quinta-feira, outubro 9

Crisis go on

NYTimes
Mais uma “derrocada” na bolsa dos EUA link
As quedas foram para valores de 2003. O Dow e o S&P caíram mais de 7 por cento e o Nasdaq quase 6 por cento. O principal motivo é a falta de confiança, apesar de anúncios do governo norte-americano que vai intervir no sector financeiro dos EUA. Só que ninguém confia no que vem aí.
Enquanto isto:
Portugal pode vir a nacionalizar alguns bancos enquanto privatiza a gestão de quatro hospitais.
O consumo de cefalosporinas representa, em Portugal, 10,5 % do total de consumo de antibióticos em 2007.
Mais de metade das especialidades farmacêuticas vendidas no Reino Unido, nos EUA e na Holanda são genéricos. Em Portugal os genéricos têm ainda preços, geralmente, elevados e são prescritos ainda apenas a 1/8 dos doentes.
Nos 30 países da OCDE - onde a média é de cerca 400 USD – só 12 dos 30 países excedem essa mediana. Portugal, tem um desvio de 18%.
Portugal é o segundo maior consumidor de quinolonas (seguindo a Itália), um antibiótico cuja utilização generalizada levou ao aparecimento de uma percentagem significativa de estirpes resistentes.
Os custos com a medicina privada, em Portugal, são dos mais elevados na Europa. Tarda a separação entre os sectores. A combinação público-privada degrada-se. Horários reduzidos no sector público para garantir a reforma (não vá o diabo tecê-las) e tempo alargado no sector privado (desvio de doentes, gestão “inteligente” do SIGIC, recurso aos HH’s públicos como back-office da actividade privada). Chega-se ao ponto de médicos e gestores do SNS pedirem licença sem vencimento para ir dirigir ou trabalhar em unidades e grupos privados.
Insiste-se na “pantomina” da concorrência do SNS com o sector privado…Será que não há lucidez (ou coragem) para fazer o que é necessário?
rezingão

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6 Comments:

Blogger Joaopedro said...

O mundo está para acabar.

10:18 da tarde  
Blogger tambemquero said...

By one important measure, they’re cheaper than they have been since 1985. They’re 20 percent less expensive than they have been, on average, over the past 100 years. And yet they still may have a ways to fall. link
The standard measure of the cost of stocks is the price-earnings ratio: the current price of stocks divided by some measure of annual earnings. Wall Street often likes to use the past year’s earnings or the forecasted earnings over the next year. But I find the first of these measures to be too volatile and the second to be too — shall we say — optimistic. So I prefer a p-e ratio based on the average corporate earnings over the past 5 or 10 years. It’s fair to assume that Warren Buffett also has some sympathy for this measure.
On Friday, after lurching back and forth, the Standard & Poor’s 500-stock index closed at 899. That meant the five-year p-e ratio was just below 12. (The corporate earnings data isn’t all available yet, so this is an estimate.) It was last that low in late 1985. Over the past 100 years, the average p-e has been about 15.5.
nytimes 10.10.08

10:27 da tarde  
Blogger sillyseaspn said...

O Admirável Mundo Novo…

Crise financeira/EUA
Mais de metade dos estados sem liquidez para pagar serviços públicos até ao final do mês
A crise financeira deixou quase sem liquidez vários Estados dos EUA, entre eles a Califórnia, a maior economia do país, que poderá ficar sem fundos para pagar os seus serviços públicos antes do final do mês.
Franshising
Clínicas Persona em risco de fechar portas
Até há poucos meses era o mais conceituado grupo de clínicas estéticas do país. Agora, as clínicas Persona estão à beira de desaparecer. A falta de pagamento de royalties, motivada pela quebra nas receitas dos últimos meses levou à rescisão de contratos por parte do banco. Muitos proprietários depararam-se com dívidas e foram obrigados a fechar portas.
Estamos, seguramente, no dealbar de uma nova era. O suicídio do capitalismo selvagem vai deixando marcas funestas, por toda a parte, destruindo a esperança de milhões de pessoas, alienando postos de trabalho e os esforços de poupança de uma vida. E o que vemos em Portugal? Confrontamo-nos, perplexos, com o despudor de gente sem escrúpulos que persiste em ignorar os funestos sinais que todos os dias nos chegam pela comunicação social.
Na última quadratura do círculo Pacheco Pereira persistia na entediante postura de reservatório transbordante de cultura e de saber. Acusava o PM de ter sido arrogante no debate quinzenal da AR. Ele que, nunca tendo sido eleitoralmente legitimado para nada digno de realce, se tem servido dos palcos televisivos para ir destruindo, um após outro os líderes, legitimamente, eleitos do “seu” partido. Depois de ter suportado Bush (e a invasão do Iraque) persiste numa postura indolente de visionário que tem, de si próprio, uma ideia quase divina na interpretação do saber e do conhecimento. Ao seu lado, António Lobo Xavier, sorria com desdém dos “pobres de espírito” que criticam o mercado e pugnam por um papel reforçado do Estado. O que seria destes personagens se lhes fosse retirado o palco televisivo?
Tenhamos, pois, muita paciência. Enquanto nos EUA o Estado se confronta com a bancarrota, em Portugal um dos ex-libris da iniciativa privada – as Clínicas Persona – volatiliza-se. Inspirada nesta superior dinâmica do mercado a ADSE prossegue na senda de desbaratar dinheiro público em acordos e convenções convivendo, alegremente, com a discriminação no acesso aos seus beneficiários.

10:29 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Falsos mitos da "globalização"

Hoje, Bush fez um discurso cujo resultado mais visivel foi o acentuar da queda do principal indice da Bolsa de N. York e a "entrada" no 7º dia consecutivo de perdas. link.
Esta terá sido a "pior semana da sua história" (de Wall Street)

Hoje, está reunido o G 7 + 1(Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá + 1 (Rússia).
Deposita-se grande expectativa no comunicado a emitir no final da reunião.link.

Todavia, trata-se de uma crise mundial, sistémica e o actual G7 + 1 é mais um logro a juntar, a muitos outros, do agora devassado "mundo financeiro".

Parece que abrimos uma caixa de Pandora.

Este G 7, já não é representativo dos Países mais ricos do Mundo, e não é capaz de estabilizar e dominar a crise financeira que nos assola.
Faltam, neste grupo, Países como: a China, a India, o Brasil, o México, a Africa do Sul,...

Uma postura de força que seja capaz de inverter o rumo dos acontecimento passa para além da capacidade de manobra do actual G 7.
Os EUA - o principal animador do G 7 - perderam o pé e Bush está totalmente descredibilizado.
Falar para o Mundo ou ir de férias para as Bahamas é a mesma coisa.

O Comissário Europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquin Almunia, afirmou que "a cooperação é a chave do sucesso".
Mas falou à mão porque a cooperação na UE dos 27 Países, tem sido um péssimo exemplo para o Mundo.

No meu entender, a cooperação internacional ajuda, mas já não chega.

Terá de haver uma importante e profunda mudança de paradigma: A eleição de Barack Obama, p. exº.

Até lá, ainda vamos viver muito tempo de ansiedade e stress.

12:29 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Percepção

Terminou a reunião do G 7 que sta vez incluiu os governadores dos Bancos Centrais. Ontem, em comentário, colocavamos em causa a actual capacidade do G 7.

De facto, a montanha pariu um rato...
O comunicado final poderia ter sido gizado e proferido por um funcionário das antigas casas de penhores.

Vejam:

O G-7 concordou hoje (sexta-feira) que a situação actual exige uma acção urgente e excepcional.

"Comprometemo-nos a trabalhar em conjunto para estabilizar os mercados financeiros e restabelecer o fluxo de crédito, para apoiar o crescimento económico mundial"

e,

"tomar todas as medidas necessárias para desbloquear os mercados monetários e de crédito para garantir que os bancos e instituições financeiras tenham liquidez e capital garantidos".

De facto a crise é mais grave do que parece.
É uma grave crise financeira inundada (agravada) de lugares comuns.

"os contribuintes" os suportes materiais das tais "injecções" monetárias, não contam?

Uma devastadora crise financeira aliada a uma indigente crise de criatividade, de engenho.

4:00 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Uma pergunta inocente:

Os chicago-boys que arquitectaram este descalabro (a crise financeira dos subprime),
continuam protegidos com os "golden parachutes" (indeminizações milionárias), em caso de despedimento, nesta aflitiva situação em que colocaram o Mundo?

Ou esses contratos "guardachuvas" devem ser imediatamente anulados (ou substituidos por equivalentes ressarcimentos) no respeito pelos milhões de americanos, neste momento, em graves situações económicas.

Falta uma Lei do Banimento dos "golden parachutes".

Ou, então; como se diz em Portugal: "a culpa morreu solteira"

9:30 da tarde  

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