OM, eleição do bastonário (3)
Carlos Santos Silva, candidato a bastonário da Ordem dos Médicos link apresenta-se como defensor das carreiras médicas, no seu programa de acção. link
Contudo, o seu mandatário distrital de Lisboa, o psiquiatra e actual director clínico da saúde de proximidade da Santa Casa da Misericordia de Lisboa (SCML) link link - Dr. Luís Gamito (ex-presidente do CA do HJM), pactua com o "torpedear" das carreiras médicas na instituição que actualmente tutela (SCML), onde o médico coordenador da Unidade de Saúde W Jovem, é substituído por uma psicóloga!!! link
Será que a figura do director clinico é capaz de garantir a qualidade da medicina? Na SCML parece difícil...
Contudo, o seu mandatário distrital de Lisboa, o psiquiatra e actual director clínico da saúde de proximidade da Santa Casa da Misericordia de Lisboa (SCML) link link - Dr. Luís Gamito (ex-presidente do CA do HJM), pactua com o "torpedear" das carreiras médicas na instituição que actualmente tutela (SCML), onde o médico coordenador da Unidade de Saúde W Jovem, é substituído por uma psicóloga!!! link
Será que a figura do director clinico é capaz de garantir a qualidade da medicina? Na SCML parece difícil...
Teresa
3 Comments:
Dado o Serviço que é, psicóloga não pode?
O que pensam os candidatos a bastonário
Questão da semana:
A definição legal de acto médico é uma questão considerada relevante pela generalidade dos clínicos.
Se for eleito bastonário da Ordem dos Médicos (OM), o que se propõe fazer neste campo?
Carlos Silva Santos
«Tem faltado um trabalho de concertação das diversas ordens»
«A regulamentação legal do acto médico tem sido um tema muito falado como essencial à clarificação do desempenho da profissão e à delimitação de intervenções de outros profissionais de saúde e não só. As posições dentro da OM estão longe de ser consensuais e algumas assumem mesmo uma vertente fundamentalista.
No geral, as posições da direcção da OM não representam um trabalho colectivo de reflexão desapaixonado sobre o que deve ser considerado área exclusiva da actuação dos médicos e sobre aquelas actividades que podem ser desempenhadas por outros profissionais de saúde com igual competência e responsabilidade.
O Governo, a Assembleia da República e o Presidente da República têm tido entendimentos nem sempre concertados e coincidentes, pelo que o projecto de alguns dirigentes da OM não tem ido em frente.
Em todos os casos tem faltado um trabalho de concertação das diversas ordens dos profissionais de saúde (ordens dos enfermeiros, dos farmacêuticos e dos médicos dentistas, entre outras associações) para encontrar uma proposta consensual ou que, pelo menos, identificasse as diferenças intransponíveis, se fosse o caso.
A “Candidatura Alternativa”, caso vença as eleições, irá procurar construir uma proposta que, salvaguardando os interesses essenciais dos médicos, não contrarie as naturais expectativas das restantes ordens da Saúde.»
Miguel Leão
«Combater o charlatanismo»
«Reivindicar junto do Ministério da Saúde a definição de acto médico, seja em diploma próprio seja em sede de revisão do Estatuto da Ordem dos Médicos, de acordo com dois princípios fundamentais: que se define por Medicina a actividade de avaliação diagnóstica, prognóstica, de prescrição e de execução das medidas preventivas e terapêuticas relativas à saúde das pessoas, grupos ou comunidades, a realização de exames de perícia médico-legal e respectivos relatórios, e os actos de declaração de estado de saúde, de doença ou de óbito de uma pessoa; que o exercício da Medicina é da exclusiva competência dos licenciados em Medicina regularmente inscritos ou registados na Ordem dos Médicos, podendo a prática das técnicas de execução inerentes àquele exercício ser realizada directamente por estes ou sob a sua orientação e responsabilidade.
Permito-me destacar que esta definição de acto médico é idêntica (para não dizer igual) à aprovada pela União Europeia de Médicos Especialistas (UEMS) e que visa, para além de combater o charlatanismo, definir o primado da hierarquia médica nas equipas de saúde.»
Pedro Nunes
«A aprovação desta legislação defende todos os profissionais»
«A aprovação de uma definição legal de acto médico é uma prioridade óbvia para a próxima direcção da Ordem dos Médicos. O que há a fazer é, através do Governo ou da Comissão Parlamentar da Saúde, suscitar uma vez mais a propositura do texto consensual elaborado no tempo da ministra Maria de Belém por um grupo em que a Ordem esteve representada pelo dr. Rosalvo Almeida e por mim próprio. A definição aprovada na UEMS, e que resultou de uma proposta da Secção de Oftalmologia elaborada pelo representante português, o dr. José Luís Dória, e defendida por mim próprio e pelo dr. Ciro Costa no Management Council é igualmente uma boa base de trabalho. Essencialmente é necessário fazer perceber ao poder que a aprovação desta legislação defende todos os profissionais que estribam o seu trabalho na ética e na ciência e que não se trata de um qualquer ataque dos médicos aos outros profissionais. Se a Ordem não conseguir passar esta mensagem jamais haverá lei de acto médico.»
TM ELEIÕES de 2007.12.10
Parece-me que vão ser 4 anos pautados por guerras entre ordens profissionais... então com esta visão do Dr Miguel Leão: «definir o primado da hierarquia médica nas equipas de saúde.» Não se pode esperar outra coisa.
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