Edíficio do SNS
O post link sugere-me um balanço do trabalho realizado, na hora da despedida...
De facto, o edifício do SNS é uma estrutura muito complexa.
Mas o local não está ermo. Existe um palácio lá no sítio, com mais de 30 anos. Resta saber como é, e como está, esse palácio.
Se um palacete à antiga portuguesa, ou melhor, com a tradição da fidalgia rural portuguesa, autosustentável com o trabalho das leiras que o envolvem, se um ostentatório (14.500 m2) e pesado complexo de cimento, do tipo da nova sede da CGD, com custos de manutenção faraónicos.
Uma longa questão que será, sempre, influenciada pela visão e sensibilidade do observador.
Interessante e estimulante é o avaliar onde, neste fantasmagórico palácio, se mexeu.
Nos alicerces - i.e, nos CPS - com certeza e como se pode constatar com timidez e parcimónia. Qualquer dono de obra sabe que os alicerces necessitam de intervenções sólidas e decididas. Portanto, ao intervir electivamente criaram-se muitos pontos de fragilidade, por enquanto ocultos (soterrados), mas que o tempo se encarregará de expôr.
No corpo do edifício - cuidados secundários, hospitalares - a inovação não passou da gestão e introduziu-se o conceito do tipo propriedade honrizontal. Por enquanto arrendou-se, mas poderá ser posto à venda, brevemente.
As paredes começam a apresentar frestas, pedem "reforma", mas o importante é arrendar (EPE's), para não pesar no orçamento do proprietário.
Entretanto, nos jardins enceta-se obras anexiais, de empreitada (PPP's), com concessões longas e não controladas.
O pessoal que se movimentava neste labirintico edifício, desorientou-se. Ninguém lhes explicou o plano de obras. As motivações desapareceram.
Uns desertaram, outros deixaram-se andar por lá, outros, ainda, continuam a "dobrar a mola".
O edifício começa a meter água. A ruína ameaça. Impiedosamente.
Segue-se: o restauro ou a demolição.
Esta a grande opção política (pública - não palaciana).
É-Pá
De facto, o edifício do SNS é uma estrutura muito complexa.
Mas o local não está ermo. Existe um palácio lá no sítio, com mais de 30 anos. Resta saber como é, e como está, esse palácio.
Se um palacete à antiga portuguesa, ou melhor, com a tradição da fidalgia rural portuguesa, autosustentável com o trabalho das leiras que o envolvem, se um ostentatório (14.500 m2) e pesado complexo de cimento, do tipo da nova sede da CGD, com custos de manutenção faraónicos.
Uma longa questão que será, sempre, influenciada pela visão e sensibilidade do observador.
Interessante e estimulante é o avaliar onde, neste fantasmagórico palácio, se mexeu.
Nos alicerces - i.e, nos CPS - com certeza e como se pode constatar com timidez e parcimónia. Qualquer dono de obra sabe que os alicerces necessitam de intervenções sólidas e decididas. Portanto, ao intervir electivamente criaram-se muitos pontos de fragilidade, por enquanto ocultos (soterrados), mas que o tempo se encarregará de expôr.
No corpo do edifício - cuidados secundários, hospitalares - a inovação não passou da gestão e introduziu-se o conceito do tipo propriedade honrizontal. Por enquanto arrendou-se, mas poderá ser posto à venda, brevemente.
As paredes começam a apresentar frestas, pedem "reforma", mas o importante é arrendar (EPE's), para não pesar no orçamento do proprietário.
Entretanto, nos jardins enceta-se obras anexiais, de empreitada (PPP's), com concessões longas e não controladas.
O pessoal que se movimentava neste labirintico edifício, desorientou-se. Ninguém lhes explicou o plano de obras. As motivações desapareceram.
Uns desertaram, outros deixaram-se andar por lá, outros, ainda, continuam a "dobrar a mola".
O edifício começa a meter água. A ruína ameaça. Impiedosamente.
Segue-se: o restauro ou a demolição.
Esta a grande opção política (pública - não palaciana).
É-Pá
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1 Comments:
Quem espera desespera...
As listas de espera coexistem com uma ocupação dos blocos operatórios que ronda apenas os 50 a 60 por cento
O calvário das listas de espera talvez não possa ser resolvido de um dia para o outro, mas pode sem dúvida ser amenizado para simplificar a vida dos cidadãos que necessitam de tratamentos médicos e que dependem do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para os receber.
No actual modelo, quando um cidadão necessita de uma cirurgia electiva, é remetido para um contingente geral de onde é convocado, com uma a duas semanas de antecedência, para comparecer num determinado estabelecimento de saúde para o respectivo procedimento cirúrgico. Excluindo circunstâncias excepcionais, o cidadão confronta-se assim com uma situação que lhe é imposta, com poucas alternativas, e ainda com a ameaça de que, se não aceitar as condições que lhe são determinadas, será expulso das listas de espera.
Ora basta colocarmo-nos na situação de qualquer pessoa nessas condições para compreendermos o transtorno e até a afronta deste sistema. Quem é que nos dias de hoje pode compatibilizar as suas responsabilidades profissionais e até deveres familiares com esta discricionariedade? As empresas e as pessoas estão tão pressionadas que qualquer ausência do trabalho tem de ser planeada e negociada. Poderemos ignorar esta realidade?
Como alternativa seria preferível para os cidadãos que no SNS as cirurgias electivas pudessem ser agendadas logo no decorrer da consulta em que se verifica a sua necessidade. De acordo com os interesses do doente e a disponibilidade do hospital. Num prazo de 12 a 18 meses, a grande maioria das instituições de saúde tem capacidade para proceder a esse agendamento e seria uma óptima forma de dar espaço aos doentes para planearem as suas vidas enquanto as instituições poderiam planear as suas actividades.
Um dos aspectos mais confrangedores do actual sistema é que as listas de espera coexistem com uma baixa produtividade dos recursos instalados e uma ocupação dos blocos operatórios que ronda apenas os 50 a 60 por cento.
O agendamento das cirurgias que proponho permitiria melhorar a produtividade hospitalar porque eliminaria os estrangulamentos no acesso dos doentes que passaria a estar distribuído no tempo. Permitiria também o nivelamento da utilização de recursos e a diminuição de custos daí decorrente, um objectivo que não é de somenos importância. Por fim, este novo método diminuiria a conflituosidade entre prestadores e utilizadores que actualmente se verifica.
A grande maioria dos portugueses considera o problema das listas de espera muito grave. Não nos devemos por isso resignar a dissecar as causas deste problema e a especular porquê? Temos a obrigação de contemplar soluções diferentes e perguntarmo-nos porque não?
JP 20.12.07
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