sábado, novembro 15

Em defesa do SNS


Caro João Pedro é compreensível a sua vontade de desvalorizar, pela ignorância, este tipo de prosa. link Convém, no entanto, ter em conta que são personagens como este que, ao longo de muitos anos, alimentaram climas especulativos de intoxicação confundindo ciência com propaganda, evidência com manipulação. É desprestigiante para o meio académico este tipo de comportamento apenas com objectivos de intervenção político-partidária dissimulada. Um dos activos mais importantes do Saude SA é a sua condição de fórum de discussão aberta e livre. Aqui encontramos, muitas vezes, o último dos redutos de defesa de um SNS que, enquanto instrumento de coesão social, tem sido um dos esteios do desenvolvimento social e humano do nosso país. A teia de interesses marginais que visam o desmantelamento e a captura do financiamento público na saúde é muito poderosa e persistente. Este tipo de actores funciona como “lebres” ideológicas que minam o terreno no sentido da corrosão global do sistema. Não é por acaso que o DE, ao mesmo tempo que censura todos os comentários que desmontam este tipo de artigos, publica esta “tão ingénua” proclamação: …”Parece-me que onde se lê: "...Como os prejuízos acumulados nos hospitais SPA não contam para o défice..." devia ler-se "...hospitais EPE..." uma vez que é o déficit destes que não conta para o fenómeno referido. Deve ter sido erro de edição do autor. O tema tem complexidades difíceis de abordar em textos curtos. Mas o debate está lançado!”…
A nossa obrigação é de pugnar pela verdade. Devemos, por isso, em consciência rebater, desmontar e desmistificar este tipo de argumentário capcioso.

rezingão

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14 Comments:

Blogger Joaopedro said...

A minha intenção não foi desvalorizar mas sim exortar ao desprezo prosas tão barbaras.
Inteiramente de acordo com o conteúdo deste seu post.
E, um abraço de bem haja.

12:29 da tarde  
Blogger saudepe said...

As intervenções politiqueiras de PKM no DE, a coberto de uma pretensa abordagem das policies, têm sido aqui desmascaradas de há muito.

PKM, a coberto de inúmeros "nick names", como o de Woddy Allen (o mais esforçado), tem tido oportunidade de defender os seus pontos de vista aqui no saudesa.

Se sobre a qualidade dos seus trabalhos de investigação não restam dúvidas, entendo que a sua intervenção no papel de “lebre ideológica", não é de desprezar. Justificando-se que os mesmos sejam desmascarados de forma a minorar os efeitos da sua contaminação junto dos incautos.

Com toda esta polémica as venda do DE sobem às quintas feiras, duas vezes por mês.

4:00 da tarde  
Blogger tambemquero said...

O PSD defendeu esta semana, pela voz do deputado Carlos Miranda, que a ministra da Saúde, Ana Jorge, deixou de ter condições para tutelar a pasta depois de ter mostrado ignorar o montante da dívida acumulada no sector. Terça-feira, no Parlamento, onde fora discutir o orçamento para a Saúde, Ana Jorge não soube responder à questão, remetendo para o secretário de Estado, que também não respondeu.
expresso 15.11.08

A sofreguidão do PSD é tal...

5:42 da tarde  
Blogger pensador said...

A Boa Moeda e a Má Moeda…

Ainda a propósito do último artigo de PKM no DE parece evidente que ele se insere numa estratégia desesperada para descredibilizar o SNS e abrir caminho à (urgente) transferência de fundos públicos para o sector privado. Esta parece ser a única via para procurar evitar, aquilo que múltiplos sinais evidenciam: a profunda crise de resultados e de rentabilidade. Ainda hoje, no Expresso, a propósito da (lamentável) prática, há muito conhecida, no sector privado de limitação ou interrupção da prestação de cuidados por falta de cobertura financeira era referido que, de acordo com o Instituto de Seguros de Portugal, o mercado do financiamento privado, através dos seguros de saúde, não consegue sair dos resultados negativos. Conjugando esta informação com muitas outras que circulam no sector é fácil perceber a dimensão da ânsia.
Curiosamente, o neófito especialista em Economia da Saúde, PKM, que tão chocado se mostrou com a dívida de 800 milhões de Euros, do SNS, nada disse sobre o fluxo ora iniciado (e aparentemente ininterrupto) de dinheiro dos contribuintes destinados a estancar a hemorragia provocada pela mega fraude do BPN cujo buraco já se aproxima de 1500 milhões de Euros. Não nos esqueçamos que no universo do BPN se encontra um grupo privado de saúde (que até concorreu às PPP’s). Qual a credibilidade destas entidades cuja principal responsabilidade é a prestação de cuidados de saúde? Qual a segurança do Estado para (em nome dos contribuintes) contratar por décadas responsabilidades de milhões de euros? Qual a confiança dos utentes relativamente às práticas de gestão de entidades que prestam cuidados de saúde e se encontram suportadas e financiadas por práticas delituosas?
Achará, seguramente, PKM que nesse caso os administradores/gestores foram competentes, e o Estado se terá limitado a corrigir um mero “ajustamento de mercado”. Para PKM na Lei de Gresham a boa moeda é apenas aquela que sustenta os desvarios do “mercado”.
Na sua frágil retórica, PKM condena “as demagogias fantasiosas”. Talvez (também por erro de edição do autor em texto curto) se estivesse a referir a si próprio…

8:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Normalmente não leio os textos de PKM, por falta de tempo e por os achar pouco uteis e pouco rigorosos. Opção pessoal, que não pretendo que seja exemplo de nada. Quando depois observo a discussão que gera no saudesa, por vezes acabo por ir ler, nem que seja perceber.

Não deixa por isso de ser surpreendente ver a falta de conhecimento de PKM sobre os aspectos mais técnicos sobre financiamento e gastos do SNS (onde aliás não conheço trabalho académico de PKM, apenas nos aspectos de comunicação e marketing na saúde), revelando um conhecimento de impressões gerais e de conversa de café.

Aliás, vários comentadores do saudesa têm desmontado com rigor e seriedade essas fragilidades.

Por as mesmas serem globalmente patentes é que o papel de lebre ideológica está provavelmente mais no desejo de o ser que na realidade (embora num partido como o PSD se comece a acreditar que tudo é possível de facto!).

Ao fim destes dois ou três anos em que tenho acompanhado aqui as discussões sobre e com PKM (e seus pseudónimos), a regularidade que me parece detectar é muito portuguesa: se o ministro da altura o convida para uns trabalhos e comissões, é o melhor ministro de sempre, e as politicas são acertadas; caso não consiga ter essas benesses, as politicas são obviamente erradas.

Claro que o problema podem ser dos meus olhos, e estar a precisar de óculos.

9:34 da tarde  
Blogger sns said...

Sempre divertida…

A propósito das anunciadas medidas legislativas do Governo relativas à saída de profissionais de saúde do SNS a Engª Isabel Vaz, em entrevista ao Tempo Medicina, explicou que a forma de segurar os médicos são «políticas próprias» que cada organização deve desenvolver «para atrair, motivar e reter os profissionais de elevada diferenciação» considerando que essa estratégia «não se faz com a legislação», mas sim com a tentativa da organização, internamente, «perceber porque é que está a perder [profissionais]» e com as correcções dos motivos que os levam a querer sair. «Não é uma coisa que se faça por decreto», frisou. Isabel Vaz exemplificou com as muitas vezes que tem de responder à pergunta sobre se o sector privado é o culpado da saída dos médicos do público: «Respondo que os hospitais públicos de onde saem esses profissionais é que devem perguntar-se a si próprios [o porquê da saídas]».
Sempre divertida e bem disposta, a Engª. Isabel Vaz falou na qualidade de ilustre dirigente de um Hospital privado que, em matéria de entrada e saída de profissionais, é um verdadeiro catavento. Há quem diga até que face ao turnover de entradas e saídas a porta principal deveria ser rotativa…
Mas como tem imenso fair-play veio dar “aulas” ao sector público sobre como motivar e reter profissionais. Ficamos-lhe muito agradecidos…

10:44 da tarde  
Blogger sns said...

Espantoso…

Pedro Pimentel apresenta critérios de inclusão na referenciação hospitalar
Privados podem integrar rede oncológica
O coordenador Nacional para as Doenças Oncológicas quer estabelecer requisitos para a integração das unidades na rede nacional de referenciação hospitalar de Oncologia e defende que estes têm de ser cumpridos tanto pelo público como pelo privado.
Agora, atendendo às novas realidades, nomeadamente aos «novos hospitais», à constituição dos «centros hospitalares» e à «actividade crescente dos privados» na área assistencial oncológica, é necessário um novo olhar para a rede e ponderar mesmo a «eventual» integração do sector privado.

Há mesmo necessidade urgente de transferir fluxos financeiros para sossegar a aflição dos privados.
Quanto à desnatação e desmembramento do sector público, ao risco de atomização das competências e à “mercantilização” de uma área tão sensível o Sr. Coordenador nada diz…

10:49 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

Desta vez, PKM foi longe demais. Quer dizer, meteu água até dizer chega.
Falta saber se PKM tem coragem para "mudar de vida" e deixar a economia da saúde para quem sabe e a ela devotou longos anos de estudo.

11:00 da tarde  
Blogger xavier said...

A pedido do professor Paulo Kuteev Moreira (via mail da ensp), publico o seguinte comentário, reservando para mais tarde os meus comentários.

Caro ou Cara 'Xavier',

Uma vez que o/a editor/a do blogue que dirige tem vetado outras mensagens pela via normal, desde a semana passada, sugeriram-me que o/a contactasse por email esperando que, eventualmente, inclua esta mensagem nos "posts" relativos aos comentarios relacionados com o meu artigo publicado no DE em 13/Novembro de 2008. Este artigo surge como a segunda parte de uma sequência de ideias iniciadas no artigo anterior cujo propósito é o de promover o debate sobre a excessiva partidarização que tem afectado o desenvolvimento das politicas socias em geral e do SNS em particular ao longo dos ultimos 30 anos.

Devo iniciar pesta mensagem, demonstrando todo o respeito pelo papel positivo que este blogue conseguiu ter quando não estava a servir os interesses do partido do governo o que, infleizmente, deixou de acontecer e por isso perderam bloguers de elevada qualidade que aí "postavam". Devo tambem referenciar que foi feito, repetidamente, o pedido formal e informal para que o ou a 'Xavier' deixasse de referenciar os meus artigos neste blogue. Reitero esse pedido. A insistência dos editores do blogue em continuar a referência enviesada aos meus textos tem contornos de "quasi-malvadez" e, claro, de uma atitude pouco honesta para com o debate livre das ideias uma vez que a incoerência dos comentários que me fazem (e permitem que sejam publicados) e os que fazem a outros artigos de vossos amigos e colegas de partido, salta à vista.

Quanto ao post do ou da "Silly season", provavelmente um estimado colega meu (aproveito para enviar um abraço académico a todos os meus colegas docentes que postam e gerem este blogue), devo referir que precisa de entender que a natureza do meu artigo centra-se no debate sobre a necessidade de mudar de vida entre a classe politica nacional... ou seja, de se repensar a forma como se faz politica (politics) e de como se "fingem" resultados precoces para fins eleitoralistas prejudicando as politicas de saúde no longo prazo (policies). Nada complicado de entendermos e aceitarmos a menos que estejam toldados por sentimentos outros que não os de abertura ao debate das ideias.

A sua acusação, e dos colegas e seus amigos que lhe seguiram a abordagem caluniosa, em que diz "denunciar" a minha minha visão parcial, é falsa e claramente mal-intencionada. Por exemplo, em artigo nenhum no DE ou outros locais de opinião livre alguma vez referenciei o periodo de Luis Filipe Pereira como isento de falhas que, em devida altura, assinalei a meu proprio risco pessoal numa perspectiva que assumo de construtiva em relação temas concretos (ex.o falhas na lista de espera, desorçamentação nos hospitais SA, nomeações políticas para cargos de gestão, etc.) como inclusive o meu modesto contributo para o OPSS corrobora.

Felizmente, para provar a pouca seriedade intelectual de Silly Season, eu tenho tido oportunidade e tempo para publicar por escrito os meus modestos pensamentos, que me são de Direito ao contrário do que acha, e espelham uma atitude normal em outros contextos europeus e norte-americanos em que os académicos promovem e participam em debates de Cidadania não partidários. Infelizmente, a opinião livre incomoda muitos dos bloguers deste blogue que me lembram a forma de estar dos Sovietes. Apenas mentes mal-intencionadas podem ignorar as posições de distanciamento que tenho praticado ao longo dos anos (por escrito, com nome e cara associada).

Outro exemplo. A defesa da gestão privada do Amadora/Sintra ou de qualquer outra forma de gestão privada nunca foi tomada como um principio que defendi sem reservas! Tenho vários textos que o demonstram. Mas a defesa sem reservas da gestão publica tambem não, evidentemente. Na verdade, a defesa incondicional da gestão publica do SNS só é defendida neste blogue ou em partidos de "extrema esquerda" europeus. Quando regulado no melhor interesse público o contributo do sector privado tem, naturalmente, um potencial positivo desde que pensado para complementar o SNS. Não compreendo porque insistem os bloguers anónimos em ignorar esta minha posição que partilho com muitos colegas inclusive dos que integram partidos de "esquerda" europeus ou que assim se auto-intulam por conveniência eleitoral uma vez que a dicotomia "esquerda-direita" foi abandonada desde que iniciamos o debate sobre a Europa Social.

Mas voltemos aos post inicial.

Caro ou cara, "Silly season", a Economia é uma ciência social. A minha área cientifica de especialização é a gestão em saúde e não a "economia da saúde" a menos que considere que "health management" não existe ou é parte da "health economics" o que surpreenderia muitas universidades no mundo. Ambos os campos de desenvolvimento do conhecimento empirico possuem legitimidade para observar, monitorizar e intervir no debate e práticas de gestão dos sistemas de saúde. Ou não? E, caro ou cara "silly season", se há falta de rigor neste debate ele vem da parte do Governo que desconhece os números e não publica os dados para analisarmos com rigor.

Houve, de facto, uma troca de textos corrigidos publicados no artigo de 13/Novembro no que diz respeito à curta referência ao "Velho" debate sobre a desorçamentação promovida no contexto da expansão dos hospitais EPE que nunca nos foi devidamente explicada desde meados de 2005. De qualquer forma o ou a "silly season" confirmou o meu ponto de vista e corroborou o argumento de que tal está, efectivamente, a acontecer! Nesse ponto, obrigado pelo contributo para o debate.

E, caro ou cara "silly season", também estamos de acordo com o facto de que este fenómeno foi iniciado, em parte, em 2002 (como tive oportunidade de assinalar em textos meus antigos de 2003-2004, uma vez mais com risco pessoal na altura). O governo que o praticou recebeu do eleitorado livre o devido "assentimento" em inicos de 2005. Nunca me viu discordar desse resultado da democracia participativa. O problema é que hoje continua o processo de maquilhar as contas dos hospitais a praticar-se em detrimento do melhor interese dos cidadãos utentes e contribuintes. Não nos vale de consolo saber que os privados também o fazem. O resultado "final" dessa atitude de falsaeamento sob os privados está a ser a actual crise do sector financeiro. Qual será o efeito no sector público? Até quando vamos permitir que o SNS se engane a si mesmo como aconteceu com o sector financeiro? Esse seria um debate bem mais produtivo. E, daí, o apelo a... mudar de vida... entre os políticos nacionais. Duvido que o ou a "silly season" (quem quer que seja) faça parte dessa classe política parecendo mais que as suas motivações neste blogue são mais do foro psicológico.

De qualquer forma, para completar o tipo de raciocinio a que o artigo apelava, mal entendido por "silly season" e pelos comentários seguintes autorizados pelos editores que infelizmente vetam, ainda que legitimamente assinale-se. Mas este blogue hoje parece tratar-se de mais um instrumento de propaganda governamental que veta muito do que se escreve para o blogue desde que seja inconveniente para o actuual governo. Mas vejamos algo mais interessante que demonstra a necessidade de mudar de vida na politica em Portugal uma vez que os blguers anonimos do "Saudesa" adiam o seu proprio processo de mudar de vida.

Fiz copy&paste de um texto em Espanhol que recebi de amigos, e que vale a pena o esforço de o ler. É entristecedor sobretudo porque reflecte o tipo de resultado provocado pela intervenção politica, ao longo dos ultimos 20 anos, de uma certa classe politica que silly season parece querer desculpar e legitimar...

Para reflexão:
Portugal visto de Espanha. AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL

LISBOA, 21 sep 2008 (IPS) - Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el 'club de los ricos' del continente.

Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los países avanzados.

La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales.

A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE), Portugal no supo aprovechar para su

desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y

económicos.

En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del

bloque.

'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona', afirma la organización.

En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE.

'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.

Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.

Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en

remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los

servicios.

Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los

miembros de la OCDE, tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de los paises industrializados.

En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria. Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE, en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.

Dónde fueron a parar los fondos comunitarios?, es la pregunta insistente en debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.

Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.

También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos.

El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'. Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas

(1995-2002) y actual diputado socialistaJoão Cravinho desmintió esta teoría. 'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.

En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales con accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho.

Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los

directivos', lamentó el ex ministro.

La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo.

Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados.

El último es el de la crisis del sector automotriz.

Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares.

Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche,

Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares), lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda. Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su

estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustes

para actualizarla.

Pero la zona norte donde se concentra el sector textil,tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.

Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados en la imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'.

Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfono celular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.

Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un país', opinó.

La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.

Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el

economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello.

'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de

aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno

(conservador)decide sacar una tajada aun may or de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sin coherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello.

La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los lamados profesionales

liberales.

Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararons), los arquitectos d

ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólaree 9..277 (11.410 dólares) y los

ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).

Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros.

Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos 'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó con sarcasmo.

Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año

tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció."

Reitero o pedido para que ignorem os meus artigos no DE. Eles não vos servem de nada. Bem haja o ou a "joão pedro" que deve ser ouvido ou ouvida nessa mesma sugestão.

5:08 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Depois de ler este seu texto, o primeiro comentário que me ocorre é o seguinte:
Caro professor consulte um especialista.
De que especialidade, quererá, naturalmente, saber.
De economia da saúde, para umas leituras assistidas, conforme recomendação do silly season.

5:34 da tarde  
Blogger sns said...

Como é possível um “académico” escrever com tantos erros de ortografia e de sintaxe?
Como é possível dizer que o …”propósito é o de promover o debate sobre a excessiva partidarização que tem afectado o desenvolvimento das políticas sociais em geral e do SNS em particular ao longo dos últimos 30 anos?”… O artigo do DE não se referia, milimetricamente, ao período iniciado em meados de 2005?
Como é possível afirmar: …” Devo iniciar esta mensagem, demonstrando todo o respeito pelo papel positivo que este blogue conseguiu ter quando não estava a servir os interesses do partido do governo”…Alguém de posse de um mínimo de bom senso pode acusar o SaúdeSA de apoiar o partido do governo? Bastará atentar nos textos de um, dos mais assíduos, produtor de textos deste blog, o nosso colega e-pá, para desmontar esta enorme boutade que visa pôr em causa a independência de todos aqueles que aqui colaboram regularmente.
De seguida parece entrar na twighlight zone intelectual: …” Devo também referenciar que foi feito, repetidamente, o pedido formal e informal para que o ou a 'Xavier' deixasse de referenciar os meus artigos neste blogue. Reitero esse pedido. A insistência dos editores do blogue em continuar a referência enviesada aos meus textos tem contornos de "quasi-malvadez" e, claro, de uma atitude pouco honesta para com o debate livre das ideias uma vez que a incoerência dos comentários que me fazem (e permitem que sejam publicados) e os que fazem a outros artigos de vossos amigos e colegas de partido, salta à vista”…Trata-se, provavelmente, de um problema do sector ideológico do autor. Na verdade já a Dra. Manuela Ferreira Leite se queixou de aparecer em 14º lugar nas notícias e de não transmitirem as “coisas boas” que diz. Neste caso PKM quer ser colunista de uma publicação de acesso livre mas, qual “calimero” pede para não comentarem o que escreve. Diz que quer promover o debate livre de ideias mas tem medo desse mesmo debate.
Na mesma senda afirma: …” Por exemplo, em artigo nenhum no DE ou outros locais de opinião livre alguma vez referenciei o período de Luis Filipe Pereira como isento de falhas que, em devida altura, assinalei a meu próprio risco pessoal numa perspectiva que assumo de construtiva em relação temas concretos”…Que risco terá assumido? Nada de muito sério tendo em conta a saltitante frequência de gabinetes, comissões e grupos de trabalho dos partidos de poder.
Refere ainda PKM …”os meus modestos pensamentos, que me são de Direito ao contrário do que acha, e espelham uma atitude normal em outros contextos europeus e norte-americanos em que os académicos promovem e participam em debates de Cidadania não partidários. Infelizmente, a opinião livre incomoda muitos dos blogers deste blogue que me lembram a forma de estar dos Sovietes”…Que o autor não nos leve a mal mas já é entediante o provincianismo com que, repetidamente, se afirma um estrangeirado visitado pela luz inédita do conhecimento mais moderno. Pior que a má escrita e a fragilidade das ideias é ser tomado pelo ridículo de um ineditismo pacóvio.
Finalmente, a qualidade do pensamento de PKM fica bem emoldurada pela forma sofrível como recorre a uma “espanholada”, de autor e credibilidade incertos, com o propósito de denegrir o país remetendo-se a um papel de superior distanciamento, absolutamente, lamentável.
Fica o gesto de ter assumido este texto. Por isso merece, apesar de tudo, uma palavra de respeito.

11:37 da tarde  
Blogger xavier said...

Sobre o comentário do professor PKM apenas algumas pequenas notas:.

a) - Na gestão da saudesa há apenas um responsável: Xavier, pseudónimo do cidadão, Victor Moreira.

b) sobre os referidos cortes de comentários, repito a resposta que lhe enviei por mail :

Na SaudeSA não se cortam comentários/ mensagens de ninguém.
Na última semana foi sugerido a alguém identificado com o nick name de pensador a mudança de pseudónimo, dado haver já um cá na casa.
Aliás, acabo de conferir a publicação de todos os textos enviados a este blogue relacionados com as crónicas do PKM no DE. Com excepção dos atrás referidos, cuja autor, decidiu em represália entupir a nossa caixa de correio com centena e meia de mails

b) «A insistência dos editores do blogue em continuar a referência enviesada aos meus textos tem contornos de "quasi-malvadez" e, claro, de uma atitude pouco honesta para com o debate livre das ideias»

É em função do debate livre de ideias que vou continuar a trazer à SaudeSA as crónicas do professor PKM sempre que achar que elas são merecedoras das nossas criticas.

Tal como refere o lisboaearredores a intervenção dos vários comentadores do saudesa na desmontagem das fragilidades das crónicas de PKM do DE, tem sido feita com rigor e seriedade.

E a provar que longe de haver «contornos de quasi-malvadez», o saudesa tem publicado posts sobre eventos e trabalhos em que intervém o professor PKM, por sugestão do próprio, através de mail dirigido ao saudesa. Como aconteceu ainda recentemente com o trabalho “The role and work of the third sector in Portugal” do Joel Hasse Ferreira e Paulo Kuteev-Moreira link

A nosso intervenção na saudesa tem unicamente por objectivo o debate de ideias e a defesa do Serviço Público de Saúde.

11:18 da manhã  
Blogger Clara said...

Ao contrário do que acontece no DE onde os comentários são criteriosamente censurados.

11:36 da manhã  
Blogger sns said...

A Clara tem toda a razão. Várias tentativas feitas por diferentes pessoas para colocar comentários no DE foram censuradas. A única nota em comum que tinham era criticar o conteúdo do artigo. Nem um foi publicado. É assim a virtude dos liberais...

2:09 da tarde  

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