Chicos-espertos
"O médico de família Armando Brito de Sá, que integra a nova equipa nacional da Unidade para a Missão dos Cuidados de Saúde Primários (MCSP), aceitou o convite que a Alert Life Sciences Computing, SA lhe fez para ser consultor na área dos cuidados primários. E faz questão de dizer que não se sente "chocado" por trabalhar para as duas entidades, apesar de ser à Missão que compete dar pareceres sobre sistemas de informação que o mercado vai propondo para os cuidados de saúde primários." (...) link
JP, 11.05.08, Margarida Gomes
Um País indecifrável. Um país de "chicos-espertos" que tentam iludir a própria sombra, com iluminadas constatações como:
"o facto de haver suspeitas não quer dizer que haja confirmação".
É claro que não! A tal presunção da inocência.
Mas trata-se de coisas públicas, não de suspeitas privadas, mas de denúncias que prefiguram crimes públicos que, como o BE, sugeriu têm a ver com transparência, isenção e imparcialidade, neste momento já mortalmente atingidas.
Porque, na situação actual, não me parece, existir outra saída, que não passe pela comunicação à Procuradoria da República, para investigar.
Face às declarações do visado, parece-me incontornável à Ministra suspender toda a MCSP, com Luís Pisco à cabeça. Apesar das denúncias feitas por unidades funcionais (USF's) sobre o funcionamento do ALERT, continuam as contratações e prossegue a expansão do sistema, equipamento e acções de formação.
De facto, existem factos incompreensíveis a apurar. A MCSP não merece mais o benefício da dúvida. Vamos à investigação.
Se não, arriscamos a ser um País de BragaParques. Não é?
e-pá!
JP, 11.05.08, Margarida Gomes
Um País indecifrável. Um país de "chicos-espertos" que tentam iludir a própria sombra, com iluminadas constatações como:
"o facto de haver suspeitas não quer dizer que haja confirmação".
É claro que não! A tal presunção da inocência.
Mas trata-se de coisas públicas, não de suspeitas privadas, mas de denúncias que prefiguram crimes públicos que, como o BE, sugeriu têm a ver com transparência, isenção e imparcialidade, neste momento já mortalmente atingidas.
Porque, na situação actual, não me parece, existir outra saída, que não passe pela comunicação à Procuradoria da República, para investigar.
Face às declarações do visado, parece-me incontornável à Ministra suspender toda a MCSP, com Luís Pisco à cabeça. Apesar das denúncias feitas por unidades funcionais (USF's) sobre o funcionamento do ALERT, continuam as contratações e prossegue a expansão do sistema, equipamento e acções de formação.
De facto, existem factos incompreensíveis a apurar. A MCSP não merece mais o benefício da dúvida. Vamos à investigação.
Se não, arriscamos a ser um País de BragaParques. Não é?
e-pá!
Etiquetas: E-Pá
21 Comments:
O que se tem passado com o ALERT Pi é uma vergonha!
Os profissionais das USF têm vindo a apontar graves deficiências ao programa Alert P1, link que custou ao Estado a módica quantia de 7.863.450,00 euros, correspondente a 525 licenças da aplicação informática ALERT P1 (14.978,00 euros por licença), através de ajuste directo. A este valor acresce ainda a despesa anual de manutenção que, em 2007, totalizou 463.182,75 euros. link
Como as coisas estavam a correr mal no terreno houve necessidade de ir buscar reforços àAdministração Pública.
Uma vergonha!
Infelizmente parece ser este o verdadeiro "espírito" das parcerias público-privadas. Encontrar "agentes" que façam a ligação para que a captura do dinheiro público se faça com a maior eficiência...
O que virá a seguir...
Isto já nem com radioterapia lá vai.
Isto de missionário não tem nada.
Esta contratação tem muito pouco de inteligente, quer por parte da "Alert Life Sciences Computing, SA" quer dos responsáveis da MCSP.
Depois dos problemas anteriores correr o risco de uma contratação desta natureza era desnecessário. A não ser que:
a) contém com a impunidade do costume em relação a este tipo de infracções;
b) menosprezem a nossa capacidade de indignação;
c) seja uma acção premeditada visando deitar abaixo o que resta da anterior MCSP.
Vivemos tempos difíceis. O sistema permanece refém de uma poderosa teia de interesses, alojada no bloco central, que inviabiliza qualquer movimento de reforma. O sector privado já percebeu que o planeamento feito em 2004, no tempo do LFP, que presumia PPP’s generalizadas e rápida captação de convenções para o sector privado está comprometido pelo atraso. Os novos HH’s privados encontram-se num limbo de incerteza económica e financeira. A pressão sobre os HH’s EPE, para incrementar eficiência e melhoria do desempenho, representa uma enorme ameaça. Por tudo isto agudiza-se a tensão que emerge do obscuro universo dos conflitos de interesses. Os agentes de aconselhamento público (Comissão de Urgências, MCSP) prestam-se à incompatível consultadoria de interesses privados (Alert). Mercantiliza-se a prestação de cuidados. Criam-se empresas cujos sócios trabalham no SNS e a elas requisitam serviços. As Misericórdias e os HPP “oferecem-se” para resolver as listas de espera de oftalmologia com os mesmos oftalmologistas que as geram no SNS. A ADSE faz acordos com privados aos quais paga à custa de arrastadas dívidas aos HH’s públicos. O projecto de revisão das convenções ignora o princípio da contratualização interna (prévia) na rede pública e opta por uma “atípica” e desadequada competição entre públicos e privados. Estes são apenas sinais de um processo mais profundo que visa o desmantelamento do SNS. Fica-nos a dúvida se não haverá uma agenda oculta de interesses. Se assim for, a política, desprovida de alimento ideológico, dificilmente poderá resistir.
Nas declarações de mais este missionário caído em desgraça perspassa o mesmo desassombro, a mesma ingenuidade, a mesma lata, de Eduardo Barroso da ASST, quando questionado sobre os gordos prémios que recebia anualmente.
Tudo uma questão de sorte e oportunidades.
O que esta malta faz do dinheiro dos nossos impostos!
Separação das águas em Diário da República...
EXONERAÇÕES (MISSÃO PARA OS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS)
# Exoneração de diversos membros das funções de assessores do coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários
Despacho n.º 13097/2008 de 17/ABR., Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado da Saúde
#Exonera o lic. João Manuel da Silva Moura dos Reis das funções de assessor do coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários
Despacho n.º 13099/2008 de 18/ABR., Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado da Saúde
NOMEAÇÕES
Nomeação de diversos elementos para as funções de assessoria ao coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários
Despacho n.º 13098/2008 de 18/ABR., Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado da Saúde
Armando Brito Sá diz que não está sozinho, a gente sabe. Ele há um ditado que diz que tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica à porta. Portanto, Luís Pisco se quer livrar a Missão de suspeitas só tem mesmo que o afastar.
Voltamos à velha questão da mulher de César...
E que diz a isto o Ministério da Saúde? Nada, como se vê.
Os mesmos elementos que sempre estiveram "ALERT(A)" no tempo de LFP mantêm-se agora em silêncio.
O problema não será só de agora. Já aqui me referi, por mais que uma vez, à adjudicação de dezenas de milhões de euros do sistema Alert para os Serviços de Urgência iniciado no H. de Chaves (SA) e meis tarde alargado a diversos HH (SA's e EPE's) com intervenção do IGIFS, num processo de duvidosa transparência.
E mais ainda: a implementação do sistema é co-financiada por verbas da UE.
Ao que parece o TC estará a averiguar! Mas como se vê, a nível do Governo não há actuação adequada.
E os bons exemplos, afinal, já não "vêm de cima"?!
O Senhor doutor Brito tem que ter paciência e deixar que se lhe diga: demita-se. Antes que, "obviamente", o demitam.
UMA HISTÓRIA EXEMPLAR
O missionário, Armando Brito de Sá é o braço direito de Luís Pisco.
O silêncio que se fez à volta deste caso, faz-nos pensar que ele irá ser resolvido à boa maneira do Kremlin. Ou seja, abafado.
Naturalmente ABS fará uma comunicação a retratar-se. Afinal, depois de ter pensado melhor, rejeitou por uma questão de isenção e transparência o contrato que lhe havia sido proposto pela "Alert Life Sciences Computing, SA" .
LP, sai, então, a terreiro a enaltecer a coragem e nobreza de carácter do seu colaborador.
Enfim mais uma história à boa maneira do país dos tugas. Da malta porreira.
A bem da nação!
Armando Brito Sá não aceitou ser consultor da “Alert…” para resolver problemas do “Alert P1”; ABS, membro da MCSP, foi convidado e aceita ser consultor de uma empresa que se propõe produzir um programa destinado a concorrer no mercado dos programas destinados à informatização global de USF’s e Centros de Saúde.
Relativamente a esta matéria julgo o seguinte:
a)haver lugar a conflito de interesses grave e insanável;
b)Interessa apurar se a MCSP definiu regras sobre esta matéria (relação da MCSP com as empresas que disputam o mercado da saúde);
c)O conflito será tanto mais grave se Armando Brito Sá se encontrar na situação de dedicação exclusiva na carreira de clínica geral.
Esta promiscuidade entre fornecedores do SNS e "trabalhadores do SNS" não é só de agora.
Diversas empresas fornecedoras do SNS/HH/CS's, recrutaram para seus "consultores" trabalhadores que julgam "influentes" nos serviços e no SNS.
Há algum tempo, num determinado hospital (SA, mais tarde EPE) a aquisição de uma aplicação informática mereceu forte contestação de um dos "adjuntos" da Direcção Clínica.
Veio a saber-se, no decorrer do processo, que o "senhor doutor" era consultor (avençado) de uma empresa concorrente que não vencerá o concurso.
Face à situação insustentável, Armando Brito de Sá tomou a única decisão digna possível: Pediu a demissão da MCSP.
Retirámos o comentário do tambémquero.
No final do meu anterior comentário onde se lê "vencerá" deve ler-se "vencera".
A reacção contra a adjudicação com efeito foi posterior à decisão.
Se ABS se demitiu da MCSP fez o que devia. Mais vale tarde que nunca!
Armando Brito de Sá, membro da Equipa Nacional da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), endereçou hoje o seu pedido de demissão à Ministra da Saúde, Ana Jorge, solicitando a dispensa dos serviços que presta àquela estrutural ministerial.
A saída culmina um período de intensa pressão que se tem vindo a gerar nos últimos dias, no sentido de que este membro da Equipa Nacional abandonasse as funções, depois de ter aceite tornar-se consultor da empresa Alert Life Sciences Computing, a companhia responsável pelas aplicações informáticas Alert Primary Care e Alert P1, entre outras.
Contactado pela nossa redacção, Armando Brito de Sá confirmou que o pedido de demissão já foi formalmente entregue, afirmando-se convencido de que este será aceite pela tutela. O médico de família na Unidade de Saúde Familiar Rodrigues Miguéis – e professor auxiliar convidado de Medicina Geral e Familiar na Faculdade de Medicina de Lisboa (FML) – assegurou ao nosso jornal que “está convicto de que não existia qualquer conflito de interesses entre as funções desempenhadas na Missão e as de consultor para a empresa Alert Life Sciences”. Porém, decidiu pedir a sua demissão porque considera que a sua presença na Equipa Nacional, neste momento, “seria mais prejudicial do que benéfica”.
Armando Brito de Sá afirma que “os valores da Missão são cruciais e soberanos” e que nunca poderia “perturbar, de forma alguma, o funcionamento normal” daquela estrutura, razão pela qual decidiu afastar-se.
O professor da FML adianta ainda que a pressão que sentiu nas últimas horas, com o objectivo de o colocar fora da MCSP, foi violenta: “se não foi uma campanha planeada, pelo menos pareceu. Julgo que o que estava em causa não era tanto a minha saída pessoal – como elemento isolado não sou relevante – mas sim a vontade de desencadear ruído de fundo em torno do trabalho da Missão”.
Incompatibilidade é refutada
Armando Brito de Sá continua a defender que não existe nenhuma razão ética ou profissional que o impeça de ser consultor da empresa responsável pelas aplicações Alert. A colaboração em causa está, segundo nos revelou o próprio, a dar os primeiros passos, depois dos primeiros contactos terem sido estabelecidos entre as partes há algumas semanas atrás. “Comuniquei publicamente aos colegas o que se estava a passar, na altura em que iniciei as primeiras reuniões de trabalho com os responsáveis pelo desenvolvimento das soluções Alert”. O membro demissionário da Equipa Nacional vai colaborar, prioritariamente, no desenvolvimento da aplicação Alert Primary Care, embora seja expectável que os seus conhecimentos técnicos possam resultar em melhoria da aplicação Alert P1, que nos últimos meses tem merecido algumas críticas de quem a utiliza nos centros de saúde.
O mesmo responsável garante que recebeu várias felicitações, após ter anunciado que iria colaborar com a empresa Alert Life Sciences Computing: “as reacções não se resumiram apenas a críticas, porque algumas pessoas entenderam, de facto, o espírito com que eu entrava nesta colaboração, demonstrando em público o seu apoio”.
Aos votos de sucesso juntaram-se, igualmente, propostas de vária índole, tendentes ao aperfeiçoamento da aplicação informática Alert P1. “No espaço de 24 horas recebi inúmeras sugestões sobre como poderíamos melhorar o Alert P1, vindas de colegas que estão no terreno”, avança Armando Brito de Sá.
Sobre o facto de já ter sido apresentado, na Assembleia da República, um requerimento sobre este assunto formulado pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, em que o deputado João Semedo questiona o governo sobre o que este pretende fazer em relação a esta matéria, Armando Brito de Sá mostra-se lacónico: “os partidos são livres de apresentarem os requerimentos que entenderem. Não sou político, sou um homem da área técnica. Estou, todavia, convencido de que as pessoas mais ligadas à política saberão tirar conclusões sobre a rapidez com que esta questão se despoletou, ou sobre o extraordinário exercício de assassinato de personalidade à minha pessoa que se observou na Internet, mais precisamente no blog Saúde SA”.
Jornal Médico Família
Tiago Reis,12-05-2008 18:10
A verdadeira história da demissão
Não me choca como membro da MCSP, nem considero incompatível com os compromissos que assumi na Missão”, declarou sábado ao Público, notando que a Missão tem um coordenador nacional, Luís Pisco, que suporta as decisões tomadas. “ Não estou sozinho”, disse.
Estas declarações foram mal recebidas pelo Ministério da Saúde e Armando Brito de Sá foi aconselhado a demitir-se, caso contrário seria demitido pelo ministro.
JP 13.05.08
Cara Clara:
A frase que, na sua opinião, consusbstancia ou despoleta a demissão do médico Brito de Sá, é enigmática e, peço-lhe desculpa, não esclarece qualquer dúvida.
"não estou sozinho"...
Significa que:
- a MCSP conhecia esta situação?
- na MCSP existem outros membros nas mesmas condições?
- o coordenador da Missão, conhecedor de todo esta trama, cauciona estes contratos (negócios)?
É, isto, que considero importante. Porque existe uma substancial diferença entre a demissão do médico Brito de Sá e a eventual exoneração (global) do MCSP.
De resto, a outra interpretação possível que, para ser franco, me "arrrepia" são ameaças veladas de delações na senda do "abafar" das prevaricações.
Por isso, e apesar da calma instalada, volto a insistir na intervenção do Ministério Público.
Não há nada pior do que a "paz podre". Parece que chegamos aí. Para quem trabalha no MS, há alguns anos, a situação dominante da empresa (Alert Life Sciences Computing, SA) na área da informática da Saúde, sempre levantou algumas interrogações que, podem ser completamente injustificadas. Nada pior do que o diz-se que diz-se...
O que me parece justificado é a investigação e, o cabal esclarecimento dos cidadãos.
Isto é, "A verdadeira história da demissão..."
O que é assustador é haver missionários que não têm consciência da salvaguarda do interesse público.
Entre estar na MCSP a trabalhar para aquecer e usufruir de um chorudo contrato de uma qualquer empresa privada, pode acontecer que qualquer ser humano seja tentado a preferir a segunda situação.
Terá então, naturalmente,de pedir dispensa do primeiro cargo.
O que talvez se torne desinteressante para a empresa contratante.
E, assim, o contratado acabe dispensado num curto espaço de tempo.
Não é fácil estar de bem com Deus e com o diabo.
Nota: o é-pá não esconde a sua decepção por não ter sido a MCSP a ruir.
ABS não percebeu que a fúria dos "deuses" se virariam contra si logo que aceitásse trabalhar como consultor da "Alert Life Sciences Computing, SA", não percebeu que com essa decisão dava a mão à palmatória deixando mal todos aqueles que na MCSP, se arvoraram em especialistas em SIS protegendo alguns dos pares que colaboravam no desenvolvimento de outras soluções informáticas: MedicineOne, criado em Coimbra (HUC/IPO) (agora alinhado com a ONI, tendo como clientes de prestígio a EDP e ARSLVT) ou NETVITA, spin-off do Laboratório do Informática e Sistemas do Instituto Pedro Nunes, instituição de I&DT ligada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, que tem como consultor para os CSP, JLB e está alinhada com a PT ou os que sempre defenderam que o ex-IGIF Norte continuásse a desenvolver o SAM, quando toda a gente dizia que o ex-IGIF deveria deixar de ser uma "software house" (passado mais de um ano e ainda as USF´s aguardam pelo célebre módulo estatístico). Claro que este discurso sempre foi "composto" por suspeições de favorecimento do Alert. Talvez seja agora fácil de perceber porque é que tanta gente de se levantou contra ABS, no Norte, no Centro e em LVT, colocando-o na fogueira, sempre com ares "puristas" dos que olham o mundo separado entre "bons e maus" e logo seguido do inevitável "requerimento do BE" proposto por JS, e preparado com o a acessoria pelos do costume.
Caro Avicena:
Completamente de acordo com a sua esclarecida análise sobre os SIS.
Todavia, a parte final do seu comentário entrou no domínio das suposições de que poderiam existir outras motivações "para o movimento anti-ABS".
Provavelmente andou lá perto.
Todos temos a sensação de que "há algo de podre no Reino da Dinamarca!
E não é só Hamlet.
Entretanto, falamos por metáforas!
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