Serviço Público de Saúde
(...) O essencial da discussão em torno do serviço público deveria hoje centrar-se aqui, nas alternativas viáveis para garantir um serviço público de qualidade, acessível à generalidade da população e sustentável pelo nosso rendimento. Nos riscos inerentes a cada uma das opções possíveis. link
E ninguém, Governo e sua oposição, à esquerda e à direita, devia ser dela dispensado. Uns porque têm de fundamentar a decisão. Os outros porque têm de fundamentar a oposição.
O resto – defender sempre mais e mais serviço público e menos impostos – é pura ficção. Mesmo que possa render algumas simpatias no presente, garantirá pouca qualidade de vida no futuro.
E ninguém, Governo e sua oposição, à esquerda e à direita, devia ser dela dispensado. Uns porque têm de fundamentar a decisão. Os outros porque têm de fundamentar a oposição.
O resto – defender sempre mais e mais serviço público e menos impostos – é pura ficção. Mesmo que possa render algumas simpatias no presente, garantirá pouca qualidade de vida no futuro.
MMLM, DE 19.12. 07
1 Comments:
O artigo da Secretária de Estado é um enumerado de questões e situações que se discutem nos meios políticos e sociais, praticamente desde o tempo em que os animais falavam...
E não deixa de enumerar as questões fundamentais, tais como a qualidade, a acessibilidade e a sustentabilidade, como é de bom tom.
Faltou, desgraçadamente, integrar no articulado do tema outros 3 parâmetros que não costumavamos (em Coimbra) ignorar em discussões sobre estas questões: o modelo de desenvolvimento, a distribuição dos rendimentos e a situação do mercado de trabalho (fundamentalmente o desemprego).
Depois, nestas cíclicas reflexões que fazemos desde os bancos da Universidade, frequentemente tropeçavamos no atoleiro das necessárias (indispensáveis) mudanças económicas e políticas do País e na incapacidade de romper com o processo dominante que, historicamente, vem criando e recriando a pobreza (não tenhamos medo das palavras, porque ela existe entre nós).
Há um documento de um organismo internacional que põe em destaque, resume e de certo modo sistematiza toda esta lógica de iniquidades. É o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD).
A certa altura afirma-se:
"... A menos que as pessoas pobres e marginalizadas – que na maioria das vezes são membros de minorias religiosas, étnicas, ou migrantes – possam influenciar acções políticas, a nível local e nacional, não é provável que obtenham acesso equitativo ao emprego, escolas, hospitais, justiça, segurança e a outros serviços básicos.".
O Governo, ou se quisermos ser precisos, um membro de um Governo socialista, não pode deixar de fora dos ditos serviços públicos as grandes opções políticas.
Nestas circunstâncias (de governação socialista) a análise técncocrática e economicista (dois "estafados" termos, mas ainda indispensábveis neste contexto) era apanágio da oposição de Direita.
Hoje, a Direita tem pouco que fazer em relação à limitação dos "serviços públicos". Tem quem o faça em sua vez, excepto na descida dos impostos.
A tarefa da Direita resume-se no apoio a um Sector Privado que ocupe o espaço desses, tão criticados, Serviços Públicos.
O problema fulcral é saber quem, no final das deambulações, perante os cidadãos, carregará com os custos políticos e sociais. Simplex!
Não é, Senhora Secretária de Estado?
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