terça-feira, dezembro 18

Bastonário interino

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O protagonismo do "Bastonário interino" (apoiante do Dr. Pedro Nunes) sobre questões de saúde "com barbas", como seja a reorganização da rede de urgências, independentemente da justeza das razões, constitui uma manobra eleitoral, inqualificável. link
Na verdade, são problemas a serem colocados, encobertamente por uma das partes, à sombra da instituição, sem o concurso do outro candidato - Dr. Miguel Leão.

Aliás os médicos interrogam-se sobre o que é um "Bastonário interino". Foi nomeado pelo CNE ou indicado pelo actual Bastonário?

Todos os assuntos que o "Bastonário interino" abordou deveriam (poderiam) esperar pela realização da 2º. volta eleitoral.
Não será a hora de "agitar as águas", depois de um mandato "morno", já penalizado numa 1ª. votação.

É preciso ter a noção que, do impedimento voluntário do Dr. Pedro Nunes, só pode decorrer a gestão dos assuntos correntes da OM.

Portanto, a actual situação - em relação ao Dr. Pedro Nunes - pode resumir-se a: "...cada cavadela sua minhoca!" .
É-Pá

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5 Comments:

Blogger tambemquero said...

A Ordem dos Médicos (OM) alertou ontem para o perigo de acontecerem "casos fatais", se forem colocados no terreno helicópteros de emergência a operar sem médico, como prevê o Ministério da Saúde.
"Irá inexoravelmente assistir-se a casos fatais", estimou o bastonário em exercício da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, em conferência de imprensa em Lisboa, sublinhando que não se podem transportar doentes graves sem médico. A OM está a menos de um mês da segunda volta das eleições; na primeira volta o candidato Miguel Leão ficou à frente do bastonário Pedro Nunes, que por isso suspendeu o seu cargo.
Em causa estão os helicópteros para o interior do país, cuja equipa será constituída por um técnico de emergência e por um enfermeiro. O director do Departamento de Emergência Médica do INEM, Nélson Pereira, explicou no início do mês ao PÚBLICO que os novos aparelhos - baseados em Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Ourique - "servirão para diminuir o tempo de chegada até aos hospitais. Não serão para fazer uma intervenção diferenciada".
A OM acusou ontem o Ministério da Saúde de retirar médicos de famílias aos doentes, ao encerrar urgências hospitalares, substituindo-as pelas designadas consultas abertas. As consultas abertas de médicos de família em hospitais são "casos muito pontuais e transitórios" que terminarão quando houver suficientes unidades de saúde familiar que respondam às necessidades da população, comentou o coordenador da Missão de Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco.
A ordem denunciou ainda que o Hospital de Castelo Branco está a pedir aos doentes diabéticos para levarem insulina para os tratamentos, o que consideram uma forma de mascarar custos hospitalares, "uma vez que a insulina é comparticipada a 100 por cento". O presidente do conselho de administração da unidade, Sanches Pires, explicou que pedem aos diabéticos que levem a insulina de casa para evitar incompatibilidades e não para poupar dinheiro.
JP 19.12.07

9:42 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Será que em caso da Lista de Pedro Nunes ganhar a 2.ª volta, o bastonário eleito desiste a favor do seu bastonário interino?

9:50 da manhã  
Blogger Clara said...

AS AVENTURAS do BASTONÁRIO INTERINO

A administração do Hospital de Castelo Branco ameaçou hoje processar o bastonário em exercício da Ordem dos Médicos após este ter anunciado uma avaliação jurídica e disciplinar à polémica sobre o uso de insulina naquela unidade.

O bastonário dos Médicos em exercício, José Manuel Silva, (Pedro Nunes suspendeu funções por estar a recandidatar-se à Ordem) acusou na terça-feira o Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco de obrigar os diabéticos internados a trazer insulina de casa para transferir custos do Hospital para os Centros de Saúde.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente do HAL, Sanches Pires, negou a intenção e referiu que a medida servia para prevenir «incompatibilidades» no uso de insulina e melhorar o apoio prestado na Unidade de Diabetes.

Acrescentou ainda que cada doente é livre de obter a insulina (100 por cento comparticipada) no hospital ou no centro de saúde e acusou o responsável da Ordem dos Médicos de má fé nas declarações prestadas.

Em comunicado divulgado hoje, José Manuel Silva considerou «ofensivo» que Sanches Pires o tivesse acusado de má fé e acrescentou que a Ordem dos Médicos «enviou as declarações para o seu Gabinete Jurídico e Conselho Disciplinar», refere.

O bastonário em exercício reafirmou hoje a acusação, divulgando uma circular normativa do HAL de 10 de Agosto de 2007, em que se escreve que «cabe aos doentes diabéticos a às suas famílias o dever de se fazer acompanhar dos dispositivos; canetas e da respectiva insulina necessária ao período em que se encontrem internados».

Segundo o bastonário, «a circular não se refere a situações de ensino ou de consulta em ambulatório na Unidade de Diabetes, nem a alegadas incompatibilidades».

«O presidente do Conselho de Administração falta à verdade quando afirma que é dada ao doente a liberdade de escolha de trazer a insulina de casa ou de usar a insulina do hospital, pois a circular é clara quanto ao dever do doente trazer a insulina de casa», sublinha.

No entanto, a circular normativa a que a Agência Lusa teve acesso em nenhum ponto faz referência à residência dos doentes e acrescenta que «na Unidade de Diabetes estarão disponíveis todo o tipo de insulinas e suas apresentações».

O Conselho de Administração do HAL, que hoje se reuniu, «decidiu levar essas declarações até à via judicial, caso não haja um retractamento por parte do senhor bastonário em exercício», referiu o presidente do HAL, contactado pela Agência Lusa.

Sanches Pires reafirma que «o teor da circular em causa tem apenas a ver com questões meramente técnicas. Tanto assim é que foi proposta pela responsável pela Unidade de Diabetes e pela médica farmacêutica responsável pelo tratamento da diabetes».

«A decisão foi tomada entre as profissionais referidas e o próprio Director Clínico que assinou a circular normativa», salienta.

«Se houvesse boa fé por parte do senhor bastonário em exercício, teria solicitado informações mais precisas quer ao Director Clínico, que ele conhece bem, quer à doutora Rosa Silva, que ele também sabe ser a responsável pela área da diabetes no HAL», destaca Sanches Pires.

6:56 da tarde  
Blogger Tá visto said...

De cada vez que o bastonário interino assume protagonismo, mesmo que pela negativa, Miguel Leão agradece. É que tal contribui para esfumar ainda mais a figura do Bastonário em exercío. Como é que ele se chamava?

9:15 da tarde  
Blogger Clara said...

NINGUÉM FUGIU

No passado dia 20, Pedro Nunes convocou uma conferência de Imprensa para explicar por que razão decidiu delegar as funções de bastonário em José Manuel Silva. Questões de natureza ética estão na origem da decisão que tanta polémica gerou, mas que foi muito elogiada pelos dirigentes do Sul e do Centro.

Acompanhado por Isabel Caixeiro e João de Deus, do Conselho Regional do Sul (CRS), e por José Manuel Silva e Fernando Gomes, do Conselho Regional do Centro, Pedro Nunes optou por uma postura humilde e um tom quase intimista para tentar explicar aos jornalistas o porquê de ter decidido deixar de exercer as funções de bastonário. O candidato garante que não abandonou a Ordem dos Médicos (OM), que a instituição continua a «funcionar normalmente», e classifica a sua atitude de «normal, simples e pacífica». «Ninguém fugiu nem ninguém se demitiu», assegurou.

Em sua opinião, a polémica gerada apenas resulta da «enorme confusão propositadamente gerada nos órgãos de Comunicação Social» pelo seu adversário, Miguel Leão. «Não tenho palavras para qualificar a ética do meu adversário, que tentou aproveitar esta situação. No limite, isto é quase uma difamação e um ataque ao carácter», disse.

Pedro Nunes fez ainda questão de salientar o enquadramento excepcional da situação, uma vez que é a primeira vez que há uma segunda volta nas eleições da OM. Depois, alegou que se não tivesse tomado esta atitude poderia colocar a Ordem numa situação de «fragilidade», ao dar ao ministro da Saúde oportunidade para dizer que o bastonário da OM não tinha legitimidade para representar os médicos. O dirigente espera, aliás, que no futuro outros responsáveis na mesma situação procedam desta forma, até porque nesta fase já há um Conselho Nacional Executivo (CNE) eleito. «Esta auto-exclusão da ribalta da Comunicação Social é uma atitude ética normal e se for reeleito bastonário esta é uma das questões que quero que fique clara na próxima revisão do regulamento eleitoral», acrescentou.
Pedro Nunes rejeita também as dúvidas legais levantadas por Miguel Leão e pelo Conselho Regional do Norte (ver página 4) e justifica a circunstância de não ter auscultado o CNE, como prevêem os estatutos, com o facto de tal não ser temporalmente compatível com a data da segunda volta.
TM 24.12.07

9:52 da tarde  

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