sábado, março 8

Tuga


Hospital de Cascais
Estou agora a fazer um estágio de pediatria no hospital de Cascais. No outro dia, tivemos uma sessão clínica organizada (leia-se patrocinada) pela Nestlé, e fiquei muito agradado com o facto do Director de Serviço ter dito perante todos os que estavam na sala, que não queria que a Nestlé oferecesse almoços, e que em vez disso, ajudasse financeiramente os internos para estes poderem frequentarem acções de formação. "Não queremos cá almoços, só ciência" disse ele!
No entanto, mesmo com internos porreiríssimos e altamente competentes, Cascais é Cascais, e nunca vi na minha vida, tantas revistas Lux espalhadas pelos serviços, nem tantas médicas atraentes e com pinta de modelos. Todo o aluno ou interno que se preze tem de fazer um estágio em Cascais!
thinktanktuga
comentário: Médicas atraentes com pinta de modelos. Resmas de Lux. Devem continuar imagem de marca do novo Hospital de Cascais PPP. Local de culto de todo o interno que se preze. Dr. NL, nota máxima para este aluno brilhante.
Pobres criancinhas.

6 Comments:

Blogger Tá visto said...

Bem dizia o Pessoa: Come chocolates pequena, come chocolates, olha que não há metafísica para além do chocolate. Com tanta Nestlé, revista Lux, médicas bonitas e essa esplendorosa baía de Cascais, para quê ir além do mundano?

9:48 da manhã  
Blogger PhysiaTriste said...

«A região de Aveiro tem, a partir de hoje, um dos poucos hospitais veterinários abertos 24 horas por dia, dotado dos mais modernos meios complementares de diagnóstico, piscina de hidrofisioterapia, parque privativo, jardim e outros confortos. Um luxo!
O Hospital Veterinário do Baixo Vouga (HVBV), que é inaugurado hoje, em Mourisca do Vouga (Águeda), é um projecto de um grupo de veterinários da região, apostados na prestação de cuidados de saúde animal de qualidade, num ambiente o mais agradável possível, tanto para os profissionais como para os clientes.
O edifício, construído de raiz, à margem do IC2 (ex- EN1), caracteriza-se pelos espaços planos, amplos e com muita luz, e o equipamento é "do mais moderno que há", diz Artur Alves, um dos promotores. O investimento é da ordem dos 750 mil euros.
Além de garantir o atendimento 24 horas por dia, através de uma equipa constituída por um veterinário e um enfermeiro em regime de permanência, o HVBV destaca-se por dispor de um serviço de fisioterapia com piscina de hidrofisioterapia, importante para o apoio à recuperação no período pós-operatório.
Possui modernos meios de diagnóstico de imagiologia, ecografia, ecocardiografia e endoscopia, um laboratório muito completo e uma sala de cirurgia com monitores multiparamétricos de última geração, ventilador e oxigénio medicinal em rede.
Dispõe, ainda, de três zonas de internamento separadas, para cães e gatos e animais portadores de doenças infecto-contagiosas. E tem uma oferta muito vasta de consultas de clínica geral, oftalmologia, gastroenterologia, dermatologia, ortopedia, neurologia, cardiologia, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina interna e cuidados intensivos, serviços de cirurgia geral, cirurgia torácica, odontologia e cirurgia oftálmica.
Inovador é, também, o centro de formação, destinado a ministrar formação contínua pós-graduada a veterinários e enfermeiros, numa parceria com a filial ibérica da Improve International, o maior grupo de formação médico-veterinária da Europa.
Apesar de todos "luxos", os responsáveis do Hospital Veterinário do Baixo Vouga garantem que os preços "andarão pela média do que se pratica na região".»

A notícia vem no JN de 1 de Março e quem me chamou a atenção para ela foi a prima Mariazinha, de Ovar, que me disse, deliciada, que a sua amiga Luisinha, de Fermentelos, já tinha levado a cadela mais velha á Consulta de Geriatria. Gostou muito do atendimento e até nem achou caro. Creio que 30 €.

Desconhecedor desta realidade e aproveitando o fim de semana, “naveguei” um pouco para saber o que se passa. E o acaso levou-me ao “Formiguinha Atómica” onde encontrei este post:

«Gatunagem descarada é o remédio que o Said toma para o coração custar num determinado veterinário 19,95€ (dezanove euros e noventa e cinco cêntimos) e noutro a 2 km de distância custar apenas 12,50€ (doze euros e cinquenta cêntimos), ou seja, menos 7,45€ (sete euros e quarenta e cinco euros) que são em moeda antiga cerca de 1.500$00 (mil e quinhentos escudos).
Tendo em conta que o remédio nem sequer dura um mês confesso que me senti roubada quando percebi a discrepância de preços. Porque é que os medicamentos para animais não são tabelados, sobretudo estes que são vitais? Quem é que controla esta matéria? É que se há veterinários escrupulosos há outros que se esticam descaradamente.
E para quem, como eu, tem de administrar cinco / seis medicamentos por dia ao cão estas “pequenas” diferenças de preço fazem muita mossa na carteira!»

Post que mereceu, de entre vários, o seguinte comentário:

«Olá Marta. Eu já tive um problema idêntico com a minha cadela Zara que tinha um sopro no coração
(morreu em Dezembro 2005) mas como os medicamentos eram iguais ao da minha sogra tive a sorte de ter sempre receita médica. Durou anos esta situação, foi a minha sorte.»

Ah, é verdade. A minha prima Mariazinha também me disse que, há dois meses atrás, a sua amiga Luisinha se queixou muito de ter pago taxa moderadora no Hospital de Águeda…

4:11 da tarde  
Blogger PhysiaTriste said...

«A região de Aveiro tem, a partir de hoje, um dos poucos hospitais veterinários abertos 24 horas por dia, dotado dos mais modernos meios complementares de diagnóstico, piscina de hidrofisioterapia, parque privativo, jardim e outros confortos. Um luxo!
O Hospital Veterinário do Baixo Vouga (HVBV), que é inaugurado hoje, em Mourisca do Vouga (Águeda), é um projecto de um grupo de veterinários da região, apostados na prestação de cuidados de saúde animal de qualidade, num ambiente o mais agradável possível, tanto para os profissionais como para os clientes.
O edifício, construído de raiz, à margem do IC2 (ex- EN1), caracteriza-se pelos espaços planos, amplos e com muita luz, e o equipamento é "do mais moderno que há", diz Artur Alves, um dos promotores. O investimento é da ordem dos 750 mil euros.
Além de garantir o atendimento 24 horas por dia, através de uma equipa constituída por um veterinário e um enfermeiro em regime de permanência, o HVBV destaca-se por dispor de um serviço de fisioterapia com piscina de hidrofisioterapia, importante para o apoio à recuperação no período pós-operatório.
Possui modernos meios de diagnóstico de imagiologia, ecografia, ecocardiografia e endoscopia, um laboratório muito completo e uma sala de cirurgia com monitores multiparamétricos de última geração, ventilador e oxigénio medicinal em rede.
Dispõe, ainda, de três zonas de internamento separadas, para cães e gatos e animais portadores de doenças infecto-contagiosas. E tem uma oferta muito vasta de consultas de clínica geral, oftalmologia, gastroenterologia, dermatologia, ortopedia, neurologia, cardiologia, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina interna e cuidados intensivos, serviços de cirurgia geral, cirurgia torácica, odontologia e cirurgia oftálmica.
Inovador é, também, o centro de formação, destinado a ministrar formação contínua pós-graduada a veterinários e enfermeiros, numa parceria com a filial ibérica da Improve International, o maior grupo de formação médico-veterinária da Europa.
Apesar de todos "luxos", os responsáveis do Hospital Veterinário do Baixo Vouga garantem que os preços "andarão pela média do que se pratica na região".»

A notícia vem no JN de 1 de Março e quem me chamou a atenção para ela foi a prima Mariazinha, de Ovar, que me disse, deliciada, que a sua amiga Luisinha, de Fermentelos, já tinha levado a cadela mais velha á Consulta de Geriatria. Gostou muito do atendimento e até nem achou caro. Creio que 30 €.

Desconhecedor desta realidade e aproveitando o fim de semana, “naveguei” um pouco para saber o que se passa. E o acaso levou-me ao “Formiguinha Atómica” onde encontrei este post:

«Gatunagem descarada é o remédio que o Said toma para o coração custar num determinado veterinário 19,95€ (dezanove euros e noventa e cinco cêntimos) e noutro a 2 km de distância custar apenas 12,50€ (doze euros e cinquenta cêntimos), ou seja, menos 7,45€ (sete euros e quarenta e cinco euros) que são em moeda antiga cerca de 1.500$00 (mil e quinhentos escudos).
Tendo em conta que o remédio nem sequer dura um mês confesso que me senti roubada quando percebi a discrepância de preços. Porque é que os medicamentos para animais não são tabelados, sobretudo estes que são vitais? Quem é que controla esta matéria? É que se há veterinários escrupulosos há outros que se esticam descaradamente.
E para quem, como eu, tem de administrar cinco / seis medicamentos por dia ao cão estas “pequenas” diferenças de preço fazem muita mossa na carteira!»

Post que mereceu, de entre vários, o seguinte comentário:

«Olá Marta. Eu já tive um problema idêntico com a minha cadela Zara que tinha um sopro no coração
(morreu em Dezembro 2005) mas como os medicamentos eram iguais ao da minha sogra tive a sorte de ter sempre receita médica. Durou anos esta situação, foi a minha sorte.»

Ah, é verdade. A minha prima Mariazinha também me disse que, há dois meses atrás, a sua amiga Luisinha se queixou muito de ter pago taxa moderadora no Hospital de Águeda…

4:12 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Parece que é desta. O Ministério da Saúde assume que vai mudar as regras para estabelecer protocolos com os privados e o plano para a construção de 25 «shoppings» de Saúde poderá, assim, sair do papel. O megaprojecto vai transpor a filosofia dos centros comerciais para a área da assistência médica e do bem-estar mas está ‘refém’ da tutela desde Agosto.

Esta semana, ao ser questionado pelo Expresso, o gabinete da ministra Ana Jorge garantiu que, afinal, “as novas regras para as convenções estão em preparação, devendo ser postas à discussão pública ainda este mês”. O discurso parece vago mas é uma ‘lufada de ar fresco’ para os prestadores privados, que assim vêem uma porta de entrada na rede - fechada desde 1999. E isto muda tudo no projecto Casa da Saúde, o nome oficial do inovador negócio.

As 25 ‘casas’ vão ser construídas pelos 18 distritos do país e os acordos com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) são a primeira garantia de que haverá clientes, pelo menos, nas zonas mais desabitadas e sem grande poder de compra. Isto porque, graças ao protocolo público o utente poderá beneficiar dos serviços pagando apenas a respectiva taxa moderadora. Nuno Delerue é um dos responsáveis e explica esta necessidade de parceria: “Precisamos, no mínimo, de mil pessoas por dia em cada ‘casa’. Contudo, só Braga, Setúbal e Algarve conseguem manter esse fluxo de pessoas”. Ou seja, só nestes distritos há utentes com capacidade para pagar a assistência do seu bolso ou titulares de seguros em número suficiente para viabilizar o projecto.

Tal como num centro comercial, a Casa da Saúde oferece um conjunto diversificado de serviços mas, neste caso, todos na área da assistência médica. O utente pode ir à farmácia enquanto espera pela consulta, tomar depois uma refeição ligeira a caminho do «health club» e ainda, antes do regresso ao domicílio, fazer uma paragem no centro de estética e até comprar flores para oferecer ao familiar que vive na residência sénior a funcionar também no interior das instalações. E se isto é um conceito inovador nas grandes cidades, por exemplo em Lisboa, escusado será dizer qual será o efeito no Interior.

A principal dificuldade estará na contratação de clínicos, complicada longe das grandes cidades, mas os responsáveis garantem que não. “Consigo ter os médicos porque ofereço o custo mais baixo pelas instalações e a ideia é termos médicos que trabalham em suplemento com o SNS, permitindo que possam organizar-se como até aqui”, diz o gestor. Nestes «shoppings» trabalha-se com a vida humana e a qualidade dos serviços é essencial. Por isso, “todos os médicos são obrigados a acreditarem-se junto da organização norte-americana Joint Commission”, que aferirá as qualificações dos especialistas. Em jeito de crítica, Delerue confessa: “Só tive dificuldades nos locais onde o autarca também é médico, quase sempre, porque tinha consultório com as suas próprias convenções”.

Desde Outubro - recorde-se, quando ainda não existia nenhuma indicação sobre os planos do Governo para mudar as convenções - o projecto foi apresentado a 70 câmaras municipais. O objectivo era seleccionar as 25 com a melhor ofertas de contrapartidas, sobretudo em terrenos e taxas locais. “A esmagadora maioria percebeu de imediato o alcance do projecto e já temos 22 autarquias prontas para avançar”, acrescenta. Sobre as previsões de sucesso da Casa da Saúde, os investidores respondem com ironia: “Sabe qual é o maior café da cidade do Porto? Não vai acertar... é o 2º piso do Hospital São João”.
expresso 08.03.08

7:33 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Mau, muito mau, para a imagem do Governo tem sido a "marcha de indignação" promovida pelos professores.

O PS, tinha em mente uma contra-manifestação que depois de diversas hostilizações - primeiro fugiu da rua imunda e grosseira - e depois hesitações em fechar num pavilhão (mais adequado às manifestações desportivas), acabando na gaveta, onde dorme à espera de outra oportunidade.

Cavaco, passeando por terras de Santa Cruz, ao lado de Lula da Silva, vai, entretanto, reafirmando, aquilo que já tinha dito - um pouco a despropósito na visita à Escola dos Pupilos do Exército - "o princípio constitucional do direito de manifestação".
Estava numa Escola a falar com "para-militares", cuja greve se traduz no levantamento de rancho. Não é?

Uma dúvida:

Esta asserção do tipo cassette , no principio foi o Cunhal, mas depois todos os lideres políticos a adoptaram, referia-se:

1) à "marcha da Indignação"?

2) ao cancelamento da "contra-manifestação" do PS?

3) ou às "meninas de Cascais" (que podem andar distraídas ou ocupadas e não saberem o que é uma greve)?

Parece daquelas perguntas que se fazem por alturas dos Reis Magos.
Só que tendo passsado o Entrudo, aproximamo-nos do tempo do Pentecostes, i. e., das colheitas, resta saber o quê?

Eu por mim, resolvia a questão da Educação e entretinha-me com as meninas de Cascais. Não lhe dava leites da Nestlé. Há alternativas. Para isso há concertação social!
Não é necessário greves!

8:18 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Interno Pimba

"Não queremos cá almoços, só ciência"

O director de serviço, certamente também sabe que não há almoços grátis.
A adivinhar por este interno a ciência sobra. De ser tanta. Ou, antes, tonta.

E as médicas tão boas, também desdenham, certamente, tal escriba.
Restam-lhe as Lux.
Entretanha-se rapaz.
E não think tanto.

11:37 da tarde  

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