Tabu

«Nos próximos meses, o Governo vai acelerar o processo de redução dos funcionários públicos e promete colocar mais 2.468 na mobilidade especial. Doravante serão excendentários, com direito a serem chamados por outros serviços, colocados noutros sítios do país, com outras tarefas. Tudo isto é normal, está escrito na lei e segue o princípio de que só com menos Estado será possível ter melhor Estado. Só não se percebe o tabu. Numa primeira fase, o Governo anunciou que, só da Agricultura sairiam 3.000. Hoje há 1.230 funcionários em mobilidade especial a que se somarão “em breve” mais 2.468. Ou seja, pouco mais do que os 3.000 previstos. E os outros ministérios? Quantos, onde, como? A tudo isto o Governo responde com o silêncio de quem sabe que o tema é politicamente penoso. Há 740 mil funcionários públicos. Quantos sairão no final, ninguém sabe. Dois terão que abandonar o Estado para que um entre: é esse o princípio. Para já, o Governo vende os números da poupança - 3 mil milhões. E promete acelerar o passo para compensar uma reforma que ainda vai a passo.» link link link link
miguel pacheco, DE 12.12.07