domingo, dezembro 9

OM, eleição do bastonário (2)


Quando da entrevista do Dr. Eduardo Barroso à GH sobre a situação dos transplantes no nosso País, mandei a dica que, a posição do EB sobre as eleições na OM, merecia um comentário. link
Aqui fica. Com certeza que o entenderá.

Em primeiro lugar, devo dizer que este tipo de actos eleitorais, em diferentes Ordens profissionais, tem tido a mais discreta cobertura dos orgãos de comunicação social. Na semana passada foram os advogados, nesta os enfermeiros
link e, para a próxima, os médicos. link

É surpreendente este silêncio. Até porque terá dado entrada na AR um ante-projecto ou projecto (?) de Lei sobre as Ordens Profissionais, que alterará e/ou condicionará as actuais competências destes orgãos. Será melhor, mais avisado, reservar-nos para a altura da sua divulgação. Todavia, tal facto não deixará de "pesar" sobre estas eleições.
Estes "ruidosos" silêncios prenunciam, quase sempre, tempestades.

A posição do Dr. Ed Barroso traduz, de certo modo, o estrondoso "desassossego" que assalta - transversalmente às diferentes opções políticas - o grupo profissional médico, em relação ao actual Bastonário e que tem a ver com terríveis sensações e frustações como: inação, o inexito e o desperdiçar de oportunidades.

Por isso, e a propósito, não resisto a transcrever um texto de Pessoa (sob o heterónimo de Bernardo Soares), exactamente do célebre Livro do Desassossego:

"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for.
O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito.
Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"


A candidatura do Dr. Miguel Leão
link responde a estas questões do imaginário quotidiano pessoano e, por coincidência, são similares ao trajecto histórico recente da OM.
É, portanto, natural que o Dr. Miguel Leão reuna um ainda oculto mas amplo consenso que só as urnas vão tornar visível.
É-Pá

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1 Comments:

Blogger helena said...

A PORTA

Eu sou feita de madeira

Madeira, matéria morta

Mas não há coisa no mundo

Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho

Pra passar o menininho

Eu abro bem com cuidado

Pra passar o namorado

Eu abro bem prazenteira

Pra passar a cozinheira

Eu abro de sopetão

Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente

Que diz (a mim bem me importa . . .)

Que se uma pessoa é burra

É burra como uma porta.


Dedicado ao Xavier

6:18 da tarde  

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