Marketing farmacêutico
Investimento da Indústria em I&D e Marketing, Billions of USD-PPs, António RodriguesTodos sabemos o peso que o marketing farmacêutico tem neste País (e não só) e, à semelhança do que sucede em muitas mais áreas da esfera económica (e não só), dos conflitos de interesses que condicionam tomadas de decisão. Não é por acaso que os médicos são alvos privilegiados do marketing das multinacionais de marca e os farmacêuticos das dos genéricos. Todos temos ainda bem presente o caso Pequito e, independentemente do decidido em tribunal, sabemos que pouco nos surpreenderam as denúncias de “marketing agressivo”, para utilizar um eufemismo, por ele divulgadas.
Quando praticamente toda a formação médica e a realização de eventos diversos, dependem quase exclusivamente do apoio financeiro da Industria Farmacêutica, é difícil deixar de pensar que tudo isto não tem nada a ver com o padrão de prescrição do País.
Quando praticamente toda a formação médica e a realização de eventos diversos, dependem quase exclusivamente do apoio financeiro da Industria Farmacêutica, é difícil deixar de pensar que tudo isto não tem nada a ver com o padrão de prescrição do País.
tá visto
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6 Comments:
PADRÃO, PERFIL OU RETRATO...?
Os "padrões de prescrição dos médicos" que exercem a profissão em diferentes locais, regimens e instituições do País (públicas ou privadas) dependem de múltiplas variáveis.
Qualquer empresa tem acesso a eles. Os dados são fornecidos pela Fármacias (que obviamente negam...)
Uns, é verdade, são subsidiários e subordinados às estratégias do marketing farmacêutico;
Outros, estão umbilicalmente ligados, às acções de formação médica contínua (sejam cursos, simósios,etc), nos serviços, nas associações profissionais, nos congressos, etc.
Alguns, são autênticos autodidactas e frequentam assiduamente bases de dados (Prescrire, Pubmed, Epocrates Medications Database, Healthcare Thecnology News, sites terapêuticos das especialidades,etc.).
São os que perseguem a evidência científica;
Finalmente, existem os que, navegando pelos diferentes locais acima assinalados, muitos deles, desejosos de participar, discutir e desenvolver guidelines clínico-terapêuticas para as situações patológicas mais frequentes e, por vezes, mais complicadas, em termos da volubilidade e das mutabilidades de recomendações.
O problema é garantir a independência e a transparência desta continuada e indispensável apresendizagem e garantir o acesso às update informations, sem tropeçar com a subreptícia ou agressiva intromissão da Indústria Farmacêutica.
Mas, um Estado que entregou, praticamente, na totalidade - como tá visto, no post, afirma (e bem) - a formação dos seus profissionais (falo do SNS)entregue à I&D da Indústria, não pode esperar gestos filantrópicos... nem transparência de processos.
Caros amigos:
Tudo isto e estas denúncias e renúncias "fransciscanas" teriam alguma utilidade práctica se o Estado e sobretudo as instituições ( Hospitais e Centros de Saúde ) apoiassem activamente os seus profissionais na formação contínua e não se limitassem a ,cândidamente e "altruisticamente", lhe darem licenças sem vencimento para poderem ir a tais formações...
Quando queres realizar qualquer actividade científica por mais singela que seja, na tua instituição,ou arcas com as despesas, inevitáveis , do teu bolso ou NADA CONSEGUES FAZER...
Com a implementação dos CIT ( Contratos Individuais de Trabalho), quem quiser fazer formação tem de queimar dias de férias senão perde os incentivos...
Outra iniquidade institucionalizada nos Hospitais empresas...
Portanto que nos resta ???
A resposta é óbvia !!!!
“ [The pharmaceutical industry] has moved very far from its original high purpose of discovering and producing useful new drugs. Now primarily a marketing machine to sell drugs of dubious benefit, this industry uses its wealth and power to co-opt every institution that might stand in its way, including the U.S. Congress, the Food and Drug Administration, academic medical centers, and the medical profession itself."
Marcia Angell, former editor, NEJM
The corruption of drug research and the power of marketing: radical reforms are needed
Dr. Peter C. Gøtzsche, Nordic Cochrane Centre, Rigshospitalet, Department 7112, Blegdamsvej 9, DK-2100 Copenhagen / Denmark
Corporate crime is more common in the drug industry than in other industries and corruption is widespread. Bribery of doctors is often indirect, in the form of excessive payments for services, or even for services not rendered, or as fees for starting patients on expensive drugs as part of fake studies. Direct corruption with kickbacks and other marketing fraud are also prevalent. The scientific integrity of academic researchers is systematically being suppressed, the literature on drugs is seriously distorted through flawed analyses, selective publication of trials and data and ghost authorship, and lethal harms of drugs are being withheld from public scrutiny, and sometimes also from the drug regulatory agencies.
The use of violence against independent scientists who have identified lethal harms of drugs is common and involves intimidation, fear, threats, firing, litigation, unfoundded accusations of scientific misconduct and other attempts at defamation and destruction of research careers. The drug regulatory system is unable to protect patients against lethal harms of drugs. Radical reforms are needed to protect patients against being exploited for monetary gains by drug firms and doctors, and against being exposed to lethal harms of drugs.
The methods of HARLOT
•13 methods to get the results you want
•Trial against placebo
•Trial against treatment known to be inferior
•Trial against low dose of competitor
•Trial against high dose of competitor (to give advantages on toxicity)
•Equivalence or non-inferiority trial that is too small to show a difference from competitor drug
•Use multiple endpoints and select the ones that give positive results
•Subgroup analyses and select positive results
Publishing strategies
•Suppress (don’t write up) negative studies
•Publish positive studies more than once—perhaps in supplements
•Do multicentre trial and publish results of individual centres—perhaps selectively
•Publish different outcome measures at different times
•Publish different follow periods at different times—3 month results, one year, two year
•Publish positive results in major journals and negative or neutral results in minor journals
•Combine results of trials in ways that are favourable
Sponsored supplements
•The number of symposiums published per year increased steadily from 1966 through 1989
•42% had a single pharmaceutical company as the sponsor
•Sponsored symposia
•more likely to have misleading titles
•more to use brand names
•less likely to be peer-reviewed in the same manner as other articles in the parent journal
•Of the 161 symposiums that focused on a single drug
•51% concerned unapproved therapies
•14 percent concerned drugs classified as bringing important therapeutic gains
Conclusion
•Medical journals are an extension of the marketing arm of drug companies
•Do you agree?
Caro DrFeelGood:
"•Medical journals are an extension of the marketing arm of drug companies
•Do you agree?"
Não será exactamente isso... Mas andamos lá próximos.
A caça aos "académicos" e "prestigiados investigadores" pelo marketing dos Laboratórios Farmacêuticos, para desempenhar funções como consultores (ocultos, na maioria das vezes), dura há largos anos.
Mas penso que os ditos "opinion makers ou opinion formers" estão em franca decadência.
Primeiro, porque se excusam a declarar, expressamente, sem margens para dúvidas, os seus conflitos de interesse.
Depois, porque o meteórico desenvolvimento dos sistemas IT's (Information Technology) deixa-lhes pouco espaço para opinar.
Copy/ paste, fazemos em casa, tranquilamente...
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