sábado, junho 14

Seguros de Saúde

No quadrimestre móvel de Abril de 2008, o Basef Seguros contabiliza 1 874 mil possuidores ou beneficiários de seguro de saúde, um valor que corresponde a 22.6% do universo composto pelos residentes no Continente com 15 e mais anos. link
Os quadros médios e superiores distanciam-se do valor médio, sendo junto destes que observamos maior penetração do produto, pois 43.1% destes indivíduos possui ou beneficia de seguro de saúde. Da mesma forma, os indivíduos das classes alta e média alta também registam valores superiores à média, com 42.3%. Os técnicos especializados e pequenos proprietários (39.3%), os empregados do comércio, serviços e administrativos (35.3%) ou os jovens dos 25 aos 34 anos também apresentam penetração deste produto superior à média. Estudo Basef Seguros da Marktest

Valeria a pena fazer alguns perguntas à Marktest (que as poderia convalidar junto do Instituto de Seguros de Portugal):
- Quantos destes seguros estão “incluídos” na anuidade dos cartões de crédito (só podendo ser utilizados em viagem, com o bilhete comprado pelo respectivo cartão e com franquias de tal dimensão que os tornam quase nunca utilizáveis. É o típico produto “fillet mignon” para os bancos e seguradoras). Mas contam para os 1,8 M.
- Quantos destes seguros são “impingidos” aquando da contratação de um empréstimo bancário para compra de habitação. Mas contam para os 1,8 M.
- Quantos destes seguros significam apenas “subsídio diário à hospitalização” de 50 ou 60 Euros sem quaisquer outro tipo de garantias. Mas contam para os 1,8 M.
- Quantos destes seguros apenas cobrem despesas de hospitalização com franquia, plafond de capital e intermináveis listas de exclusões e longos períodos de carência. Mas contam para os 1,8 M.
- Qual a taxa real de novas pessoas e empresas seguras face ao número de pessoas e empresas que anulam esses mesmos seguros. Mas contam para os 1,8 M.
Poderíamos listar muitas mais situações. Mas a propaganda abafaria a verdade. Ao sector privado interessa persistir na passagem desta mensagem (não se esqueçam de que uma mentira repetida muitas vezes passa a verdade). Deste modo condiciona apenas a opinião pública mas também consegue iludir a maior parte da classe política e dos jornalistas “light” que fazem doutrina baseados em sound-bytes.
Rezingão

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