sexta-feira, janeiro 2
Contribuidores
Previous Posts
- PPP de Cascais
- Playing for Change
- Em circulo (2)
- Contra o SNS
- Definição de tempos máximos de espera
- NHS, save it
- 2008-2009
- Pinter
- Em circulo
Jornais Nacionais
Jornais do Planeta
Temas de Saúde. Crítica das Políticas de Saúde dos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI Governos Constitucionais
4 Comments:
Passou-se da arrogância de CC a dispensar quadros a torto e a direito para o privado, para a actual situação de ou vai ou racha de negociação das carreiras.
ORDEM ABRIRÁ PROCESSO DISCIPLINAR A MÉDICOS QUE SE DEIXAREM FILMAR A DAR CONSULTA
Presidente do conselho
de administração do Hospital S. João, no Porto, quer usar um sistema interno de televisão para controlar produtividade
"O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, acha que instalar um sistema interno de televisão para vigiar a produtividade dos profissionais de saúde "viola profundamente os direitos humanos". E abrirá "processos disciplinares a quem der consultas debaixo de uma câmara de filmar".
A polémica nasce de uma entrevista dada pelo presidente do conselho de administração do Hospital S. João, António Ferreira, e publicada ontem no Jornal de Notícias. O médico está também apostado em diminuir faltas na maior unidade hospitalar do Norte.
No hospital, há profissionais da função pública e profissionais com contrato individual de trabalho. "A taxa de absentismo na função pública, em termos brutos, é da ordem dos 14 a 16 por cento. Nos contratos individuais de trabalho não ultrapassa um por cento", referiu António Ferreira. "Temos profissionais que faltam 59 dias, vêm trabalhar dois ou três e faltam mais 59, com base em atestados", exemplificou. "Como se resolve isto? No respeito por todos os direitos legais, com a publicação das listas de ausências. Isto nos locais de funcionários do hospital, não para doentes ou visitas."
O bastonário acha que fazer aquilo "não é normal, num país democrático e civilizado". Enquadra tal pretensão numa "cultura gestionária que não leva a nada". "As administrações não querem saber se o médico opera bem ou mal, querem é saber quantas operações faz; o que conta é a produtividade."
Para Pedro Nunes, "não é a avaliação dos médicos que está em causa". Quando o pontómetro foi introduzido, declarou que picar o ponto "não incomodava os médicos, embora tivesse um certo carácter de insulto". O importante "era analisar" o que os profissionais faziam. "Um médico pode ser brilhante e ter uma doença crónica que o faz faltar", lembra. Mas o que o espanta mais, na entrevista de António Ferreira, é o método proposto para saber se os médicos trabalham.
"Corporate TV"
Ferreira sublinhou que o pontómetro não diz se os médicos deram consultas e viram doentes. Dos futuros painéis irá constar a produtividade: "Terá o que fizeram durante aquele mês. Com a corporate TV, para o ano, vamos ter essa possibilidade. É um sistema interno de televisão. E isto é fundamental porque quem não faz nada um dia há-de ter vergonha disso".
O presidente do S. João não esclarece onde irá colocar as câmaras e o PÚBLICO não conseguiu ontem contactá-lo. "Não se admite que um cidadão vá ao hospital praticar um acto que é íntimo - tira a roupa, diz ao médico coisas que pode não querer que mais ninguém saiba - e que seja vigiado por câmaras de televisão", reagiu o bastonário. "Isso tem um nome: fascismo!"
"Qualquer médico que aceitar fazer consultas com videovigilância será sujeito a processo disciplinar", afirmou. "Isto não tem a ver com os médicos", repete. "Se isso for para a frente, accionaremos todas as instâncias nacionais e internacionais", incluindo o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
(Público, 05.01.09, Ana cristina Pereira)
Bem. Um novo ciclo: a "gestão musculada", com pretensões a ter características divinas: omnipresente, omnisciente e omnipotente !
O presidente do CA do H. S. João, Dr. António Ferreira, trabalha num serviço público ou será, p. exº., um encapotado vigilante da Securitas?
Proponho uma nova divisa para o HSJ:
"Someone's watching you"
Já agora, gostaríamos de saber o que está a ser preparado no domínio das pulseiras electrónicas, escutas telefónicas, etc.
Aí está uma medida ao encontro dos desejos da Ministra: motivadora!.
Depois disto, ficaria admirado se, o Dr. António Ferreira, depois de terminada a sua comissão de serviço no HSJ, não acabe indigitado para presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados...
Perante o conteúdo da entrevista do P.C.A. do Hospital de S.João ao JN de 4/01/09 (e interessa ler com atenção toda ela) e as declarações adicionais do mesmo em 5/01/09 à RTP, não dá mesmo para entender o silêncio "ensurdecedor" da ARS Norte e do Ministério da Saúde!...
Não deixa de ser também curioso que nem a Secção Regional do Norte da OM, nem Directores de Serviço do citado hospital (ainda que de forma "anónima"), a quem já é enviada informação sobre a produção dos médicos dos respectivos Serviços (segundo afirma o prório Dr. António Ferreira na entrevista) tenham vindo a público tomar uma posição.
Haverá alguma explicação e nexo de causalidade para isto?
Caro Bicho:
A conexão que une os profissionais (incluindo os directores de Serviço) e o que reina nos Serviços, nos corredores, nas esquinas - do interior do HSJ - é um intolerável "clima de intimidação".
Portanto, não há lugar para qualquer nexo.
Prevalece o delírio da "professional accountability" a qualquer custo (e preço), desde que o CA, consiga passar a perna nos relatórios anuais ao HH do lado, impressione pela precisão, dureza e severidade os poderes intermédios e acabe prestigiado perante a tutela.
O ridículo, o escárnio, a troça, a maledicência faz-se à boca pequena, de surdina, como é usual nestes "climas" agrestes, vigiados e fechados.
Ninguém dá a cara (nenhum director fala) porque sabem que a ARS Norte está embasbacada com os números e o MS quer continuar navegar em águas calmas...
Outros mantêm-se silenciosos porque têm rabos de palha e receiam ser defenestrados, como no passado já sucedeu a alguns...
Finalmente, prevalecem os tiranetes provincianos metidos a Napoleão, dando entrevistas...
Relembro os gloriosos tempos da Cornucópia, com Jorge Silva Melo, Isabel de Castro, José Manuel Martins, Luís Manuel Ramos, Luis Miguel Cintra,...
A propósito, alguém viu:
"E não se pode extreminá-lo?"
Enviar um comentário
<< Home