quarta-feira, março 19

Contra reforma



1.- Na sequência de mais um nascimento em pleno IP4, Adão Silva e Olímpia Candeias, pedem a Ana Jorge para ponderar a possibilidade de reabertura da Maternidade de Mirandela , dos SAP dos concelhos de Freixo de Espada à cinta, Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães.

2.- O deputado do PSD por Vila Real Ricardo Martins pediu a reabertura da maternidade de Chaves e da urgência do hospital de Peso da Régua.

3.- Os deputados da maioria PSD, do PS e do CDS da Assembleia Municipal de Vila Pouca e Aguiar exigem a reabertura do SAP.

4.- O Ministério da Saúde não vai reabrir nenhum dos serviços encerrados no Distrito de Vila Real, de acordo com a resposta do gabinete da ministra Ana Jorge
link
5.- A Associação de Utentes de Saúde do Concelho de Alijó (AUSCA) está a promover uma recolha de assinaturas em defesa da reabertura do SAP de Alijó.

6.- Um novo protesto, o 19º desde Abril de 2007, foi convocado para domingo pelo movimento "Unidos pela Saúde" para exigir a reabertura do serviço de urgência do Hospital de Anadia.
link

7.- Câmara Municipal do Seixal, reivindica a reabertura dos SAP de Corroios e do Seixal e o desbloqueamento para a construção do Hospital Público no concelho.

8.- A população da freguesia de Sangalhos concentrou-se, na noite de sexta-feira, junto ao Centro de Saúde local, reivindicando a reabertura da Consulta Aberta.

9.- Os militares garantem que não vão baixar os braços na luta contra as alterações no sistema de saúde das Forças Armadas e decidiram agendar dois novos protestos já para o mês de Abril.
link

10.- A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Grândola mobilizou, no passado sábado, centenas de pessoas numa concentração que serviu de protesto ao horário de funcionamento do SAP, reaberto no dia 3 de Março. O antigo serviço que funcionava durante as 24 horas, reabriu agora com horário limitado, sendo alvo de criticas por parte da população grandolense e Comissão de Utentes.

11.- Litério Marques, presidente da Câmara de Anadia e a ministra da Saúde sentaram-se, pela primeira vez esta semana, para discutir e estudar soluções, a propósito do encerramento da Urgência do Hospital. A reabertura parcial é uma hipótese em cima da mesa, que o movimento contestatário encara «como um princípio»
link

12.- O Ministério da Saúde desmentiu hoje categoricamente a reabertura do serviço de urgências de Anadia, que havia sido tomada como provável na edição de hoje do Jornal de Notícias (JN).
link

13.- O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, pediu à ministra da Saúde, Ana Jorge, no discurso de tomada de posse após a reeleição, a reabertura de alguns serviços de Urgência encerrados por Correia de Campos
link

14.- «Tínhamos ministro a mais, agora parece que temos ministra a menos». Afirmou Menezes, no final de uma visita ao Centro de Saúde de Vieira do Minho.

15.- O primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu a política de saúde para tema do debate quinzenal, quarta-feira, na Assembleia da República, disse à agência Lusa fonte do Ministério dos Assuntos Parlamentares.
link

16. - Luís Filipe Menezes, desafiou o primeiro-ministro a aproveitar a ocasião (debate AR) para esclarecer "definitivamente" se há ou não alterações às orientações do anterior ministro
link

2 Comments:

Blogger tambemquero said...

Ilusões
Em reformas que precisam de vencer forte oposição dos interessados, o mais provável é que toda a suspensão da pressão reformadora se traduza imediatamente num contramovimento das forças de resistência à mudança.

Pode ser ilusório pensar que se pode parar, sem recuar...
Vital Moreira, causa nossa

8:46 da manhã  
Blogger e-pá! said...

A LIÇÃO OBNUBILADA

Ilusões (1)
Quem pode ter acreditado que era possível um compromisso com a Fenprof quanto à avaliação, quando é evidente que os sindicatos não querem nenhuma avaliação que sirva para efeitos da progressão na carreira e na remuneração dos professores e que estão apostados em todas as manobras dilatórias para adiar indefinidamente a avaliação?
[Publicado por Vital Moreira] [13.3.08] [Permanent Link]
Ilusões (2)
Em reformas que precisam de vencer forte oposição dos interessados, o mais provável é que toda a suspensão da pressão reformadora se traduza imediatamente num contramovimento das forças de resistência à mudança.
Pode ser ilusório pensar que se pode parar, sem recuar...
Ilusões (3)
No dia em que fosse reaberta uma das pseudo-urgências encerradas por Correia da Campos, é evidente que todos os outros casos seriam reabertos pelos interessados.
A nova Ministra não podia ter ilusões a esse respeito...
[Publicado por Vital Moreira] [13.3.08] [Permanent Link]

Vital Moreira, vai cultivando ilusões no seu espaço cibernético Causa Nossa.

Perante a turbulência reformista que, veio ao de cima, na fase final do ciclo legislativo de Sócrates, transforma-se numa ave espacial - struthio camelus, mais conhecida por avestruz.
Isto é, promete largas aplanações mas, de facto, é das poucas aves que não voa. Corre, foge, atabalhoadamente, com muito vigor e atropelo.
É famoso - embora nunca comprovado - o seu comportamento de “enterrar” o focinho na areia na eminência de ser atacado.

Na (Ilusão 1) afirma que os professores: “não querem nenhuma avaliação que sirva para efeitos da progressão na carreira e na remuneração dos professores.”
Interessaria saber se tal conformidade é um facto recente, um desvario abrupto ou é um comportamento atávico, como o “enterrar” da cabeça.

As “reformas sociais” do PS são antes de tudo malabarismos economicistas (a tal palavra que os políticos gostariam que não existisse…)
Vital leu Lenine, e passeou por Rosa Luxemburgo. Sabe, portanto, que dar passos à frente e passos a trás, tem a ver com os “princípios da organização”, intimamente, ligados aos “sistemas de organização”, portanto, em conformidade com as condições concretas (insistir no concretas) da legalidade, da repressão e do desenvolvimento.
Sabe também em relação à “Ilusão I” que:
“O que permanece, para além destas nuances e variações, é que o partido (*) não é uma forma de organização entre outras, sindicais ou associativas, mas a forma específica sob a qual a luta de classes se inscreve no campo político. Esta ideia da especificidade do político se reencontra aliás na noção de crise revolucionária, consequência não de um simples movimento social, mas de uma "crise nacional", crise geral das relações recíprocas entre todas as classes da sociedade.”
(*) – no caso vertente ao Partido Bolchevique.

O PS é um partido onde a burocracia, o carreirismo e a arrogância têm largas fatias políticas sob controle.
Anunciar reformas não é a mesma coisa do que esperá-las.
Não concebe que este desejo, a inocência deste querer, possa, um dia, não chegar.

Se o PS fosse um partido verdadeiramente reformista, socialista, para sermos mais concisos, a sua acção social e espreitava a potencialidade da crise política. Todas as crises inscritas nas suas ilusões, são “aconteciementos potenciais”.
Agora, no momento da decisão, o presente sobrepõe-se e torna-se irrevogável. Cria situações radicalmente novas. Não remendos agastados de tantos anos de displicência…
No aspecto social "a nossa herança não é precedida de nenhum testamento".
É o acontecimento que é esclarecedor. Ele aparece porque é necessário, objectivo e indispensável. O burocrata nada notou!
O futuro dos acontecimentos políticos e sociais são independentes das suas circunstanciais vitórias ou derrotas (Hannah Arendt)

As “ilusões” 2 e 3 de Vital Moreira, são mais graves. Dizem respeito a outro problema social – Saúde – e pressupõem que o PS substituiu CC por AJ, por meras questões nominais, prazenteiras. Ou, então, as condições políticas para levar a efeito uma reforma – múltipla – não nos esqueçamos, tinham ficado pelo caminho, tinham encalhado nas Urgências, Nas USF's e, pior, nas PPP's...
A notícia de hoje sobre o H Amadora-Sintra é quase tão relevante quanto a demissão de CC...
As reformas são um moderno e complexo problema de fertilidade. Precisam de pujança, de esclarecimento, de melhor conseguir. Trazem no bojo uma prole de novos conceitos biodiversidade, biotecnologia e biossegurança. Um novo Mundo.
Ou, fazem-me lembrar a tal :
ilha remota onde se instalou o luto um homem decreta que nunca mais haverá sexo nem filhos...
A ilha vai ficando deserta e ele decide enviar a sua filha, Adriana, para o continente “constituir família por métodos naturais”.
Acompanharemos as aventuras de Adriana à procura de um homem que a faça procriar um filho e assim garantir a descendência na ilha.
ADRIANA (filme de Margarida Gil).
O que não será uma luta estritamente política mas, acima de tudo, um enorme desafio humanitário. Tão grande como o filme!

Todavia, a inovação deste novo desafio é Vital Moreira estar a travestir-se no Vasco Graça Moura do PS...

Gostaria de terminar este comentário com Camus:
"o absurdo é a razão lúcida que constata os seus limites" .

8:02 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home