Sigic
Situação consolidada sem ganhos significativos (Abril 2008), relativamente aos tempos de espera. link Aumento de actividade cirúrgica (2006/07): SNS, CP (13%); HHs convencionados (93%). O que leva a engenheira Isabel Vaz a escrever no editorial do n.º 2 da revista iess: «O crescimento espectacular verificado no último ano em todas as unidades do Grupo do norte a sul do País, é um forte estímulo para a continuação de um projecto empresarial (...) Porque temos a ambição da excelência e orgulho nos resultados.»
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5 Comments:
O que está em análise é a evolução da lista 2006/2007. O responsável do Sigic, como não tem progressos significativos em 2007 relativamente ao ano anteruior para apresentar, faz a comparação com 2005.
A mediana do tempo de espera manteve-se nos 4,4 meses de espera (06/07), o que não pode ser considerado um bom tempo de espera.
No NHS são menos de 4,4 semanas sem as assimetrias do nossos sistema.
Análise do Pedro Gomes em que compara dados de 2005 e 2007.
Apesar da evolução positiva, os resultados obtidos são magros tendo em vista as necessidades das nossas populações.
Não são de maneira nenhuma para embandeirar em arco. Há que exigir mais do sistema. Apesar do esforço da senhora ministra em relação aos doentes de oftalmologia há que fazer mais.
Pelos vistos a solução vai ser o reforço, o recurso maciço ao sector privado. De facada em facada como poderá resistir o SNS?
(...) No final de 2007, quase 200 mil pessoas aguardavam por uma cirurgia no Serviço Nacional de Saúde (SNS), menos 26 mil do que no ano anterior, dos quais 4497 eram doentes com cancro. Nos primeiros quatro meses deste ano, eram já menos seis mil. Mas o que Pedro Gomes quis ontem salientar é que a mediana do tempo de espera tem vindo a descer significativamente e que o aumento na recuperação das listas tem sido feito sem prejudicar o normal funcionamento dos hospitais, onde a cirurgia programada cresceu 13 por cento.
A mediana do tempo de espera por uma operação é agora de 4,4 meses, quando em 2005 um doente esperava 8,6 meses. Nos casos de cancro, a mediana de espera foi de 1,4 meses, apesar de metade das situações ser resolvida em menos de 18 dias.
Ao acelerar o encaminhamento para o privado dos doentes em espera, a tutela consegue ajudar a combater as assimetrias de resposta do SNS e pressiona-os a "melhorar as performances" dado o risco de perderem doentes. Há hospitais que, em média, demoram mais de sete meses a operar um doente. A situação agrava-se no casos dos doentes considerados prioritários, cujo problema devia ser resolvido consoante o grau de gravidade em três, 15 ou 60 dias. No Hospital do Barlavento algarvio, 90 por cento dos doentes prioritários só foram operados depois do prazo. Já em vários hospitais da capital - como Santa Maria, CH de Lisboa Ocidental ou o Amadora/Sintra - mais de 70 por cento das prioridades também não foram respeitadas.
JP 04.06.08
Os tempos de espera cirurgicos do NHS, contabilizam-se a partir da marcação de consulta hospitalar pelos médicos de família (GPs). link
Eleven years on and cutting delays in delivery of NHS treatment is one achievement of which the government - and the health service - can be proud. The original manifesto commitment from 1997 was to reduce waiting lists by 100,000. That was done by 2000. The focus then switched to reducing the amount of time patients spent on the list.
Figures published by the Office for National Statistics show that goal is being achieved. In the last three years, the average wait for an operation has fallen from more than eight weeks to four. The norm for an outpatient appointment has halved to 2.2 weeks.
Not everybody's experience is described by these new statistics. They show an average improvement in waiting times. By definition, that means some will have waited longer. It is also quite possible that those who have had good experiences of NHS treatment do not credit the government. People tend to take incremental improvement in services for granted. They are also entitled to question whether or not those improvements represent good value for money.
One of the most damaging charges against New Labour is that it poured money into an unreformed service that was ill-equipped to turn cash into improved productivity and better health outcomes.
To an extent, that is true. Too much money was spent, for example, on IT systems that don't work and that staff don't want to use. Time and the goodwill of doctors and nurses were squandered making - and then sometimes reversing - changes in the way health authorities, hospitals and GPs work together, or compete against each other, or both.
But given its current woes, the government will be glad of some evidence - by no means conclusive, but still encouraging - that at last some of the billions of pounds invested in the NHS over the last decade are paying off.
guardian 01.06.08
Há melhoria. Os quadros são bonitos. Mas é preciso fazer mais.
Os utentes do SNS exigem melhor acesso aos cuidados de saúde.
Por este caminhar não chegamos lá.
É necessário rentabilizar melhor a capacidade instalada do SNS.
Há ainda muita gente a fingir que faz. Depois vêm para aqui queixar-se dos controlos de assiduidade e do processo de privatização do SNS.
Sejamos honestos.
O problema essencial do SNS começa em nós, na nossa forma de trabalhar e entender qual é a nossa missão.
Caro Joaopedro:
“Apesar do esforço da senhora ministra em relação aos doentes de oftalmologia há que fazer mais.
”Pelos vistos a solução vai ser o reforço, o recurso maciço ao sector privado. De facada em facada como poderá resistir o SNS?”
Perante o escândalo das cataratas, não querendo os nossos oftalmologistas fazer mais, e com o mandato (de pacificação) que lhe foi passado, que outra coisa poderia fazer a MS? Oferecer bengalas vermelhas e brancas aos que já não vêem?
Totalmente de acordo consigo quando diz que os resultados conseguidos – positivos, apesar de tudo – “não são de maneira nenhuma para embandeirar em arco. Há que exigir mais do sistema”. E o mais grave é o que também teve o cuidado de referir relativamente às situações catalogadas como urgentes: ”em vários hospitais da capital - como Santa Maria, CH de Lisboa Ocidental ou o Amadora/Sintra - mais de 70 por cento das prioridades também não foram respeitadas”. Mas, se os profissionais não querem e lhes é “permitido” não querer, o que se poderá fazer?
Mas não há só coisas más. Sei de um hospital, recentemente integrado num CH-EPE, em que, depois disso, a actividade cirúrgica aumentou 50% e continua com margem para melhorar muito.
Caro tambemquero:
Obrigado pela transcrição do texto do Guardian, bem demonstrativo da diferença entre a abordagem que faz da temática da saúde e a que a nossa imprensa nos oferece.
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