MT, desvenda o tabu
Expectativas altas para a mobilidade, ou seja, a ACSS prepara-se para fazer sangue entre os funcionários do MS.link link
«TM» - Já recebeu as listas de pessoal a colocar em mobilidade que os hospitais elaboraram e deveriam entregar às respectivas ARS até 27 de Novembro?
MT - Não, este é um processo muito difícil e que ainda está a decorrer.
«TM» - Mas quais são as suas expectativas quanto aos resultados?
MT - A minha expectativa é que seja um meio de fazer realocação de pessoas dentro do sistema. Há entidades que têm excesso e outras que têm falta de pessoal, e há aqui uma possibilidade muito boa de fazer realocação de pessoas, portanto, de tornar mais eficiente o sistema. Em suma, as minhas expectativas são altas, mas obviamente tenho a percepção de que o processo é complexo e difícil.
«TM» - Alguns administradores com quem falámos disseram que tinham, em certos casos, falta de pessoal e, noutros, o número de profissionais mínimo necessário, e que por isso lhes seria muito difícil dispensar gente. Foi feito algum estudo prévio para determinar a necessidade deste processo de mobilidade?
MT - Não, não há nenhum estudo prévio rigoroso, de levantamento global da situação. O que existe é o conhecimento, hospital a hospital, da diferença de rácio profissionais/cama ou profissionais/doente em cada hospital. Sabemos que as nossas instituições têm uma grande discrepância neste tipo de rácios e em alguns casos os números parecem-nos excessivos. Mas não tentámos apurar qual era o rácio ideal nem demos qualquer indicação nesse sentido. Temos informação sobre essa diversidade, mas deixámos isso à auto-análise de cada uma das instituições. Depois, pedimos aos hospitais que nos comunicassem se existe alguma diferença entre o que têm e aquilo que necessitariam de ter, e isso em cada uma das categorias profissionais, porque até podem ter falta numas e excesso noutras.
«TM» - Uma das alíneas que gerou interpretações diversas foi a respeitante ao rácio de 25% do pessoal de suporte. O que é que a ACSS pretendia exactamente com essa indicação?
MT -- É um rácio puramente indicativo. O que queríamos dizer é que, por exemplo, se uma instituição tem 100 pessoas nos parece excessivo se esta tiver mais do que 25 pessoas, ou seja mais do que 25%, de pessoal de suporte. Mas nem dissemos que isso era o máximo que as instituições podem ter, demos uma indicação para que a instituição pondere se não haverá de facto um excesso de serviços de apoio. Isto porque os serviços de apoio são absolutamente necessários, e as instituições não funcionam sem estes, mas o hospital tem de estar focado no seu objectivo, e o objectivo é tratar doentes.
TM on line, 14.12.07
«TM» - Já recebeu as listas de pessoal a colocar em mobilidade que os hospitais elaboraram e deveriam entregar às respectivas ARS até 27 de Novembro?
MT - Não, este é um processo muito difícil e que ainda está a decorrer.
«TM» - Mas quais são as suas expectativas quanto aos resultados?
MT - A minha expectativa é que seja um meio de fazer realocação de pessoas dentro do sistema. Há entidades que têm excesso e outras que têm falta de pessoal, e há aqui uma possibilidade muito boa de fazer realocação de pessoas, portanto, de tornar mais eficiente o sistema. Em suma, as minhas expectativas são altas, mas obviamente tenho a percepção de que o processo é complexo e difícil.
«TM» - Alguns administradores com quem falámos disseram que tinham, em certos casos, falta de pessoal e, noutros, o número de profissionais mínimo necessário, e que por isso lhes seria muito difícil dispensar gente. Foi feito algum estudo prévio para determinar a necessidade deste processo de mobilidade?
MT - Não, não há nenhum estudo prévio rigoroso, de levantamento global da situação. O que existe é o conhecimento, hospital a hospital, da diferença de rácio profissionais/cama ou profissionais/doente em cada hospital. Sabemos que as nossas instituições têm uma grande discrepância neste tipo de rácios e em alguns casos os números parecem-nos excessivos. Mas não tentámos apurar qual era o rácio ideal nem demos qualquer indicação nesse sentido. Temos informação sobre essa diversidade, mas deixámos isso à auto-análise de cada uma das instituições. Depois, pedimos aos hospitais que nos comunicassem se existe alguma diferença entre o que têm e aquilo que necessitariam de ter, e isso em cada uma das categorias profissionais, porque até podem ter falta numas e excesso noutras.
«TM» - Uma das alíneas que gerou interpretações diversas foi a respeitante ao rácio de 25% do pessoal de suporte. O que é que a ACSS pretendia exactamente com essa indicação?
MT -- É um rácio puramente indicativo. O que queríamos dizer é que, por exemplo, se uma instituição tem 100 pessoas nos parece excessivo se esta tiver mais do que 25 pessoas, ou seja mais do que 25%, de pessoal de suporte. Mas nem dissemos que isso era o máximo que as instituições podem ter, demos uma indicação para que a instituição pondere se não haverá de facto um excesso de serviços de apoio. Isto porque os serviços de apoio são absolutamente necessários, e as instituições não funcionam sem estes, mas o hospital tem de estar focado no seu objectivo, e o objectivo é tratar doentes.
TM on line, 14.12.07
2 Comments:
Mobilidade especial só para alguns.
O senhor MT conta lançar para a mobilidade grande parte do pessoal de apoio mais facilmente substituível no mercado de trabalho: auxiliares de acção médica e apoio geral, pessoal operário, assistentes administrativos.
A Mobilidade Especial foi desenhada para atingir estes grupos profissionais. Daí a história dos dois terços, justificada de forma gaga pelo senhor MT.
A história da recolocação não passa de um expediente para contornar as dificuldades.
Tendo em atenção o seu péssimo desempenho, como se viu através do recente relatório do TC, quem está a precisar de ir para a mobilidade é o presidente da ACSS, o senhor MT.
A vacuidade das declarações do responsável pela ACSS, deixa-me completamente espantado.
Todo este processo assemelha-se a uma máquina de tortura que, de ante-mão se monta, e depois vamos procurar quem a vai alimentar.
Proposta: "os serventuários".
Porque quando a esperança desaparecer o medo não funciona.
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