Informação
Em boa hora o Infarmed criou um sistema de monitorização do consumo hospitalar de medicamentos. link De forma a permitir a divulgação no seu site de informação mensal sobre os consumos por hospitais, por área de actividade, área de prestação de cuidados, grupo farmacoterapêutico e substância activa.
Da análise da referida informação, como referi em post anterior, conclui-se que alguns hospitais não estão a enviar os dados de informação a tempo e horas. O que, naturalmente, prejudica o tratamento mensal da referida informação.
Estes atrasos podem justificar a intervenção do gestor do projecto, dos CA dos HHs e, quando muito, da própria ACSS. Parece-me um claro exagero, envolver directamente a Ministra da Saúde nestas questões operacionais!
Acontece que no tempo do LFP e da IGF + UMSA os atrasos e manipulações de informação eram mais que muitos. Como, aliás, aqui após amplo debate se concluiu. Seria de todo curioso que alguém, que tenha estado então envolvido em tão estranho processo, viesse agora atirar pedras, até porque os actores em muitos casos são os mesmos!... nos CA e no IGIF/ACSS.
Da análise da referida informação, como referi em post anterior, conclui-se que alguns hospitais não estão a enviar os dados de informação a tempo e horas. O que, naturalmente, prejudica o tratamento mensal da referida informação.
Estes atrasos podem justificar a intervenção do gestor do projecto, dos CA dos HHs e, quando muito, da própria ACSS. Parece-me um claro exagero, envolver directamente a Ministra da Saúde nestas questões operacionais!
Acontece que no tempo do LFP e da IGF + UMSA os atrasos e manipulações de informação eram mais que muitos. Como, aliás, aqui após amplo debate se concluiu. Seria de todo curioso que alguém, que tenha estado então envolvido em tão estranho processo, viesse agora atirar pedras, até porque os actores em muitos casos são os mesmos!... nos CA e no IGIF/ACSS.
Etiquetas: Medicamento
9 Comments:
O Xavier repõe o bom-senso nesta discussão. Posts "descontrolados" para além de desabonarem os respectivos autores não prestigiam a qualidade deste espaço. As questões "pessoais" bem ou mal resolvidas devem ser resolvidas de outro modo. A esse propósito valerá sempre a pena revisitar a política e a gestão do medicamento de LFP, analisá-la com objectividade e comparar com ACC e AJ.
Só quatro ministérios terão limites de despesa mais altos
Administração Interna, saúde, Justiça e Segurança Social vão ter mais dinheiro para gastar no Orçamento próximo ano.
No Orçamento do Estado para 2009 apenas quatro ministérios vão ver o seu ‘plafond’ de despesa aumentar: Administração Interna, Saúde, Justiça e Segurança Social. As restantes pastas terão, no próximo ano, exactamente os mesmos tectos de despesa, apurou o Diário Económico.
No caso específico da Educação, que foi apontada como uma prioridade no Orçamento do próximo ano, apesar de não haver um aumento dos tectos da despesa, o Executivo está a jogar com a descentralização de competências para as autarquias, para assegurar que haverá, na realidade, mais dinheiro.
O Governo já assinou 92 protocolos com os municípios para transferir para as câmaras a gestão do pessoal não docente, manutenção do parque escolar e a acção social. O acordo implica a transferência de 130 milhões de euros, que serão distribuídos de acordo com a dimensão de cada conselho. A primeira meta a cumprir será a plena transferência das responsabilidades com o funcionamento do ensino pré-escolar e dos primeiro e segundo ciclos para as autarquias. Com as mesmas verbas e sem estas competências, a Educação acaba por ficar com mais dinheiro.
Em contrapartida, o tecto de despesa da Saúde terá um aumento de 2% mas, tendo em conta a inflação prevista de 2,3% para o próximo ano, os 8,2 mil milhões de euros que a ministra Ana Jorge vai receber em 2009, não podem ser interpretados como um aumento real de verbas. A equipa da Saúde deverá assim continuar com a contenção.
A subida do tecto da despesa para a Administração Interna vem confirmar o compromisso político que o Executivo assumiu com o ministro Rui Pereira, depois de o Diário Económico ter divulgado que os dados preliminares do Orçamento para 2009 davam conta de uma redução das verbas em rubricas específicas como funcionamento e investimento.
Com a onda de violência que assolou o país, a notícia caiu mal e foram dadas garantias de que, mais tarde, na negociação entre o Ministério das Finanças e as restantes tutelas, o MAI acabaria por ser compensado. Ao que o Diário Económico apurou foi isso que veio acontecer, na aprovação dos tectos finais de despesa na reunião de Conselho de Ministros da passada quinta-feira.
Já no Ministério tutelado por Vieira da Silva, o novo Orçamento trará um aumento dos gastos efectivos com a solidariedade social. Como a recuperação de dívida está a garantir um aumento significativo da receita deverá exisitir margem para aumentar subsídios pré-natal ou abonos de família.
O excedente acumulado da pasta da Segurança Social deverá ficar quase 500 milhões de euros acima do esperado em Março deste ano, de acordo com os dados do reporte dos défices enviado pelo INE para Bruxelas. O bom desempenho deste ministério chegou para compensar o deslize de 150 milhões de euros (0,1% do PIB) nas contas da Administração Central. Vieira da Silva poderá assim dispor de mais dinheiro no próximo ano para aumentar certas despesas de cariz mais social.
DE 06.10.08
Em termos de contenção a principal preocupação são os medicamentos.
Prevê-se como grande novidade o lançamento dos primeiros passos com vista à implementação da comparticipação em função de um preço fixo.
Médicos vão ter novo regime salarial
Projectos-piloto arrancam no próximo ano.
O Ministério da Saúde vai, já no próximo ano, começar a pagar aos médicos em função da sua produtividade nos hospitais. A medida, que já tinha sido prometida por Correia de Campos, ex-ministro da Saúde, quando chegou ao Governo em 2005, está agora pronta para avançar, depois do teste feito nas Unidades de Saúde Familiares.
A garantia foi deixada pelo secretário de Estado da Saúde que, no Observatório do Diário Económico e da PT Prime sobre a “Modernização do Serviço Nacional de Saúde”, disse já estar em curso “um trabalho de consultoria sobre a implementação deste modelo nos hospitais”. Manuel Pizarro admitiu que, “para avançar ainda nesta legislatura, o tempo já é apertado”, enfatizando que é preciso estudar o modelo antes de avançar. As preocupações do secretário de Estado têm aderência na difícil realidade do SNS: alterar o modelo de remuneração dos médicos é um assunto sensível, e pode ter efeitos indesejados, a começar pelo aumento da despesa do Estado e a terminar no eventual descontentamento dos profissionais.
Ainda assim, “a expectativa é que seja possível, em 2009, lançar alguns projectos-piloto de implementação [deste sistema de remuneração] nos hospitais”. Depois das eleições do próximo ano, será possível “haver uma continuidade de políticas que permita que se passe da experiência-piloto de 2009 para a generalização do modelo, com regras adequadas, nos anos seguintes”, acredita o secretário de Estado.
A polémica em torno de um modelo que pague de forma diferente aos médicos foi sentida logo durante a conferência organizada pelo Diário Económico e pela PT Prime. O presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, Rui Lourenço, duvidou da ideia, salientando que “o problema de adequar o desempenho dos médicos ao vencimento é saber se o país pode suportar esse pagamento, e perceber se ele é socialmente justo”.
Já para o presidente da Unidade de Missão que coordena a reforma dos cuidados de saúde primários (os centros de saúde), a medida é benvinda porque o diagnóstico está feito: “Pagar por ordenado fixo tem uma consequência conhecida, que é os médicos irem fazendo cada vez menos consultas”. Luís Pisco recorre a um exemplo internacional: “Na Alemanha, como os médicos são pagos por cada procedimento clínico que fazem, os doentes têm muito mais consultas por ano e qualquer consultório tem mais tecnologia disponível que a grande maioria dos centros de saúde em Portugal”. Claro que isto, admitiu Luís Pisco, tem um risco: “A probabilidade de um doente sair de um consultório alemão com um tubo enfiado num sítio qualquer é altíssima”. Isso, concluiu este médico de família, “não é qualidade, porque não é por se fazer mais exames complementares que se é mais bem tratado”.
Modernização não é só tecnologia
Uma das principais conclusões que saiu da reunião (que juntou na mesma mesa os presidentes das ARS de Lisboa, Rui Portugal, do Algarve, Rui Lourenço, e zona Centro, João Pimentel, o presidente da Unidade de Missão para a reforma dos centros de saúde, Luís Pisco, o presidente dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Fernando Regateiro, e dois responsáveis da PT Prime, Carlos Duarte e Nuno Dias) foi a ideia de que a modernização do SNS não passa só pela aplicação de mais tecnologia na Saúde.
O secretário de Estado da Saúde elencou a reforma dos cuidados primários e continuados (centros de saúde e lares para idosos), a implementação do novo modelo de remuneração e o alargamento do SNS “a novas áreas que anteriormente não eram cobertas”, como as principais áreas de modernização da Saúde. Os responsáveis da PT Prime assinaram por baixo: “A tecnologia é um meio para permitir que a modernização do SNS se faça”.
DE 06.10.08
Absolutamwente essencial para melhorar a produtividade do SNS.
E para fazer justiça aos que se fartam de trabalhar.
Porque infelizmente há muito pançudo por aqui que não faz nenhum.
É caso para perguntar, então: porque passaram tantos anos e tantos ministros e gestores sem que o Infarmed tenha iniciado este tipo de controlo?
Na verdade se tudo, em cada momento estivesse feito, nem de governantes precisávamos!
Será que antes nada se fez?
Manipular a informação pode ser - e é - omitir informação; ocultar opiniões contrárias.
Para quem quiser entender, basta.
Caro Xavier,
Finalmente percebi por que razão dois ou três comentários meus há algum tempo atrás não foram publicados. Eram insidiosos?!
E é possível que este também não o seja(?!).
Acha que eu não entendi o sentido da crítica?! Entendi e bem.
Aliás, serei mesmo levado a dizer que o Xavier é que não entendeu o sentido do meu comentário(crítica)!
Então os HH, como quaisquer outros Organismos, não estão "obrigados" a dar informação de acordo com o "calendário" estabelecido?
Se a não dão, não devem ser por isso responsabilizados?
E se quem os pode e deve responsabilizar o não faz (maxime a Senhora Ministra da Saúde)então em que ficamos?!
Como diz, a informação deve ser dada a tempo e horas. E este é o cerne da questão. Se quem a deve dar não cumpre, deve ser responsabilizado por isso. E se quem pode exigir responsabilidades as não exige, então aplica-se o velho ditado: "tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica a vigiar"! (maxime a Senhora Ministra da Saúde).
...manipulações de informação eram mais que muitos. Como, aliás, aqui após amplo debate se concluiu.." Manipulação de informação como neste blogue se concluíu? Quem concluíu? Os "boys" de CC? A "gente" de CC?
Quanto ao resto, Xavier, quanto a LFP e ajuste de contas, estamos conversados: basta que recuemos à origem deste blogue!...
Caro Tonitosa,
Acha que comentários deste nível merecem ser publicados?
Xavier,
O meu comentário surgiu "agora", algo deslocado, e um tanto fora do contexto em que o fiz.
Acho que o comentário que fiz sobre a "falta de prestação de informação" sobre consumo de medicamentos nos HH não justificava a sua resposta/comentário. E foi a ela que respondi reagindo ao "ataque" (que achei inapropriado)que o Xavier me fez. Basta lê-lo para verfificar que (acho eu) reagiu a quente em defesa da Senhora Ministra da Saúde.
E terá ido longe de mais!
Entendo que os responsáveis devem prestar a informação devida a quem tem o "poder" de a exigir e se o não fazem devem por isso ser responsabilizados. E quem tem poder para exigir que cumpram é, em última instância, a Tutela (MS). E quem não cumpre não deve permanecer nos lugares e impunemente (salvo, obviamente, boas razões que justifiquem o não cumprimento).
É talvez por um certo deixa andar que ainda hoje não estão dados a público todos os relatórios e contas dos HH (o que abrange mais do que um ano). E é por isso que aqui no Saúde SA são referidas com frequência insuficiências de informação. É contra isto que eu estou. Tanto se apregoam as novas tecnologias, tantos e tantos milhões se gastam em TI e SI e eu pergunto: para quê?
Concordo e há muito assumi que comentários com linguagem imprópria e ofensivos não devem ser publicados. Acho porém que não posso ser acusado de falta de respeito para com os(as) colegas comentadores deste blogue.
Nem para com pessoas ou entidades que sejam objecto de comentérios neste espaço.
No caso em apreço, não partilho da sua opinião.
Estou já habituado a que se possa pensar que o "tonitosa não sendo por nós ... é contra nós" e por isso não sou surpreendido com alguns mimos!
Caro Tonitosa,
O contexto é exactamente o mesmo.
O meu comentário mais agreste foi feito em resposta ao primeiro comentário do outro post sobre medicamentos.
Meter a ministra nesta discussão é descabido pelas razões que já apresentei.
Quanto aos mimos também já lhe poupei alguns. Fazem parte da colecção de comentáros não publicados.
Caro Xavier,
Em jeito de "remate final" deixe que expresse as seguintes ideias:
1. Julgo que nunca me dirigi ao Xavier de forma indelicada, mesmo nesses comentários que "decidiu censurar", onde expressei opinião contrária à sua;
2. O Xavier tomou as dores da MS. Você saberá porquê; mas não foi "correcta" a forma como o fez; e se voltar a ler, verificará que existem uns "ou's" no meu comentário. Ou seja, coloquei sempre a não actuação como hipótese;
3. Acho que não se deve confundir a sua função de "dono" e administrador do blogue com a de "comentador". E ambas me merecem todo o respeito. Como comentador ficará certamente em pé-de-igualdade com os restantes (e acho ser esse o seu entendimento).
4. Acha que para defender a MS havia razões para "zurzir " no tonitosa da forma como o fez escrevendo:
"Mas, seja qual for o tema em discussão, o Tonitosa já nos habituou aos seus comentários insidiosos, a despropósito, como se de um ajuste de contas com sabe-se lá bem o quê se tratasse."
5. E não foi o Xavier que disse:
"Tenho, no entanto, sérias reservas quanto à fiabilidade desta informação. Acontece que ela não permite comparações fiáveis entre períodos homólogos, dado que de mês para mês há variação do universo de recolha."
Acha normal o comportamento dos CA's?
6. Finalmente se eu meti nisto a senhora Ministra da Saúde, o Xavier meteu LFP e IGIF+UMSA.
E eu "aceito" que isto não seja ajuste de contas.
Resta-me cumprimentá-lo (ainda) com o apreço de sempre.
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