CC
De regresso à primeira página do DE.
Tendo "por princípio não comentar sucessores nem antecessores", CC, não deixou passar a oportunidade (entrevista) para se demarcar da decisão recente do governo, relativamente ao hospital Amadora Sintra: «A minha intenção era manter a gestão privada por uma razão: o registo que tínhamos sobre a qualidade da gestão do Amadora-Sintra era bom.(...) É evidente que os governos têm que tomar decisões em função dos seus critérios políticos. (...)»
E dar mais uma ajudinha ao "pipe line" do investimento privado da saúde: «Os privados foram bons, trouxeram exigência. A miscigenação de conhecimento e capital intelectual foi útil...»
Mas o ponto quente da entrevista versou sobre as PPP: «Na fase inicial, verificou-se que um concorrente tinha apresentado uma proposta assinalavelmente mais baixa, mas na fase da licitação a dois, o outro concorrente – que tinha ficado em segundo lugar – apresentou uma redução de mais de 20% da sua proposta.
Portanto não tinha possibilidade de saber se aquela baixa súbita no calor da disputa e da litigância entre ambos correspondia a ganhos de eficiência ou se havia um risco artificial. E mantenho a angústia. Como é possível baixar 20% de repente? Ou a primeira proposta foi muito mal calculada ou a segunda é muito generosa e tem algum vício redibitório, ou seja, alguma coisa que não se vê à primeira e que se pode virar contra o Estado. Isto é muito difícil de resolver. Podemos estar a deixar uma embrulhada para o sucessor...»
Como se sabe a construção do novo Hospital Universitário de Braga PPP, acabou por ser adjudicada à "José de Mello Saúde", autora da "baixa repentina de 20%" do valor inicial da proposta apresentada a concurso.
A angústia de senhor ex-ministro da saúde acabou, assim, por sobrar para os cidadãos portugueses contribuintes, preocupados que estão com o futuro de semelhante contrato.
Do trabalho realizado, CC achou por bem salientar “a rede de cuidados continuados para idosos, quando já tem 135 Unidades de Saúde Familiares com 200 mil novos doentes com médicos de família” e a “redução das esperas cirúrgicas; quando no caso do cancro são 42 dias de espera e em 2002 eram quatro meses…"
Mas o ponto quente da entrevista versou sobre as PPP: «Na fase inicial, verificou-se que um concorrente tinha apresentado uma proposta assinalavelmente mais baixa, mas na fase da licitação a dois, o outro concorrente – que tinha ficado em segundo lugar – apresentou uma redução de mais de 20% da sua proposta.
Portanto não tinha possibilidade de saber se aquela baixa súbita no calor da disputa e da litigância entre ambos correspondia a ganhos de eficiência ou se havia um risco artificial. E mantenho a angústia. Como é possível baixar 20% de repente? Ou a primeira proposta foi muito mal calculada ou a segunda é muito generosa e tem algum vício redibitório, ou seja, alguma coisa que não se vê à primeira e que se pode virar contra o Estado. Isto é muito difícil de resolver. Podemos estar a deixar uma embrulhada para o sucessor...»
Como se sabe a construção do novo Hospital Universitário de Braga PPP, acabou por ser adjudicada à "José de Mello Saúde", autora da "baixa repentina de 20%" do valor inicial da proposta apresentada a concurso.
A angústia de senhor ex-ministro da saúde acabou, assim, por sobrar para os cidadãos portugueses contribuintes, preocupados que estão com o futuro de semelhante contrato.
Do trabalho realizado, CC achou por bem salientar “a rede de cuidados continuados para idosos, quando já tem 135 Unidades de Saúde Familiares com 200 mil novos doentes com médicos de família” e a “redução das esperas cirúrgicas; quando no caso do cancro são 42 dias de espera e em 2002 eram quatro meses…"
Etiquetas: Entrevistas
11 Comments:
Será que CC está prestes a assinar contrato, nãodigo com o Real Madrid, mas com algm dos grandes consórcios privados da Saúde?
CC, mesmo depois do regresso ao ensino, continua a promover a privatização do nosso sistema de saúde.
Principalmente o senhor Salvador de Mello e o senhor Ricardo Espirito Santo, agradecem a ajuda.
Esta entrevista insere-se no processo em marcha de trucidação do engenheiro Sócrates.
Coveiro do SNS
«O caminho para que o PS perca as eleições e haja uma alternância política está claramente aberto à nossa frente .»
Pacheco Pereira, JP 07.06.08
Talvez não falte muito tempo para que CC possa assistir à continuação da sua obra de entrega do SNS ao sector privado.
Se CC continuasse como ministro da saúde qual seria a sua decisão relativamente à addjudicação do Hospital de Braga?
Também neste ponto, face a tanta preocupação demonstrada, o ex ministro da saúde deixa transparecer que eventualmente poderia ser diferente.
A entrevista ao DE marca oa primeira incursão nos meios de comunicação social na area da saúde depois da sua saída do governo.
Segue-se o livro, pela positiva, didáctico. Onde não faltarão, por certo, carambolas subtis.
O que é "uma personalidade abrasiva"?
Próxima da exibicionista?
Infantilmente intimidatória?
Algo persecutária?
Ou estaremos à bica do "The Prometheus Crisis"?
Venha o livro... que obrigatoriamente será negativo, inevitavelmente, condicionado pelas péssimas circunstâncias gestativas.
Por favor, poupe-nos!
Escreva sobre Economia da Saúde e deixe-se de "politiquices"...
CC aprendeu pouco com a sua saída do governo. Fica-nos a ideia que já tem saudades da arena. Onde podia dar largas todos os dias à sua personalidade abrasiva.
CC não se apercebeu quanto mudou a realidade desde que saiu.
O próximo ministro da saúde com a missão de dar o golpe final no SNS será mais parecido com o Luís Filipe Pereira.
Neonatologia. Novos hospitais estão a abrir serviços sem justificação
Coordenador da rede de prematuros teme falhas na assistência aos bebés
A rede nacional de assistência aos bebés prematuros pode ficar prejudicada com o florescer de novos hospitais privados, cada qual com o seu serviço de neonatologia. A leitura é do coordenador Nacional de Registo de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso, José Carlos Peixoto, que, em declarações ao DN, acusa as novas unidades privadas de "não terem a noção" do que estão a fazer quando abrem esse serviço.
"Os hospitais privados que estão a abrir têm em regra um serviço de neonatologia, o que não se justifica, nomeadamente porque Portugal não tem, felizmente, um número de prematuros que o justifique". Ocorrem cerca de mil casos anuais. Por outro lado, considera, "verifica-se que não têm massa crítica para ter uma resposta eficiente, porque o número de especialistas é reduzido". A título de exemplo, o pediatra refere que "para se alimentar um serviço é preciso dispor de uma escala 24 horas sobre 24 horas, equipada com médicos e enfermeiros especializados, porque a todo o momento pode nascer um prematuro de mil gramas".
Adicionalmente estão a retirar-se recursos humanos aos hospitais que estão vocacionados para prestar esse tipo de cuidado e que no País são 22 unidades, sublinha aquele responsável. O problema agrava-se com o défice de especialistas disponíveis para fazer urgências. Por tudo isto, José Carlos Peixoto conclui que "estão a criar-se falsas necessidades" e estranha que a Comissão Nacional Materno-neonatal, que costumava dar pareceres prévios à abertura desta valência em hospitais, não tenha emitido um parecer nos últimos dois anos. O pediatra diz-se ainda preocupado com a possibilidade de o trabalho das Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF), que integram equipas de pediatras, obstetras e neonatologistas - e que têm sido nos últimos 20 anos responsáveis pelos excelentes resultados de Portugal na baixa mortalidade infantil - estar em risco com a nova lei dos agregados dos centros de saúde e da reforma dos cuidados de saúde primários, que não prevê a sua existência. "Esperemos que seja um lapso", diz.
http://dn.sapo.pt/2008/06/07/sociedade/privados_podem_abalar_apoio_a_premat.html
A palavra abrasiva faz-me lembrar uma alforreca, animal invertebrado que, ao contacto com a pele, provoca uma extensa abrasão tipo queimadura.
De facto o percurso político de Correia de Campos faz, pela falta de consistência, lembrar um celenterado de esponjosos tentáculos. De Secretário de Estado de Arnault, posicionando-se politicamente à sua esquerda (pela radicalidade das suas posições foi alcunhado de Leonor Beleza da esquerda) passou a acrisolado defensor das ideias neoliberais, pelo menos no que à Saúde diz respeito.
Protejamo-nos pois das abrasões cerebrais de tão inconstante personalidade.
Uma história de calhaus
Abrasivos são substâncias naturais ou sintéticas empregadas para desgastar, polir ou limpar outros materiais. Alguns ocorrem em veios na crosta terrestre; outros são os próprios minerais formadores das rochas. De acordo com sua origem, podem exibir diferentes graus de consolidação, com propriedades físicas e químicas diversas
A dureza dos abrasivos, ou seja, sua capacidade de riscar outros materiais, é definida de acordo com a chamada escala de Mohs, criada em 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs. A escala compõe-se de dez minerais, aos quais se atribuíram valores arbitrários de dureza, em ordem ascendente: (1) talco e grafita; (2) gesso; (3) calcita; (4) fluorita (5) apatita (6) ortoclásio; (7) quartzo; (8) topázio (9) coríndon; e (10) diamante. Isto é, o topázio corta o quartzo, mas não o coríndon, pelo qual se deixa cortar; o aço, que tem grau de dureza entre os números 6 e 7, risca o feldspato, mas não o quartzo, pelo qual é riscado.
Wikipédia
CC, certamente uma apatita, foi riscado do governo por josé sócrates, um quartzo bem mais duro, é bem de ver.
Quem suporta estes abrasivos todos somos nós contribuintes.
Prosseguindo nos minerais...
O diamante - carbono puro - corta tudo!
Mas personalidades que associem as propriedades do diamante: biocompatibilidade, dureza, fricção e estabilidade,onde estão?
Além disso, essas propriedades pagam-se caro. O mercado é reduzido e o tráfego (contrabando) intenso.
Um iníquo e escorreito fluxo de contrabando era o que se desenhava para o Sector Público e Privado, nomeadamente nos HH's PPP's.
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