Único medicamento
hospitalar aprovado em 2007
O Dasatinib da Bristol Myers Squibb (BMS) link link é o primeiro medicamento aprovado de acordo com as novas regras de avaliação.
Cada comprimido de 70mmg vai custar aos HHs do SNS 67 euros.
O tratamento de cada doente com desatinib – leucemia mielóide crónica- vai custar ao Estado cerca de 42 mil euros.
Um excelente trabalho de MB, DE 03.03.08 link link
Cada comprimido de 70mmg vai custar aos HHs do SNS 67 euros.
O tratamento de cada doente com desatinib – leucemia mielóide crónica- vai custar ao Estado cerca de 42 mil euros.
Um excelente trabalho de MB, DE 03.03.08 link link
Etiquetas: Medicamento
2 Comments:
Vamos bem...
Há cerca de ano e meio, quando saíram as novas regras para aprovação de medicamentos inovadores hospitalares, restringindo-a violentamente, previmos que tanta exigência, mais do que derivar de um propósito de rigor... se destinava a impedir, na medida de todas as possibilidades, a introdução no mercado de novos fármacos.
A quem nos acusou então de má vontade ou estreiteza de vistas, respondemos com a recente notícia do «Diário Económico» de 26 de Fevereiro (não desmentida) de que, desde essa data, apenas um medicamemto inovador foi autorizado pelo Infarmed.
Que poderá querer isto dizer? Duas coisas, com consequências extremamente graves, porém, uma delas admissível. Como afirmou Jorge Espírito Santo, presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos ao DE (edição do passado dia 26 de Fevereiro), «se o Governo não quer que os doentes tenham acesso a alguns medicamentos por causa do aumento da despesa seria melhor que o dissesse». Com efeito, as sociedades têm o direito de determinar o nível de cuidados que prestam aos cidadãos, de estabelecer limites aos gastos com a Saúde, de dizer o que a cada um está reservado de acordo com as verbas que destinam a esses cuidados; aliás, como bem lembrou Isabel Galriça Neto (pág. 10 desta edição), «em nenhuma parte do Juramento de Hipócrates se promete curar toda a gente». Por conseguinte, embora extremamente grave, é admissível que o Governo de maioria absoluta diga não estar disposto a pagar medicamentos que considera de luxo.
Isto é admissível. O que, sendo extremamente grave, é inadmissível é que o Governo finja que se esforça por dar tudo a todos no SNS e, na prática, negue aos doentes fármacos que poderiam concorrer para a melhoria do seu estado de saúde.
Compreende-se o disfarce, que, em política, o preço da coragem e da verdade é demasiado alto em termos eleitorais. Mas já não se compreende, nem se pode aceitar, que o Infarmed, como afirma ao director-geral da AstraZeneca (pág. 18), autorize medicamentos genéricos de moléculas ainda protegidas por patente, alegando que não lhe compete verificar tal pormenor. Trata-se de uma ilegalidade terceiro-mundista, que desprestigia o País e nos coloca ao nível daqueles onde o respeito pelas patentes sofre de soluços.
No entretanto, enredados nestas singulares originalidades portuguesas, os médicos do SNS, que são funcionários públicos e, por isso, obrigados a contenção verbal, não podem explicar aos doentes que o fármaco X, que estes sabem existir e para o que serve, não lhes pode ser prescrito. Dos mais temperamentais e vigorosos, a reacção pode não ser cordial. Vamos bem...
TM 03.03.08
Acho que as contas não devem ser apresentadas de forma tão simples.
Pergunto: o novo medicamento não substitui algum ou alguns dos que estão a ser ministrados aos doentes?
Se sim, qual o custo diferencial?
Discordo de mais uma notícia que,mais do que destacar o benefício (estudado) para os doentes enfatiza o valor que o Estado vai despender! Como se o Estado não fôssemos afinal todos nós - os contribuintes - doentes incluídos.
E quantos milhões de euros não gasta esse mesmo Estado com coisas desnecessárias e que só aos "políticos" interessam?!
Apenas um exemplo: porque paga o Estado o "alojamento" (renda de casa?) aos governantes que têm residência afastada x quilómetros da Capital? E não vão eles, quase todos os fins de semana à "terra" com viagens à custa do "Zé"?
Quanto ao DE/MB não surpreendem estas notícias! É um jornal agora, como no passado bem informado e ao jeito de quem nele escreve (ou faz escrever).
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