ERS, estudo redutor
ORDEM DOS ENFERMEIROS PROTESTA CONTRA ESTUDO DA ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE (ERS) E DESAFIA A ERS A FORMULAR NOVO TRABALHO
…”Após apreciação do «Estudo do Acesso aos Cuidados de Saúde Primários do SNS»,link uma iniciativa da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e que se encontra disponível no site da ERS, a Ordem dos Enfermeiros torna público o seu veemente protesto sobre o conteúdo desse documento, considerando-o redutor. Recorde-se que cuidados de saúde englobam o contributo multidisciplinar de vários profissionais, pelo que não são sinónimo de cuidados médicos.
Para o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, o estudo em causa «é um atentado público, por enviesamento da questão de partida e de omissão na consulta aos utentes», refere o protesto formal da OE. Ou seja, na análise formulada pela ERS, não foi tida em linha de conta a prestação de cuidados por outros grupos profissionais que contribuem para o desempenho global dos centros de saúde, nomeadamente os cuidados de Enfermagem. Da mesma forma, também não foram consideradas as opiniões dos utentes.
Aos utentes «foi negada a possibilidade de se pronunciarem sobre as respostas em saúde que efectivamente lhe são dispensadas e a que têm direito. Apenas uma visão estreita não avalia as respostas que diariamente os enfermeiros asseguram às crianças, a jovens, adultos e idosos, entre muitos outros grupos de intervenção, nos centros de saúde e no domicílio», pode ler-se no protesto.
Assim sendo, «a Ordem dos Enfermeiros desafia a Entidade Reguladora da Saúde a colmatar com novo estudo a necessária análise do conjunto das variáveis que influenciam o acesso aos Cuidados de Saúde Primários, garantindo que utentes e profissionais sobre elas se pronunciem». Só assim se poderá elaborar um documento com «grande utilidade ao nível do planeamento em saúde (...), mas sobretudo para dar ao país um verdadeiro contributo para a análise do acesso aos CSP no SNS, eixo em que assenta a reforma da saúde”…
…/…
Se alguém tinha dúvidas sobre o papel e dos propósitos da ERS este “estudo” vem comprovar aquilo, que há muito, se suspeitava. Uma Entidade inútil, não isenta, perdida e mal preparada. Em boa verdade a ERS parece ter como único eixo estratégico criar condições para abrir espaço para o sector privado. O famigerado SINAS é disso um excelente exemplo. Para além disso o que vemos? Uma confrangedora falta de preparação teórica, técnica e científica. Um deambular hesitante por caminhos pouco claros. Pelo meio a produção de uns “estudos” para compor o ramalhete.
Se todos estivermos, convenientemente, atentos não será difícil antecipar as cenas dos próximos capítulos…
…”Após apreciação do «Estudo do Acesso aos Cuidados de Saúde Primários do SNS»,link uma iniciativa da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e que se encontra disponível no site da ERS, a Ordem dos Enfermeiros torna público o seu veemente protesto sobre o conteúdo desse documento, considerando-o redutor. Recorde-se que cuidados de saúde englobam o contributo multidisciplinar de vários profissionais, pelo que não são sinónimo de cuidados médicos.
Para o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, o estudo em causa «é um atentado público, por enviesamento da questão de partida e de omissão na consulta aos utentes», refere o protesto formal da OE. Ou seja, na análise formulada pela ERS, não foi tida em linha de conta a prestação de cuidados por outros grupos profissionais que contribuem para o desempenho global dos centros de saúde, nomeadamente os cuidados de Enfermagem. Da mesma forma, também não foram consideradas as opiniões dos utentes.
Aos utentes «foi negada a possibilidade de se pronunciarem sobre as respostas em saúde que efectivamente lhe são dispensadas e a que têm direito. Apenas uma visão estreita não avalia as respostas que diariamente os enfermeiros asseguram às crianças, a jovens, adultos e idosos, entre muitos outros grupos de intervenção, nos centros de saúde e no domicílio», pode ler-se no protesto.
Assim sendo, «a Ordem dos Enfermeiros desafia a Entidade Reguladora da Saúde a colmatar com novo estudo a necessária análise do conjunto das variáveis que influenciam o acesso aos Cuidados de Saúde Primários, garantindo que utentes e profissionais sobre elas se pronunciem». Só assim se poderá elaborar um documento com «grande utilidade ao nível do planeamento em saúde (...), mas sobretudo para dar ao país um verdadeiro contributo para a análise do acesso aos CSP no SNS, eixo em que assenta a reforma da saúde”…
…/…
Se alguém tinha dúvidas sobre o papel e dos propósitos da ERS este “estudo” vem comprovar aquilo, que há muito, se suspeitava. Uma Entidade inútil, não isenta, perdida e mal preparada. Em boa verdade a ERS parece ter como único eixo estratégico criar condições para abrir espaço para o sector privado. O famigerado SINAS é disso um excelente exemplo. Para além disso o que vemos? Uma confrangedora falta de preparação teórica, técnica e científica. Um deambular hesitante por caminhos pouco claros. Pelo meio a produção de uns “estudos” para compor o ramalhete.
Se todos estivermos, convenientemente, atentos não será difícil antecipar as cenas dos próximos capítulos…
inimigo público
Etiquetas: inimigo público
1 Comments:
De facto, o extenso relatório da ERS - "ESTUDO DO ACESSO AOS CUIDADOS DE
SAÚDE PRIMÁRIOS DO SNS" - ignora, pura e simplesmente, os restantes profissionais de saúde que trabalham nos CSP's...
Fica-se pelo grupo profissional médico...o que é uma manifesta falta de sensibilidade pelo diversificado trabalho desenvolvido nesses centros.
Mas...
Poderá ser assim, porque é sustentado pelos médicos que contribuem (são forçados a contribuir) com 1000 €/ano...
Deste modo, um pesado tributo originou uma vasta iniquidade.
Há muito disto, neste País...
De resto, abstenho-me de qualificar a acção e o trabalho desenvolvido pela ERS.
Tanta inutilidade torna-se acintosa.
Enviar um comentário
<< Home