domingo, fevereiro 8

Andam aí...

foto JMF
Andam e estão por aí, uns desaparecidos, outros escondidos e alguns mesmo aparentemente reconvertidos. Mas quando menos se espera, o calor do palco, o brilho das luzes feéricas dos holofotes, derrete-lhes a capa e lá se vai a aparência e compostura.
Vêm estas palavras a propósito das recentes declarações do presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Rui Portugal, na sessão de encerramento das Jornadas sobre os 30 anos do SNS, no Hospital de Santa Maria. Onde o ex-assessor da cintilante Secretária de Estado da Saúde do tempo de Santana Lopes, Regina Bastos, defendeu, a propósito do SNS, que deveriam "ficar de fora aquelas pessoas que menos precisariam do SNS",
link obrigando a Ministra da Saúde, também presente, a defender a manutenção do Serviço Nacional de Saúde (SNS) equitativo, universal e tendencialmente gratuito, tal como está legislado.
Ao contrário de PKM, recentemente convertido ao "neo-socialismo", RP, investido de presidente, não resistiu ao palco da fama, e deu asas ao seu habitual prolixo discurso,

Não sei o que levou Ana Jorge, a escolher tal personalidade, mas com amigos destes quem precisa de inimigos.

Avicena haquim

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8 Comments:

Blogger Hospitaisepe said...

Política do Bloco Central, nua e crua, que tem arruinado este país.

Curiosamente PKM também foi assessor da cintilante Secretária de Estado da Saúde, Regina Bastos.
PKM tem esperança de regressar ainda este ano.

7:43 da tarde  
Blogger Antunes said...

Estamos entregues à bicharada.
Talvez o primeiro ministro, José Sócrates, esteja de acordo com o pensamento de RP e insira tal objetivo no programa de saúde da próxima legislatura.
É com medidas deste calibre que o PS tem arruinado o PSD.

7:48 da tarde  
Blogger e-pá! said...

É com medidas deste calibre que o PS tem arruinado o PSD....

Acrescentaria: ...e pode arruinar-se!

9:50 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Apostila

INDIGNAÇÃO

As declarações de Rui Portugal, presidente da ARSLVT, nas comemorações do 30º. aniversário do SNS, só podem merecer a indignação dos portugueses.
Tanto mais veementes quanto é verdade que o País atravessa um grave crise social.
Um serventuário do poder - que é capaz de debitar tamnho dislate - não pode ser um dirigente do SNS (mesmo com funções regionais).

Por coincidência Lisboa e Vale do Tejo será, por ventura, a área do país onde as questões da aplicação da equidade - um dos vectores fundamentais do SNS - se colocam com maior acuidade.
A aleivosia do dirigente da ARS, que obrigou a Ministra a sublinhar as características constitucionais do SNS, só oferece ao prelactor um caminho.
Que não é o da glória.

O ainda presidente da ARSLVT, desbaratou, num ápice, todas as condições políticas para continuar a exercer o cargo.

Terá, julgo eu, a campanha de Santana Lopes à sua espera onde, com certeza, se enquadrará com facilidade.
Há, despautérios que nem a incomensurável tolerância do Bloco Central, suportam...
Ou, como diz o povo, nem Sto António o salva!

11:32 da tarde  
Blogger Antunes said...

Mas que raio deu à ministra da saúde para escolher para presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo um Santanista ?!...
Esta política de saúde é umas no cravo outras no laranjal.
É o país que temos...

11:39 da tarde  
Blogger saudepe said...

O grupo Mello e o Estado vão hoje sentar-se à mesa para assinar o contrato de construção e gestão clínica do hospital de Braga, o maior a ser lançado no modelo de parceria público-privada. O acordo que é hoje formalmente constituído envolve uma despesa para o Estado de 794 milhões de euros nas componentes da gestão clínica por 10 anos e da construção e manutenção do edifício durante três décadas.
DE 09.02.09

A privatização da Saúde prossegue inexorável com o amen do primeiro ministro e ministra da saúde, até à derrota final do SNS.

9:48 da manhã  
Blogger saudepe said...

Com escolhas destas, não temos que nos queixar.
Como já aqui, repetidamente, foi dito o PS não tem uma Política de Saúde coerente, gizada em função de principios que importa defender . Vai andando ao sabor do pensamento dos ministro que nomeia.
Na gestão desta manta de retalhos como é possivel desenvolver acções capazes de trazer eficiência ao sistema?
Tiros nos pés são inevitáveis.

6:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Confesso que estou um pouco surpreso e procurei saber um pouco mais do que se teria passado na sessão.

Da minha leitura, RP partiu de uma premissa: não há médicos suficientes.

Dado isso, entre uma alternativa de falta de atenção determinada de forma casuistica (quem chega mais tarde ou ao sitio errado, fica de fora), RP falou em procurar-se estabelecer prioridades, significando que nem todos seriam tratados de forma igual.

Se este relato é fidedigno, então os ecos da imprensa são enganadores, parece-me.

Não retira o problema de um presidente da ARS ser "livre pensador" de repente e na presença da imprensa.

9:21 da manhã  

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