Inovação tecnológica
Isabel Vaz, administradora do grupo ESS, repisou no L&L o que se sabe há muito: os desafios das administrações hospitalares na gestão de custos em Saúde, no futuro, relacionar-se-ão, essencialmente, com as inovações tecnológicas.
Economizar em Saúde vai passar, cada vez mais, pela gestão da inovação tecnológica.
É preciso, por conseguinte, explorar o potencial de poupanças com a inovação. Porque já não há grande capacidade para melhorar, quer através da «diminuição da média de dias de internamento» quer através da «poupança com os custos de pessoal».
Já no fim da década de 90, nos EUA, a introdução de novas tecnologias representava 40% da despesa total em Saúde. Além disso, 56% dos procedimentos em Ortopedia e 36% em Cardiologia necessitam de novos medicamentos ou dispositivos médicos. No futuro as poupanças «vão depender, obviamente, da introdução de novos medicamentos». Na ESS, o que «pesa mais» são os dispositivos médicos, a grande maioria na área da Cardiologia.
A ESS «concentra 99,9% do tempo» na gestão da inovação tecnológica. Para a engenheira Isabel Vaz, as farmácias hospitalares devem ter uma «papel muito mais importante» do que têm, atendendo a que hoje em dia estão «sem grande capacidade para influenciar» a decisão. A ESS está a trabalhar para que o farmacêutico no hospital deixe de ser «um mero distribuidor» de medicamentos e passe a ser um «distribuidor de knowledge sobre os novos produtos». Nesta matéria, a ESS aposta na formação dos médicos, uma vez que procura «não estar dependente da Indústria Farmacêutica» a este nível, de forma a avaliar-se convenientemente as novas tecnologias.
Segundo Isabel Vaz, os médicos são uma peça central na gestão dos recursos financeiros em Saúde: 90% das propostas para introdução de inovação são feitas por médicos; 70% dos custos são resultantes da prática médica; 50% dos médicos dizem que a qualidade será comprometida com redução dos custos.
TM "on line", Lunch & Learn, Fórum Hospital do Futuro, 06.12.07
A ESS «concentra 99,9% do tempo» na gestão da inovação tecnológica. Para a engenheira Isabel Vaz, as farmácias hospitalares devem ter uma «papel muito mais importante» do que têm, atendendo a que hoje em dia estão «sem grande capacidade para influenciar» a decisão. A ESS está a trabalhar para que o farmacêutico no hospital deixe de ser «um mero distribuidor» de medicamentos e passe a ser um «distribuidor de knowledge sobre os novos produtos». Nesta matéria, a ESS aposta na formação dos médicos, uma vez que procura «não estar dependente da Indústria Farmacêutica» a este nível, de forma a avaliar-se convenientemente as novas tecnologias.
Segundo Isabel Vaz, os médicos são uma peça central na gestão dos recursos financeiros em Saúde: 90% das propostas para introdução de inovação são feitas por médicos; 70% dos custos são resultantes da prática médica; 50% dos médicos dizem que a qualidade será comprometida com redução dos custos.
TM "on line", Lunch & Learn, Fórum Hospital do Futuro, 06.12.07
4 Comments:
Ganda Engenheira!
Sempre cheia de “speed” para a despesa, mas que tal retribuir condignamente o "knowledge" necessario para aplicar as novas tecnologias? As despesas a subir e os honorários a baixar para valores quase "unethical" porque o que é preciso é atingir a massa critica para justificar o investimento colossal na estrutura.
Interessante o tema abordado pela Engª. Isabel Vaz.
Mais interessante seria avaliar – sem ir a reboque - o que do modelo que vai sendo implantado no Sector Privado se poderá aproveitar para o SNS.
Assim, penso que:
Em primeiro lugar, o Estado tem de desenvolver a preocupação de compatibilizar o seu sistema de saúde com os diferentes sistemas de inovação que inundam o mercado.
É neste campo que os médicos têm um papel importante, já que serão os identificadores dos regimes, ou se quisermos, dos paradigmas tecnológicos.
Esta identificação deve ter lugar fora do terreiro dos grandes interesses que se movimentam nesta área. É aqui que o sector público dada a sua dimensão e se estiver imune a infiltrações de interesses, tem melhores condições de actuar.
Por outro lado, o sector público vive a constante pressão da sociedade civil quer na qualidade dos serviços prestados, quer nas condições de acessibilidade.
Esta pressão dificulta, porque pode apressar os processos decisórios, o estudo e a análises dos mercados e, ainda, ser permanentemente condicionada pelo imediatismo e a continuidade das prestações públicas de serviços.
Estes parâmetros fazem que, em termos de gestão de inovação tecnológica, os serviços públicos tenham de ser mais exigentes e observar um maior rigor. Em contrapartida têm um grande óbice: dependem da orientação política geral, no que concerne ao investimento na Saúde.
Portanto, um campo onde se podem colher frutos, mas nem sempre será assim. Por exemplo, se existirem fortes condicionantes orçamentais, haverá sempre a tentativa de desvalorizar a inovação e tentar uma outras vias (de baixa velocidade): “espremer” a utilização do equipamento instalado, “endeusar” o movimento estatístico (fixando-se na produtividade numérica) e questionar os recursos humanos…
Conhecem esta situação de algum lado?
A engenheira Isabel Vaz é um objecto de Culto deste blogue.
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