sexta-feira, março 7

Há muito trabalho a fazer!


Sócrates e Ana Jorge congelaram o processo de reforma .
Périplo à rede de CSP. Uma ou outra reunião com os responsáveis das corporações. Inaugurações.
E, é tudo. Fazer correr o tempo até às eleições.
Mas há quem reclame da pasmaceira.
link

«Ainda há muito trabalho a fazer: é preciso investir para requalificar os serviços mais diferenciados e apostar nas urgências básicas.
Pôr um rótulo nos serviços de urgência e não ter uma calendarização da requalificação necessária para cumprir o que está definido no mapa que acaba de ser aprovado
link é enganar a população. »
clara

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2 Comments:

Blogger tambemquero said...

Apesar de, com a grave excepção do caso da Educação (em que o governo tem razões para estar aflito porque ninguém parece saber o que está a fazer), a situação política não se alterou muito nos últimos dois ou três meses. Há apenas dois ou três factos muito relevantes: os efeitos da remodelação esgotaram-se muito depressa, com uma clara descompressão na Saúde e um aumento brutal da pressão na Educação (na Cultura não sei, porque acho que nunca mais vi o ministro em lado nenhum, o que até pode não ser mau) e no PSD começou tudo aos tiros e a maior parte dos disparos vem de quem não teve a coragem de ir a jogo contra Marques Mendes e Menezes.

No meio deste delírio, o PS inteiro começa a sonhar com uma viragem à esquerda e um novo rumo, desenfreado, de diálogo constante. O “anti-Guterres” afinal já não serve, o melhor é ir buscar o estilo do original a um campo de refugiados (não é metáfora). Isto não faz nenhum sentido, porque a matriz de acção de Sócrates é relativamente simples e nunca sobreviverá a muitas cedências à ira popular. Se Sócrates voltar atrás em muitas coisas vai perder todo o campo que conquistou entre o PS e o PSD e nos restos mortais do CDS. O que o líder socialista devia fazer era pensar um pouco mais antes de se atirar para a frente. A avaliação dos professores é talvez o processo mais exemplar: se alguém tivesse pensado um pouco, o processo estaria agora a ser discutido para entrar em vigor no próximo ano lectivo.

Como um disparate nunca vem só, o PS resolveu marcar um comício para responder a uma manifestação que, já se percebeu, vai mesmo ser muito grande. A única sorte do PS é que no PSD ainda se pensa menos. “Como retirar Meneses?” é o desporto a que se dedica metade do partido, sem perceber, uma vez mais, que o espectáculo que se vê é triste e não dá confiança a qualquer eleitor decisivo. Se não agora, quando?, pergunta-se no PSD. Essa é a pergunta que deviam ter feito há um ano. No PS pergunta-se o mesmo e a resposta é parecida: agora é seguir em frente.
Ricardo Costa, DE 07.03.08

10:50 da manhã  
Blogger e-pá! said...

A maturidade é sempre o império da disciplina, do refrear de impetos, da consagração da coordenação, melhor dos desejos coordenados, do triunfo da clareza.

Dizia Descartes: A regra do conhecimento é pensar com clareza.

O grande inimigo da maturidade (por exemplo deste ciclo político) é a associação da moderação com a mediocridade.
Excluida este frequente predomínio da mediocridade, a acção resoluta mas madura, pensada, combina-se com a moderação no desejar e no falar.
Não obrigatoriamente no "congelamenro".

Na realidade, só per si, o ser ponderado parece governar e de-estabilizar os que percorrem antecipadamente as trajectórias históricas.

Podemos erguer as sobrancelhas mas não maltratar o adversário.

O necessário é trabalho bem feito, meticuloso e inteligente, sem atitudes repentistas, insultosas, afrontamentos, achincalhamentos...

Reproduzo um diálogo do filósofo António Millán-Puelles sobre as contradições do relativismo que impregna a mentalidade contemporânea... Isto é sobre o absurdo.

X: "Você não acha, amigo Y, que os relativistas deixam de ser completamente relativistas justamente quando dizem que tudo é relativo?"

Y: "Perdoe-me, amigo X, mas não entendi o que você quis dizer".

X: "Vejamos: o que quero dizer – e digo – é que se os relativistas pensam a sério que tudo é relativo, pela boa lógica teriam de pensar que até mesmo isso de ser tudo relativo é também relativo".

Y: "Ah, bom... agora entendi! Mas não vejo nenhum inconveniente em admitir que isso de tudo ser relativo é relativo também. Vê, não deixei de ser relativista".

X: “Você está completamente equivocado. Continua aquém, apesar do que acaba de afirmar”.

Y: "O que você está dizendo?"

X: “Isso mesmo que você ouviu. Porque se você pensa a sério que isso de tudo ser relativo é relativo também, terá de pensar (se quiser continuar sendo relativista) que por sua vez é relativo que seja relativo isso de tudo ser relativo, e assim por diante..."

Y: "Ou seja: por muito que um relativista relativize o relativismo (coisa que terá de fazer, para ser um bom relativista), sempre precisará voltar a relativizar as próprias afirmações: conseqüentemente, jamais conseguirá ser um completo relativista".

X: "É isso aí, sem mais nem menos. Agora sim que você me entendeu."

Quem teoriza sobre o relativo dorelativismo faz o mesmo sobre o congelamento, ou sobre os frigoríficos... os congeladotres os "freezers"...os criostatos,...

Nota: qualquer relação entre este diálogo especulativo e realidades próximas, distantes ou futuras é pura coincidência.

2:54 da tarde  

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