HHs privados
José Carlos Peixoto , coordenador da rede de prematuros lança o alerta. link
"Os hospitais privados que estão a abrir têm em regra um serviço de neonatologia, o que não se justifica, nomeadamente porque Portugal não tem, felizmente, um número de prematuros que o justifique". Ocorrem cerca de mil casos anuais. Estes serviços não têm massa crítica para ter uma resposta eficiente, porque o número de especialistas é reduzido".
Adicionalmente estão a retirar-se recursos humanos aos hospitais que estão vocacionados para prestar esse tipo de cuidado e que no País são 22 unidades. O problema agrava-se com o défice de especialistas disponíveis para fazer urgências.
José Carlos Peixoto estranha que a Comissão Nacional Materno-neonatal, que costumava dar pareceres prévios à abertura desta valência em hospitais, não tenha emitido um parecer nos últimos dois anos. link DN 07.06.08
"Os hospitais privados que estão a abrir têm em regra um serviço de neonatologia, o que não se justifica, nomeadamente porque Portugal não tem, felizmente, um número de prematuros que o justifique". Ocorrem cerca de mil casos anuais. Estes serviços não têm massa crítica para ter uma resposta eficiente, porque o número de especialistas é reduzido".
Adicionalmente estão a retirar-se recursos humanos aos hospitais que estão vocacionados para prestar esse tipo de cuidado e que no País são 22 unidades. O problema agrava-se com o défice de especialistas disponíveis para fazer urgências.
José Carlos Peixoto estranha que a Comissão Nacional Materno-neonatal, que costumava dar pareceres prévios à abertura desta valência em hospitais, não tenha emitido um parecer nos últimos dois anos. link DN 07.06.08
Avicena
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De acordo com o Coordenador Nacional de Registo de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso, José Carlos Peixoto, as UCF são «imprescindíveis» pois «têm sido o motor e a garantia das relações entre hospitais e Centros de Saúde» ao nível da vigilância preconcepcional, vigilância da grávida, vigilância do recém nascido, criança e adolescente.
As UCF são grupos de profissionais, dos hospitais e centros de saúde, com a função de criar os circuitos de vigilância e sistema de avaliação e formação contínua.
«A nova reforma dos cuidados primários não prevê a sua acção e ao prever a extinção das sub-regiões faz desaparecer as estruturas até agora responsáveis pelo seu apoio logístico», disse José Carlos Peixoto.
O responsável avisa que, «se as UCF deixarem de funcionar, a vigilância da grávida, do recém-nascido da criança e adolescente, a partilha assistencial, a formação em serviço dos médicos de família, a avaliação contínua, as relações de cooperação e complementaridade ficarão comprometidas».
Em 2007, nasceram cerca de mil recém-nascidos de muito baixo peso, com menos de 1.500 gramas ou com uma idade gestacional inferior a 32 semanas.
Estes bebés representam apenas um por cento dos nascimentos no país, mas são responsáveis por mais de 50 por cento da mortalidade neonatal e perinatal.
«A qualidade e práticas de boa assistência aplicadas a este pequeno grupo, influenciaram a qualidade da assistência a todos os bebés reflectindo-se nos bons indicadores nacionais», recorda José Carlos Peixoto, para quem «Portugal tem neste momento um modelo de sucesso a nível da assistência materno-infantil que pode exportar a nível internacional».
Esse modelo «resulta da estreita relação entre obstetras, pediatras neonatologistas, enfermeiros, médicos de família, e na cooperação e complementaridade consolidada entre as unidades de saúde».
«É importante não comprometer o seu funcionamento», alerta José Carlos Peixoto.
«É importante ter em atenção que algumas reformas em curso na área da saúde podem, mesmo que involuntariamente, colocar em causa a efectividade do sistema e comprometer o modelo de sucesso que foi criado e que colocou Portugal em posição de top a nível internacional», adiantou.
Este profissional alega que «os novos modelos de gestão (Entidades Públicas Empresariais) privilegiam os dados institucionais», quando «é necessário preservar as relações de complementaridade existentes entre hospitais e centros de saúde e entre os hospitais entre si nas redes de referência».
O Grupo de Registo de Recém-Nascidos de Muito Baixo Peso existe desde 1994 e regista todos os nascimentos de bebés com menos de 1.500 gramas ou com uma idade gestacional inferior a 32 semanas.
Desta análise constante são extraídos dados que permitem a avaliação do trabalho e dos resultados das diversas unidades e do país ao longo dos anos, permitindo identificar carências e pontos de intervenção, e manter uma melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados.
Diário Digital 06.06.08
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