TB, Dia Mundial
Stop TB Partnership Ambassador and soccer legend, Luis Figo, is now the captain of a different kind of team -- the Stop Tuberculosis Team -- whose players come alive on the pages of a comic book, co-produced by WHO. In 'Luìs Figo and the World Tuberculosis Cup', Figo's team take on a team of TB germs. The book, which is available in several languages, aims to inform young readers about the basics of TB control
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Única no mundo, é muito resistente. Infecciosidade está agora em estudo
A forma mais grave de tuberculose — extensivamente resistente (XDR) por não ser sensível a, praticamente, nenhum antibiótico — está concentrada na Grande Lisboa e o bacilo é único no mundo. A confirmação foi feita esta semana pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) em antecipação ao Dia Mundial da Tuberculose, a 24 de Março. Os números, de 2008, revelam uma prevalência de 25 casos — 34% das multirresistências e a percentagem mais elevada da Europa ocidental —, mas os bacteriologistas garantem que há mais. “Em 2007 era 48% e é pouco provável que tenha diminuído para 34%. A DGS só recebe as notificações dos médicos, que são sempre menos do que as dos laboratórios. Os clínicos registam os casos de tuberculose, mas depois não completam esse registo com o tipo de bacilo”, explica a investigadora da Faculdade de Farmácia de Lisboa e uma das autoras da descoberta — com Laura Brum (então, do Instituto Ricardo Jorge) e Miguel Viveiros (do Instituto de Higiene e Medicina Tropical) — da estirpe responsável pelos casos lisboetas de XDR, Isabel Portugal.
O bacilo foi isolado em 1996 em reclusos com sida e toxicodependentes internados em Caxias e foi apelidado de ‘Família Lisboa’ por depois ter sido detectado em toda a região. Os estudos sucedem-se e Isabel Portugal quer agora descobrir qual é o grau de infecciosidade do agente, curável em 40% dos casos e mortal para seropositivos e para 18% dos outros doentes.
“Suspeitamos que seja muito infeccioso, porque está instalado há 15 anos, e quase de certeza que é responsável pela XDR noutras zonas do país, como o Porto. Uma coisa sabemos: procurámos em todas as bases internacionais, com milhares de estirpes, e não há nenhuma igual”.
Resumindo, está-se perante “uma estirpe perigosa que tem de ser detectada precocemente”, alerta o bacteriologista Miguel Viveiros. “Os casos não são muitos, mas estão por aí e podem infectar. A sorte é que muitos doentes isolam-se nas suas comunidades”, acrescenta Isabel Portugal. Mas há excepções.
Anabela, enfermeira de cuidados intensivos, foi um desses casos de infortúnio. Há três anos, um bacilo multirresistente — estádio anterior à XDR — de um doente mudou-lhe a vida e nem a máscara que usava a protegeu. “Foi um choque. Não pensei em mim, mas nos meus dois filhos, pequenos, e no meu marido”. Seguiu-se um isolamento hospitalar de três semanas, quando o bacilo ficou incapaz de contagiar.
“Senti-me sozinha e o pior momento foi quando o meu filho mais novo fez anos e tive de o ver por uma janela”. Nos dois anos seguintes ficou em casa a tomar 26 comprimidos por dia. Rotina a que somou injecções durante um ano e exames periódicos pelo risco de cegueira e surdez associado ao tratamento. O corpo ficou sem marcas, mas o espírito tem uma sequela irreparável: “O doente passou a ser uma bomba-relógio e tenho muitos cuidados no meu trabalho”.
O coordenador do Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose da DGS, Fonseca Antunes, admite que “o valor de XDR é o resultado de falhas no sistema de saúde”. E sabe que “a solução começa por detectar a tuberculose e as resistências — sejam multirresistentes ou XDR — o mais cedo possível” para, assim, quebrar a cadeia de contágio.
Para isso, há dois anos foi criado o Centro de Referência Nacional para a Tuberculose Multirresistente e delegações regionais, a última a abrir brevemente no Hospital Pulido Valente, Lisboa. O responsável pela estrutura nacional, Miguel Villar, diz que já há progressos. “Demorava-se quatro meses para descobrir uma multirresistência e hoje é possível em 48 horas. Agora, já pensamos em testes rápidos para detectar a XDR”.
Vera Lúcia Arreigoso varreigoso@expresso.impresa.pt Desceu 7,2%, mas está acima da média da UE. Foram registados 2686 novos doentes Representa 14%, menos do que os valores europeus. Houve um total de 397 casos Somaram-se 413 situações, 14% do total. É a percentagem mais elevada da Europa Ocidental Existe em 2% dos casos, dentro da mediana. Destoa para o pior nos casos mais resistentes
Estão no topo, com 91% e 87%
semanário expresso 21.03.09
E nós preocupados com a gripe das aves.
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