Menezes, privatizava tudo
(...) De hospitais a prisões, de serviços municipais a institutos públicos, universidades, televisões e caixas gerais, ia tudo a eito e não ficava nada. O Estado vendia-se em hasta pública a quem licitasse mais e melhor. De um dia para o outro, calha o PSD vencer as eleições, o senhor Menezes não hesitava um segundo e privatizava, destruindo o Estado como um “bulldozer” destrói as construções à sua frente. link
Até certo ponto, e em muitas áreas de actividade, é verdade que não há razão teórica nenhuma que sustente a necessidade do Estado ser proprietário de empresas. Contudo, e a experiência de quase trinta anos demonstra que não é necessariamente verdade que um serviço depois de privatizado funcione melhor do que antes. A questão da “propriedade” não é muito relevante. Não interessa muito saber se determinado serviço é público ou privado, mas sim se atinge os seus objectivos e cumpre as suas funções. O hospital Amadora-Sintra é melhor porque é gerido por privados, ou é semelhante aos outros hospitais públicos da região de Lisboa? O facto de ser privado não altera muito. Até porque um serviço privado pode muito bem manter todos os defeitos dos serviços públicos.
Até certo ponto, e em muitas áreas de actividade, é verdade que não há razão teórica nenhuma que sustente a necessidade do Estado ser proprietário de empresas. Contudo, e a experiência de quase trinta anos demonstra que não é necessariamente verdade que um serviço depois de privatizado funcione melhor do que antes. A questão da “propriedade” não é muito relevante. Não interessa muito saber se determinado serviço é público ou privado, mas sim se atinge os seus objectivos e cumpre as suas funções. O hospital Amadora-Sintra é melhor porque é gerido por privados, ou é semelhante aos outros hospitais públicos da região de Lisboa? O facto de ser privado não altera muito. Até porque um serviço privado pode muito bem manter todos os defeitos dos serviços públicos.
Ao contrário do que pensa o Doutor Menezes, o problema não está em mais Estado ou menos Estado, mas sim em procurar um novo modelo de crescimento económico do país, e sobre isso ele não diz nada.
domingos amaral, DE 26.12.07
2 Comments:
O Doutor L. F. de Menezes parece ainda não se ter dado conta de que passou a liderar o (ainda) maior partido da oposição! Ou então anda mal aconselhado.
Com um pouco de boa-vontade, qualquer um dirá que o "desmantelamento" do Estado não é certamente o que lhe vai no pensamento. Mas um Político tem sempre obrigação de "medir as suas palavras" e não pode disparar sobre tudo quanto mexe!
Ó Dr. Menezes! Privatizar, privatizar.... tem sido a palavra de ordem de políticos sem ideias. Na Saúde a gestão privada do Amadora Sintra é o que se sabe; as universidade privadas: Moderna e Independente, deram no que deram; a banca privada: Operação furacão e BCP (veja lá, até a jóia da coroa)é o que se conhece. E o senhor ainda nos vem com a conversa do Estado mínimo? É que este tem pelo menos uma entidade reguladora (Tribunal de Contas) que dá conta do recado.
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