quarta-feira, dezembro 26

Mensagens de Natal


A mensagem de Natal do 1º. ministro foi, manifestamente, um caso de grave astenia política. link
Para além do intensivo cultivo de um narcisismo já incomodativo, veio anunciar algumas "Boas Novas" para as quais deve estimar uma "boa" reacção dos portugueses:
- uma taxa de desemprego elevada;
- o deficit orçamental de 2007 abaixo do previsto (inferior a 3%).

A acreditarmos na criação, por este Governo, de mais de 100.000 novos empregos, a par do contínuo crescimento da taxa de desemprego, este contraditório não o deveria ter "forçado" a quantificar o "astronómico" nº. de postos de trabalho perdidos em menos de três anos ?
Isto não é uma economia em derrocada?
Não estará o "garrote" (já perdeu a pertinência a imagem do cinto) demasiado apertado?
De facto, perante este quadro, remodelações governamentais (mini ou maxi) são assuntos supérfluos ... venais. O melhor será tentar a "fuite en avant", sublinhando o apreciado "estilo" Sarkozy.
PS - Ah! a presidência portuguesa da UE correu muito bem (dito e redito pela 501ª vez!).
É-Pá
O colega Nicolas Sarkozy, outro cromo cultor da imagem, decidiu tirar férias, por esta altura, no Egipto na companhia da Carla Bruni. Onde aproveitará, por certo, para estudar o Tratado de Lisboa.link link

3 Comments:

Blogger Unknown said...

" Isto não é uma economia em derrocada ? "

Não é uma economia globalizada!!

2:09 da manhã  
Blogger tambemquero said...

O Bloco de Esquerda (BE) qualificou hoje de "autopropaganda do Governo" a mensagem de Natal do primeiro-ministro, considerando que José Sócrates "pintou um país de cor de rosa em que os portugueses não se revêem".

"Foi uma mensagem de autopropaganda do Governo", afirmou o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, considerando que José Sócrates nada disse que faça com que "os portugueses encarem o próximo ano com uma maior expectativa do que 2007".

O dirigente bloquista criticou Sócrates por mencionar indicadores económicos - défice e crescimento -, mas nada dizer sobre "questões sociais como o desemprego, o aumento da pobreza, a diminuição do valor das pensões".

Esses são indicadores que "fazem de Portugal um país que está a viver pior e que não receberam qualquer resposta da parte do primeiro-ministro", defendeu Luís Fazenda, sublinhando que Portugal "é um país pintado a cor-de-rosa com um optimismo em que os portugueses não se revêem".
JP 27.12.07

9:32 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Partidos da oposição, UGT e confederação do comércio criticam a mensagem de Natal de José Sócrates. Discordam de alguns números e, acima de tudo, acusam o primeiro-ministro de estar a fazer propaganda. Para o PCP, a mensagem é "preocupante", prometendo "protesto e luta", em 2008, às medidas anunciadas pelo Governo, como a revisão das leis laborais, que apelida de "declaração de guerra aos trabalhadores".
Em declarações à Agência Lusa, o dirigente comunista Vasco Cardoso afirmou que o PCP "ficou preocupado com a mensagem de Natal do primeiro-ministro porque confirma uma visão da sociedade desligada da realidade e perspectiva a continuação da mesma política" em 2008.
Segundo disse, a mensagem de José Sócrates foi "repleta de auto-satisfação, de auto-elogios" que "nada têm a ver com a realidade vivida pela esmagadora maioria dos trabalhadores portugueses".
Já o CDS-PP considerou que a mensagem se limitou a anúncios e propaganda, demonstrando ausência de estratégia para que Portugal tenha resultados na economia, justiça e educação.
O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, afirmou que o primeiro-ministro "vai terminar o ano de 2007 tal e qual como o começou, com anúncios e propaganda". "O primeiro-ministro insistiu numa novidade já conhecida, que o défice vai ficar em 2007 na casa dos três por cento, mas esqueceu-se que isso se deveu ao esforço de todos os portugueses, que foram penalizados com um forte aumento da carga fiscal", disse.
Também o Bloco de Esquerda (BE) qualificou como "autopropaganda do Governo" a mensagem de Natal do primeiro-ministro, afirmando que "pintou um país de cor-de-rosa em que os portugueses não se revêem". Luís Fazenda considera que José Sócrates nada disse que faça com que "os portugueses encarem o próximo ano com uma maior expectativa do que 2007".
Por sua vez, o secretário-geral da UGT, João Proença, disse à Lusa que a central sindical acha bem que o primeiro-ministro tenha o desemprego no centro das suas preocupações. Mas, frisou, é importante "que passe das palavras aos actos" e dê realização ao crescimento de emprego.
"É bom lembrar que o desemprego cresceu de uma taxa de 7,4 por cento no terceiro trimestre de 2006 para uma taxa de 7,9 por cento" no terceiro trimestre deste ano, sublinhou.
João Proença, da UGT, diz que importante seria José Sócrates passar "das palavras aos actos" no desemprego
JP 27.12.07

9:45 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home