MS, campeão de dívidas
O Ministério da Saúde é responsável por quase dois terços da dívida do Estado e por grande parte da subida verificada em 2006, com um aumento de 359 milhões de euros. link
O Tribunal de Contas link considerou sob o ponto de vista técnico inaceitável o argumento invocado pelo ministro da saúde, Correia de Campos, segundo o qual a dívida da Saúde se deveria medir em termos líquidos, - ou seja, o montante da dívida subtraído das disponibilidades - o que diminuiria substancialmente os valores em causa.
O Tribunal de Contas link considerou sob o ponto de vista técnico inaceitável o argumento invocado pelo ministro da saúde, Correia de Campos, segundo o qual a dívida da Saúde se deveria medir em termos líquidos, - ou seja, o montante da dívida subtraído das disponibilidades - o que diminuiria substancialmente os valores em causa.
DE 22.12.07
3 Comments:
Caro Xavier:
Tristezas não pagam dívidas...
Assim sendo, aproveito para lhe desejar um Bom Natal extensivo a todos os colaboradores e leitores do Saude SA.
BOAS FESTAS!
PERPLEXIDADES
O ministro-médico
Recentemente, o ministro da Saúde nomeou um grupo de peritos que terá a incumbência de estudar possíveis soluções para resolver o problema das listas de espera para consultas e cirurgias de Oftalmologia. link A opção por dar aos técnicos a palavra não é nova e tem sido bem vista pelos profissionais. Mas, curiosamente, o despacho de Correia de Campos é deveras explicativo (ver notícia desenvolvida em www.tempomedicina.com). Porventura para poupar trabalho aos especialistas ou evitar que dispersem atenções, o senhor ministro faz o diagnóstico da situação e, mais ainda, aponta as possíveis terapêuticas. Para o governante o problema deve-se a vários factores, nomeadamente à «escassez de especialistas, de tempos operatórios, de organização, a par de baixos ritmos de actividade».
Por isso a solução, assegura o ministro, embora possa admitir «variantes», só pode ser uma de quatro — a criação de centros de responsabilidade nos hospitais, a contratualização de serviços de Oftalmologia entre o hospital e unidades exteriores, a criação de sociedades anónimas com a participação de médicos e enfermeiros nas instituições hospitalares ou o reforço do modelo vigente, com um maior recurso aos mecanismos de incentivos.
Provavelmente a intenção é boa, e o senhor ministro apenas pretende evitar ter de considerar letra morta mais um parecer técnico — como aconteceu, ou melhor, está a acontecer, no caso da rede de Urgências. Mas será que acha que não estamos a ver?
TM 1.º CADERNO de 2007.12.24
OS NÚMEROS IMPRESSIONANTES do ESTADO PORTUGUÊS CALOTEIRO
Dívida total a fornecedores da Administração Central do Estado (sem autarquias, regiões autónomas e empresas do Estado), apurada no final de 2006 foi de 2,02 mil milhões de euros, mais de metade já vencida.
No final do 1.º semestre de 2007 estavam ainda por pagar 873 milhões de euros desta dívida (62% já vencidos);
O MS representa 2/3 do total da dívida do Estado (72,4%);
A dívida do Estado cresceu 332 milhões de euros em 2006 (+19%), impulsionada essencialmente por entidades ligadas ao Ministério da Saúde (32%).
A dívida da Administração Central do Estado, cresceu entre 2002/2006,a um ritmo médio anual de 3,4%, enquanto que as receitas cresceram apenas a um ritmo médio anual de 2,8%.
Em 2005/2006 o ritmo de crescimento da despesa decresceu (35,7% do PIB para 34,5% do PIB) enquanto a receita se manteve inalterada em relação ao ano anterior (30,5% do PIB);
O prazo médio de pagamento do Estado é de 152,5 dias (68,9 dias é a média da EU);
O Estado tem 6.500 credores a maioria com dívidas inferiores a 100.000 euros.
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