terça-feira, maio 13

HOJA, outros tempos










(...) «Em 26 de Novembro de 1897, o conselheiro Tomás Ribeiro e o médico Dr. José Joaquim de Almeida obtiveram no Ministério da Guerra a concessão do Forte para a instalação do primeiro sanatório marítimo, destinado ao tratamento de crianças com doenças extra pulmonares (numa primeira fase tubercolose ganglionar).
A 24 de Agosto de 1902 foi inaugurado o Sanatório Marítimo de Carcavelos, após obras de adaptação financiadas pela benfeitora D. Maria Albina Baracho Encerrabodes, começando a funcionar com lotação para 26 crianças do sexo masculino. Mais tarde, após profundas obras de melhoramento e ampliação, o Sanatório passou a tratar doentes de ambos os sexos.
Devido à sua localização privilegiada junto às praias de Carcavelos e Parede, com excelente micro-clima para os tratamentos hélio-marítimos, em que a helioterapia se podia praticar durante todo o ano, o Sanatório tornou-se um centro de tratamento de tuberculose óssea de renome.» (...)
(...) «Durante o anno economico de 1904-1905, recebeu 115 menores do sexo masculino, tendo recebido alta 102. A despesa liquida foi de 4.532$485 réis.
Continuaram as obras de ampliação do estabelecimento, tendo importado a construção dos novos pavilhões e da cosinha em 9.358$230 réis, vide documento citado.
O Conselho, grato aos bons e dedicados serviços do Sr. Dr. José de Almeida, Director Clínico do Sanatório, sem retribuição alguma, pede à illustre Assembléa um testemunho do seu reconhecimento para com esse benemérito. »(...)

Comentário: Longe da implementação do modelo EPE, o Sanatório Marítimo de Carcavelos não deixava de apresentar estatística do movimento assistêncial e relatório de contas. A efectuação de projectos de obras parece ser uma constante, desde sempre, da gestão hospitalar.
Missionários como o dr. José de Almeida é que já não há.