Can you understand ?
Disse, em Coimbra, numa sessão comemorativa dos 30 anos do SNS, Vital Moreira: link
"Por isso, há-de chegar no futuro um momento em que a sustentabilidade financeira do SNS implicará um dilema politicamente muito delicado:
– ou deixar degradar a qualidade de desempenho e mesmo diminuir a cobertura do SNS, de modo a estancar a hemorragia dos custos e dos gastos, o que implicará uma fuga para o sector privado e o início de um círculo vicioso que pode conduzir a uma grave crise do SNS;
– ou aumentar consideravelmente os recursos financeiros destinados ao SNS, o que quer dizer uma de duas coisas (ou ambas), a saber, maior esforço fiscal dos contribuintes ou contribuição directa dos próprios beneficiários do SNS para o pagamento dos cuidados de saúde, com o risco de resistências que podem pôr em causa a sua base de apoio social.
Não podemos dar por adquirida a solução deste dilema, quando ele se impuser. Mas não é difícil augurar que o consenso social e político que até agora sustentou o SNS pode vir a entrar em crise."
Este dilema já se divisa à distância.
Se, acaso, o PS não obtiver a maioria absoluta nas próximas legislativas, o que é uma eventualidade a não excluir, então, teremos, como VM prevê, um SNS em crise.
Crise, que só poderá afectar os portugueses se, o PS, claudicar perante a Direita e permitir qualquer alteração no artº. 64º. da Constituição...
Por outro lado, José Sócrates, na mesma sessão, afirmou:
"Gostaria de sublinhar a importância que tem para o Serviço Nacional de Saúde a mudança perante a gestão e a economia. Acho que é uma crítica absolutamente pueril a ideia que no SNS ou na área da saúde não se devem ter em conta os princípios da economia"...
Esta posição, muito mais simplista, mais directa, vai de encontro às questões que o sector privado levanta, repetidamente, ao futuro e ao paradigma do SNS.
Destas duas intervenções resulta claro que a preocupação central sobre o SNS, na próxima legislatura, irá ser a sua sustentabilidade económica e financeira.
José Sócrates evidencia, faz sobresair, as condicionantes económicas.
Quando o SNS é um dos pilares do Estado Social.
Em que ficamos?
Por onde passará, no XVIII Governo Constitucional, a fractura social e, já agora, a económica?
"Por isso, há-de chegar no futuro um momento em que a sustentabilidade financeira do SNS implicará um dilema politicamente muito delicado:
– ou deixar degradar a qualidade de desempenho e mesmo diminuir a cobertura do SNS, de modo a estancar a hemorragia dos custos e dos gastos, o que implicará uma fuga para o sector privado e o início de um círculo vicioso que pode conduzir a uma grave crise do SNS;
– ou aumentar consideravelmente os recursos financeiros destinados ao SNS, o que quer dizer uma de duas coisas (ou ambas), a saber, maior esforço fiscal dos contribuintes ou contribuição directa dos próprios beneficiários do SNS para o pagamento dos cuidados de saúde, com o risco de resistências que podem pôr em causa a sua base de apoio social.
Não podemos dar por adquirida a solução deste dilema, quando ele se impuser. Mas não é difícil augurar que o consenso social e político que até agora sustentou o SNS pode vir a entrar em crise."
Este dilema já se divisa à distância.
Se, acaso, o PS não obtiver a maioria absoluta nas próximas legislativas, o que é uma eventualidade a não excluir, então, teremos, como VM prevê, um SNS em crise.
Crise, que só poderá afectar os portugueses se, o PS, claudicar perante a Direita e permitir qualquer alteração no artº. 64º. da Constituição...
Por outro lado, José Sócrates, na mesma sessão, afirmou:
"Gostaria de sublinhar a importância que tem para o Serviço Nacional de Saúde a mudança perante a gestão e a economia. Acho que é uma crítica absolutamente pueril a ideia que no SNS ou na área da saúde não se devem ter em conta os princípios da economia"...
Esta posição, muito mais simplista, mais directa, vai de encontro às questões que o sector privado levanta, repetidamente, ao futuro e ao paradigma do SNS.
Destas duas intervenções resulta claro que a preocupação central sobre o SNS, na próxima legislatura, irá ser a sua sustentabilidade económica e financeira.
José Sócrates evidencia, faz sobresair, as condicionantes económicas.
Quando o SNS é um dos pilares do Estado Social.
Em que ficamos?
Por onde passará, no XVIII Governo Constitucional, a fractura social e, já agora, a económica?
e-pá!
Etiquetas: E-Pá
1 Comments:
Ficamos na dúvida, como ficamos quanto à reforma dos Cuidados de Saúde Primários. Notícias de hoje:
1 . Diário Digital de Hoje: "Cerca de oitenta mil pessoas ganharam médico de família em Lisboa através das Unidades de Saúde Familiar, mas, segundo o coordenador da Unidade de Missão dos Cuidados de Saúde Primários, este número «não compensa» o aumento de utentes inscritos."
2 . mesma notícia, parágrafo seguinte: "Luís Pisco comentava à agência Lusa a Carta de Equipamentos de Saúde 2009, que será analisada quarta-feira na reunião da Câmara de Lisboa, que revela que o número de utentes sem médico de família na cidade duplicou entre 2004 e 2007, tendo passado de 46.481 para 101.208 pessoas."
EM QUE FICAMOS? - se o nº de utentes sem médico de família duplicou, como é que 80 mil ganharam médico de família?
SANTA DEMAGOGIA
E a reforma dos ACSS? ninguém diz nada? Está tudo na paz do senhor? que tal os primeiros dias? como é onde ainda não há?
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