Jornada Algarvia
“A ministra da Saúde Ana Jorge estará no Algarve na próxima sexta-feira, dia 22 de Fevereiro, para visitar a Rede de Cuidados Continuados Integrados, implementada na região desde 2005.
A deslocação da ministra da Saúde ao Algarve incluirá a visita às Unidades de Cuidados Continuados, de Média Duração e de Reabilitação e de Longa Duração e Manutenção, e de Convalescença, respectivamente em Tavira, Albufeira e Portimão.
A governante ficará a conhecer ainda o trabalho desenvolvido nas Equipas de Cuidados Continuados Integrados Domiciliários do Algarve.”
É simpático que a Dr.ª Ana Jorge, em vez de criticar o trabalho do seu antecessor, se esforce por acentuar alguns dos aspectos correctos na política anterior: no caso, esforço de melhoria dos Cuidados Primários e lançamento da Rede de Cuidados Continuados. E, melhor ainda, é bom que o faça com a afabilidade que a caracteriza.
Numa das visitas aos serviços pediu desculpa por falar baixo, explicando que se tratava dum hábito adquirido no exercício da Pediatria. Por uns tempos a Dr.ª Ana Jorge não vai lidar com crianças.
Como ela própria sabe, com saber de experiência feito, tem no SNS muita gente boa, genuinamente interessada num Serviço Público de qualidade.
Mas, como a Ministra, vai ter de lidar com algumas aves; pássaros, passarinhos, passarões, aves de rapina e…cucos. Para lidar com esta fauna é bom que comece a exercitar a voz porque, mais cedo do que tarde, vai ter que elevar o tom.
A deslocação da ministra da Saúde ao Algarve incluirá a visita às Unidades de Cuidados Continuados, de Média Duração e de Reabilitação e de Longa Duração e Manutenção, e de Convalescença, respectivamente em Tavira, Albufeira e Portimão.
A governante ficará a conhecer ainda o trabalho desenvolvido nas Equipas de Cuidados Continuados Integrados Domiciliários do Algarve.”
É simpático que a Dr.ª Ana Jorge, em vez de criticar o trabalho do seu antecessor, se esforce por acentuar alguns dos aspectos correctos na política anterior: no caso, esforço de melhoria dos Cuidados Primários e lançamento da Rede de Cuidados Continuados. E, melhor ainda, é bom que o faça com a afabilidade que a caracteriza.
Numa das visitas aos serviços pediu desculpa por falar baixo, explicando que se tratava dum hábito adquirido no exercício da Pediatria. Por uns tempos a Dr.ª Ana Jorge não vai lidar com crianças.
Como ela própria sabe, com saber de experiência feito, tem no SNS muita gente boa, genuinamente interessada num Serviço Público de qualidade.
Mas, como a Ministra, vai ter de lidar com algumas aves; pássaros, passarinhos, passarões, aves de rapina e…cucos. Para lidar com esta fauna é bom que comece a exercitar a voz porque, mais cedo do que tarde, vai ter que elevar o tom.
Brites
Etiquetas: Brites
3 Comments:
GRUPO REFLEXÃO ALERTA PARA DESIGUALDADES ENTRE UTENTES EM CENTROS DE SAÚDE
Doentes seguidos em Unidades de Saúde Familiar recorrem menos a urgências hospitalares e SAP
Haverá cerca de 1,2 milhões de portugueses com razão para estarem mais satisfeitos com o seu centro de saúde. Um estudo de satisfação junto de utentes de Unidades de Saúde Familiar (novo modelo de organização de centros de saúde) diz, por exemplo, que tiveram menos tempo de espera pela primeira consulta. O problema é que o modelo tarda em espalhar-se a todo o país, criando "desigualdades entre utentes", alertou ontem o novo grupo de reflexão Saúde-em-Rede.
Um pequeno estudo que inquiriu o grau de satisfação dos utentes das Unidades de Saúde Familiar (USF) concluiu que os seus doentes pensam que a sua organização melhorou. Foram inquiridos 143 utentes num universo de 65 USF.
Uma das conclusões apresentadas ontem em Lisboa pelo Saúde-em-Rede foram os bons resultados do novo modelo.
O grupo de reflexão resulta de uma parceria entre a Escola Nacional Saúde Pública, as associações portuguesas de Desenvolvimento Hospitalar, de Administradores Hospitalares, de Médicos de Clínica Geral e a Pfizer. Até final do ano passado entraram em funcionamento 105 USF, com mais de dois mil profissionais (médicos, enfermeiros e administrativos).
Um dos membros do grupo de reflexão, o vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, José Biscaia, afirmou ontem que as USF têm melhores taxas de cobertura de citologia nas mulheres (detecção do cancro do colo do útero), os diabéticos são mais bem seguidos e os seus utentes recorrem menos a urgências hospitalares e Serviços de Atendimento Permanente. O problema é que tardam a espalhar-se pelo país, tendo criado um problema de "desigualdade entre utentes USF e os outros", o que traz consigo o perigo de "discriminação".
Para José Biscaia, "a pressão dos utentes que não estão satisfeitos" pode ser um instrumento importante de propagação do modelo. Por vezes, as diferenças são visíveis num mesmo centro de saúde em que apenas parte dos seus profissionais está organizada em USF. Resultado? Uma parte do centro de saúde funciona melhor do que a outra, notou. Há 222 candidaturas a USF a correr, segundo o site da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (www.mcsp.min-saude.pt).
Reconhecendo que a avaliação das candidaturas leva tempo, acrescentou que há outros obstáculos que se colocam à sua abertura. Um deles são os atrasos na informatização, essencial num modelo que é financiado de acordo com uma série de indicadores numéricos, outros são a necessidade de um gabinete por cada médico e a dificuldade na transferência de médicos para os locais onde mais são precisos.
Mas se é reconhecido que o modelo das USF funciona bem, também há "ameaças". Uma delas é a de "burocratização", alertou José Biscaia. O objectivo actual é que as USF sejam financiadas de acordo com indicadores de saúde que obtêm, mas existe o risco de serem reduzidas "à produtividade", olhando-se mais ao número de actos praticados do que aos resultados de saúde.
JP, 22.02.2008, Catarina Gomes
O comboio da Saúde marcha a duas velocidades...
É necessário que não existam descarrilamentos...
As medidas enunciadas para modernizar o modelo social europeu, investindo nas pessoas e criando um Estado-Providência activo; as orientações definidas para as questões económicas, financeiras e monetárias visando dar resposta à restauração do pleno emprego e à preparação da sociedade para as consequências do envelhecimento demográfico; as uma nova legislação alimentar (subsidiáia do conceito de "soberania alimentar") com critérios mais exigentes de saúde pública, o delicado problema da sustentabilidade das reservas acquiferas, são paradigmáticas da inflexão verificada de que mesmo a duas velocidade estamos a caminho da construção de um equilíbrio europeu.
Desaceleração
A mini-remodelação ministerial inaugurou um novo estilo na governação. Da correria passou-se à marcha lenta. O que há para fazer, e que as declarações dos responsáveis asseguram virá mesmo a ser feito, entrou agora numa espécie de velocidade de cruzeiro, depois das temíveis acelerações precedentes.
A ministra Ana Jorge, que anda num corrupio a visitar unidades, e o primeiro-ministro em entrevistas têm-se revezado para sossegar o País inquieto. O País, realmente, sobretudo aquele interior, afastado dos grandes centros, envelhecido e empobrecido, abandonado, temeu pelos anos que lhe restam de vida, em época onde se sucedem prodigiosos avanços tendentes a manter-nos por cá mais tempo e em razoável estado. Em nome da racionalização, da eficiência, da poupança de recursos e sabe-se lá de que mais, foi um turbilhão de encerramentos, sem cuidar de garantir previamente alternativas condizentes; em resultado, o povo sobressaltou-se, zangou-se — porque, se não percebeu a excelência da política em execução, percebeu, sem dificuldade, que resvalava para o desamparo. Todos perceberam, incrédulos, a inexplicável confusão entre telhados e alicerces — menos o Governo! O Governo, que preza a lentidão das suas reflexões em contraste com a precipitação das suas acções, só viria a reconhecer o desconchavo para que tantos o alertavam quando a contestação nas ruas ameaçou comprometer resultados eleitorais em 2009.
Mais vale tarde do que nunca, dir-se-á. É certo; mas a incapacidade governamental para detectar o erro em tempo útil causa inquietação, não obstante ser louvável ouvir o chefe do Governo assumir com humildade que andou meses a subscrever uma política executada de forma canhestra. E porquê? Os jornalistas que recentemente o entrevistaram na televisão tiveram oportunidade de procurar esclarecer o mistério; abdicaram de o fazer, porém. Poderiam, ao menos, ter sugerido uma dúvida, esta: o primeiro-ministro que publicamente apoiou a estratégia de Correia de Campos é o mesmo que agora deixa renascer SAP na região Centro sob a forma de consultas abertas?
TM 25.02.08
A ministra da Saúde admitiu hoje serem insuficientes as camas de cuidados continuados existentes em Portugal, mas afirmou que até ao final do ano deverá haver 5.000 vagas neste regime, mais do dobro das actuais.
De acordo com Ana Jorge, que hoje cumpre a sua primeira visita oficial ao Algarve, existem actualmente cerca de 1.800 camas de cuidados continuados, prevendo-se que até ao final de Março sejam 2.300 e até ao final do ano 5.000.
«Se me pergunta se são poucas [camas] em função das necessidades, eu diria que sim porque as necessidades são grandes», afirmou aos jornalistas, depois de inaugurar a Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação de Tavira.
Salientou que há um ano e meio «não havia nenhuma cama aberta» e disse que a meta de 5.000 camas poderá ser alcançada através de um concurso que abre no próximo mês e que envolve apoios financeiros de 15 milhões de euros.
A Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação de Tavira, com cerca de 20 camas e que é gerida pelo núcleo local da Cruz Vermelha Portuguesa, entrou em funcionamento em Dezembro de 2007.
Segundo dados do Ministério da Saúde, prevê-se que até ao final do ano o Algarve tenha 405 camas integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, quando actualmente há 195 camas.
Destas 195 camas, 42 são de convalescença, 43 de média duração e reabilitação e 74 de longa duração e manutenção, havendo ainda 36 camas em Unidades de Internamento de Centros de Saúde.
Questionada sobre o avanço do Hospital Central do Algarve, a instalar no Parque das Cidades, a ministra da Saúde afirmou que tudo corre a «bom curso» e que serão «provavelmente» mantidos os prazos que prevêem o arranque das obras em 2009 e conclusão em 2012.
«O programa funcional está aprovado e em breve terão notícias», concluiu a titular da pasta da Saúde, que aprovou o programa no final da passada semana, cumprindo as intenções do seu antecessor, que previa fazê-lo até ao final do mês de Fevereiro.
DD 21.02.09
Enviar um comentário
<< Home