sábado, outubro 4

Fio condutor (3)


Acabei de ler o livro de CC.
Pareceu-me demasiado longo para o que se pretende dizer.

CC à CC só na parte final sobre os meios de comunicação social.
Um desfecho clássico sobre esta matéria.
Todos nos lembramos, uma vez que foi aqui largamente comentado, como CC fez dos meios de comunicação social um instrumento privilegiado da sua governação.
Dizia-se aqui na altura a brincar que CC despachava directamente através do DE.
Neste jogo perigoso do gato e do rato já não é a primeira vez que acontece , o gato (poder político) acabar vítima do rato (meios de comunicação).
Neste ponto, como noutros, CC, por opção sua, deitou tudo a perder...

Para lá do valor incontestável do livro como testemunho de um período em que se pretendeu implementar um conjunto de reformas importantes da saúde, não concordo com a sua publicação nesta altura do campeonato.
O arrastar das repetidas sessões de lançamento por todo o país, com todo o alarido envolvente, parece servir os interesses de muitos intervenientes do processo, a começar por CC e os grupos privados que eventualmente sonham com o seu regresso em breve.
Bem pode CC dizer/escrever, repetidamente, nos órgãos de comunicação social que não comentará “jamais” a actual governação da ministra Ana Jorge. Que respeitará escrupulosamente o seu voto de silêncio.
Não precisa de o fazer.
Para já, bastou-lhe escrever um livro de trezentas páginas.
Uma coisa é certa. Nesta história do "Fio Condutor", os eventuais riscos correm por conta da actual ministra da Saúde, Ana Jorge.
joaopedro

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2 Comments:

Blogger tambemquero said...

Deixou com estrondo o Governo no início do ano. Polémico quanto baste, o ex-ministro da Saúde, António Correia de Campos, vai agora assumir um cargo bem mais discreto. Longe das luzes da ribalta onde esteve, de novo, há poucos dias quando lançou o livro ‘Reformas da Saúde — o Fio Condutor’.
Será o novo presidente do Instituto Nacional de Administração (INA) e substitui no cargo Rui Afonso Lucas que, por sua vez, se mantém no Conselho de Administração como vice-presidente. É um regresso a uma casa que Correia de Campos conhece bem. Liderou a instituição durante quase cinco anos, entre Janeiro de 1997 e Julho de 2001. No ano seguinte, assumiu, pela primeira vez, a pasta da Saúde. Foi chamado por António Guterres e a experiência não chegou a durar um ano.

Paralelamente a esta breve passagem pelo poder, presidiu ao Conselho Científico (CC) do Instituto Europeu de Administração Pública. E antes da segunda incursão como ministro da Saúde esteve à frente do CC da Escola Nacional de Saúde Pública (Universidade Nova de Lisboa).
semanário expresso 04.10.08

6:46 da tarde  
Blogger e-pá! said...

É caso para dizer: o fio sempre o conduziu a algum lado!

Não foi?

7:58 da tarde  

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