25 de Fevereiro de 1869)...
Para obviar ao desastre que se verifica com a incidência da infecção por HIV em Portugal proponho outra nuance.
Que o Infarmed inicie, com urgência, o processo de equivalência dos preservativos às vacinas e as inclua no PNV. Só o expediente da distribuição gratuita poderá mandar o IVA à vida...
Todavia, apesar das convicções Iluministas que varriam a Europa, demorou mais de um século a ser implementada em todo o "Império" português (25 de Fevereiro de 1869)...
Para obviar ao desastre que se verifica com a incidência da infecção por HIV em Portugal proponho outra nuance.
Que o Infarmed inicie, com urgência, o processo de equivalência dos preservativos às vacinas e as inclua no PNV. Só o expediente da distribuição gratuita poderá mandar o IVA à vida...
É-Pá
Etiquetas: E-Pá
6 Comments:
O número de casos de tuberculose em Portugal continua a descer, mas o país tem a mais alta proporção de infecção por HIV em doentes com tuberculose na região europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclui 33 países, revelam os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde referentes a 2006.
O problema já era admitido pela Direcção-Geral da Saúde, que, no mês passado, referia numa circular que a prevalência do HIV em pessoas com tuberculose é 50 vezes superior à da população em geral. Por esta razão, este organismo oficial instituiu em Outubro a obrigatoriedade de oferecer testes para a detecção do HIV na altura do diagnóstico da tuberculose, podendo os doentes recusá-los.
No ano passado foi notificado um total de 3092 novos casos de tuberculose, o que corresponde a uma taxa de 29,4 casos por 100 mil habitantes, menos seis por cento do que no ano anterior, revelam dados preliminares da Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR). Em termos comparativos, este número significa a continuação da tendência de descida lenta de novos casos: nos últimos dez anos houve uma descida de 31 por cento dos casos.
Ainda assim, Portugal continua a ter a mais elevada incidência entre os países da União Europeia antes do alargamento (com 15 membros) e metade dos casos só é detectada já nos hospitais, quando a doença avançou e já é necessário o internamento, referiu o presidente da ANTDR, Teles Araújo, numa sessão de esclarecimento para jornalistas esta semana em Lisboa.
Este é um sinal de que há "diagnóstico tardio", o que significa que os casos da doença não são detectados nos centros de saúde e que poderá haver "subvalorização das queixas" (por exemplo, tosse persistente e perda de peso) pelos médicos de família, notou o médico.
Segundo cálculos feitos por Teles Araújo, os clínicos nos centros de saúde têm pouco contacto com a doença - vêem um caso de dois em dois anos. Outro problema apontado pelo médico é o "insuficiente rastreio de conviventes", ou seja, quando é detectado um novo caso as pessoas com quem o doente contacta também deveriam ser testadas quanto à presença do bacilo, o que nem sempre acontece.
O tratamento da tuberculose pode levar períodos que ultrapassam os seis meses, com a toma quase diária de medicamentos e com efeitos secundários. Um problema detectado em vários países é a interrupção de tratamentos, o que pode provocar resistência aos fármacos, criando casos da chamada tuberculose multirresistente (quando há resistência aos dois principais antibióticos).
Em Portugal, foram 1,7 por cento do total de casos em 2006. Além dos 3092 novos casos notificados, houve também 241 casos de retratamento. A tuberculose multirresistente tornou-se um problema a nível mundial porque faz da tuberculose, uma doença com cura, numa patologia potencialmente intratável.
JP 10.11.07
Volto a fazer a mesma correcção:
Os preservativos já são de distribuição gratuita nos Cuidados de Sáude Primários.
Excelente o Comentário de Tambemquero (no Post CUTVAT, de 10.11.2007, do É-Pá), apresentando a gravidade da situação tal como ela se configura, sem qualquer distorção cosmética e destacando o papel que, na matéria, cabe aos clínicos gerais/médicos de saúde familiar. Mais uma razão, se fosse necessária mais uma, para que, nesta área se tivesse já investido com maior decisão, até para não ser necessário manter situações como as referidas no Sanatório de Torres Vedras. Já quanto à sugestão final do É-Pá, vem atrasada porque, como observa Magistral Estratega, “os preservativos já são distribuídos gratuitamente nos Centros de Saúde...”. A menos que se entenda que devem ser distribuídos ao domicílio ou na via pública aomo os jornais gratuitos! Se estiver certo o prognóstico do É-Pá, a Sida tem os dias contados. A não ser que tenham razão os que, como eu, estão convencidos de que não é o custo dos preservativos que leva à sua baixa utilização.
Caro Magistral Estratega:
Claro, que são distribuídos nos CSP, mas comecei a congeninar que essa rede é seria capaz de não chegar...
E logo deduzi: a necessidade de ter à mão preservativos é cada vez menos "programável"... Não pode ser como uma vacina do tipo venha cá daqui a 1 mês fazer o rapelle...
A imperiosa necessidade surge, nas situações, nos locais e nos momentos mais incriveis. E estas questões de "fornicação" não são como o dinheiro. Quando não se "usa" não se pode depositar na conta à ordem. Em muitas situações ou é agora ou nunca!
Então como obviar?
Ou se mete a ASAE nisto a obrigar o preservativo no quarto do Hotel ou Motel ao lado da Biblia, a determinar que os veiculos os tenham disponíveis no porta-luvas ou porta-bagagens ao lado daqueles coletes fluorescentes, ou se incluem nos Kits pessoais nos locais de trabalho ao lado da escova de dentes, do corta-unhas, isto é, por todo o lado arrecadável, ou não vamos lá!
Bem, há outra possibilidade que o MS nem querá ouvir falar.
Voltávamos atrás a reabriam-se os SAP's que estão fechados, em vias de... ou programados, para fechar.
Óptimos locais de distribuição!Estavam disseminados por todo o País, abertos toda a noite, com pouco movimento, portanto, capazes de um rápido atendimento: do tipo inscreve-se (poderia ser pelo telemóvel) e, à chegada, é logo "aviado"...
Como foi possível que, no meio de tanta contestação ao fecho dos SAP's, ninguém pensou nesta tremenda "utilidade"?
Que os lobbies das vacinas têm muito poder e massa crítica - aqui está uma de que esta malta gosta - para meter no calendário vacinal as diversas vacinas que vão prouzindo é um facto: a propósito, já foi avaliada a da meningite ?
Mas não me parece o mesmo relativamente ao loby da borracha. Põr os arrumadores de carros a distribuir borrachinhas e arranjar-lhes emprego ? Parece-me uma solução !
Se fôr a um Centro de Saúde...eles não lhe dão nem dois preservativos...dão-lhe vinte ou mais... portanto pode guardá-los na carteira, no carro, no sapato???,na secretária, enfim onde quiser... para que quando "essas questões" se levantarem esteja preparado... além de que são gratuitos... e não tem de estar a perder tempo a comprar...
Supomos...vamos no início e a meio do mês perder 10 min (que é o tempo que iriam perder, uma vez que já não precisariam de educação sexual) ao Centro de Saúde e temos já a reserva... Podemos é falar com os Centros de Saúde para diversificarem a oferta de Preservativos se for esse o problema...
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