Entrevista de JS
Gostei da entrevista de José Sócrates, hoje à noite na RTP link
Sobre o caso Freeport nada de novo. Sócrates reforçou a minha convicção de sempre: O primeiro ministro está a ser vítima de uma campanha suja sem precedentes no nosso país. Onde a corrupção grassa e os verdadeiros culpados sabem que têm poucas probabilidades de ser condenados. Como alguns conhecidos ex-governantes chegados ao poder tesos que nem carapaus e hoje a abarrotarem de dinheiro.
Sobre o caso Freeport nada de novo. Sócrates reforçou a minha convicção de sempre: O primeiro ministro está a ser vítima de uma campanha suja sem precedentes no nosso país. Onde a corrupção grassa e os verdadeiros culpados sabem que têm poucas probabilidades de ser condenados. Como alguns conhecidos ex-governantes chegados ao poder tesos que nem carapaus e hoje a abarrotarem de dinheiro.
Etiquetas: Politica
8 Comments:
UMA OPORTUNIDADE PERDIDA
A entrevista de José Sócrates foi, acima de tudo, marcada por ter ficado muito abaixo das expectativas esperadas e criadas, no actual momento político.
A responsabilidade deste "desencanto" não cabe a JS e deve ser repartida pela dupla de entrevistadores.
Mais do que uma entrevista foi uma oportunidade jornalística perdida…
O principal assunto do momento, gostemos ou não do tema, em termos jornalísticos, é a crise económica e social, onde nos estamos a afundar.
E, quando se passa, sobre este assunto, como um gato em telhado de zinco quente, frustramos os portugueses.
Foi o que sucedeu na entrevista de ontem à noite.
Falou-se de divergências, para fazer face à crise, confrontando as concepções do Governo, com as reservas quanto ao investimento público e aos mecanismos de crédito do PSD, que não das “Oposições” (para a RTP1, parece que, a oposição ao Governo, é exclusivamente MFL) e, enfatizou-se a cruzada actual do PR quanto ao endividamento.
Portanto, uma situação de crise tocada a diversas vozes, em que JS ia insistindo no investimento público como fulcral para conter o desemprego, na aposta em energias alternativas e na expansão da banda larga.
Nenhum português ficou a perceber como é que, deste modo, conseguiremos sair da crise.
E, a dupla entrevistadora, a todo o momento, citava passagens oriundas de Belém, algumas vezes de memória, outras vezes reproduzindo textos publicados (sic), onde são constantes os avisos à navegação acerca do endividamento excessivo das gerações futuras, da grandiosidade dos investimentos TGV e AL, etc.
JS lá foi sublinhando a dignidade institucional da República, referindo ao de leve a separação de poderes, desmentindo formalmente a tirada de António Vitorino do dia anterior sobre a semelhança de argumentos entre ACS e MFL que, entrevistadores, ao argumentar em vez de perguntar, a todo o momento, a expunham e salientavam.
Recusou, quando instado a pronunciar-se sobre as relações com o PR, o termo cooperação estratégica, preferindo referir-se a cooperação institucional.
Assim, do tipo, cumprimentamo-nos, mas estragou-se a amizade...
O PR figurou como um fantasma que pairou nesta entrevista e, embora fisicamente não estivesse presente, foi um dos seus fios condutores.
Quando a dupla entrevistadora chegou ao caso Freeport, então, foi o delírio total...
Para os entrevistadores não se tratava de um processo em fase de investigação judicial.
JS mostrou, neste campo, uma nova e vigorosa capacidade de resposta, passando de empastelamentos, hesitações, ausências desmentidos avulsos, para uma nova estratégia de contra-ataque e confrontação a um insípido e pouco cuidado jornalismo de investigação que, limitando-se a repetir atoardas, colocou JS a responder no terreno certo, patrocinando processos judiciais por difamação aos seus autores e ao mesmo tempo responsabilizando os meios de comunicação social sobre as afirmações e insinuações que tem sido veiculadas para a opinião pública.
Tentou, mais à frente, colocar o caso Freeport no seu enquadramento temporal entrosando-os nos recentes ciclos políticos – não lhe foi facilitada tal tarefa - mostrando as terríveis coincidências entre o exacerbar de situações e, por exº., ciclos eleitorais.
Os entrevistadores estavam, acima de tudo, interessados nos conteúdos de DVD´s, em nomes mencionados em fax’s, nas movimentações de familiares, etc.
Isto é, pensavam desmontar, ali, na entrevista, a investigação (que demora) e, ultrapassando todo o tipo de impasses jurídicos, entrar, triunfantes, num fase de julgamento público do caso.
São ambições que o mediatismo tece... e aviltam o jornalismo.
Trataram do assunto Freeport como a conhecidíssima revista Hola retira proventos das exóticas fofoquices... do jet set espanhol ou europeu.
E nesse campo, JS, mostrou uma inesperada frescura física e agilidade argumentativa em franco contraste com o ar ascético, acanhado e embaraçado – tipo mestre-escola - com que ACS se passeia pelo País, de dedo em riste, para não falar do cinzentismo carregado, deprimente, de um cartaz que foi colocado por aí - penso que para comemorar a Páscoa….
Apostilha:
Porque pode não ter ficado bem explícito, queria sublinhar que, na minha convicção, a aposta no investivemnto público (mesmo que maciço e compacto), nas energias alternativas e na banda larga, não chega para sairmos da crise.
São almofadas sociais para a crise, nomeadamente, para conter o desemprego galopante.
Faltou-nos ficar a saber como o Governo pensa reactivar e desenvolver a Economia.
Este é o assunto fulcral, político, do momento.
A entrevista passou ao lado destas relevantes questões.
Por isso, considero-a uma "oportunidade perdida".
A propósito de um vídeo difamatório Se alguém divulga um documento alheio difamatório para outrem, o divulgador também comete o crime de difamação. Se o crime for cometido através dos media, a pena será agravada. E se a vítima for um membro de órgão de soberania, também tem pena agravada. Além disso, se se tratar de documento de um processo em segredo de justiça, há também o correspondente crime.
O problema é a lentidão da nossa justiça penal...
Vital Moreira, causa nossa
É por isso que "os verdadeiros culpados sabem que têm poucas probabilidades de ser condenados".
O poder político, incluindo o presidente da república, por sua vez, têm demonstrado, desde sempre, falta de coragem no combate a este flagelo.
As críticas a esta entrevista, que li na imprensa diária, omitem as responsabilidades dos entrevistadores a que, muito justamente, se refere o É-Pá.
Judite de Sousa esteve muito focalizada na exploração das divergências CS-JS e chegou a ser deselegante e desabrida nas questões que levantou a esse respeito.
Os entrevistadores preocuparam-se mais com a baixa política do que com a gravíssima crise que atravessamos e com as respostas com que o Governo a pretende enfrentar.
Mostraram, além do mais, não ter feito o trabalho de casa. Ao questionarem o PM sobre a análise custo benefício do TGV foram remetidos para o site do Ministério das Obras Públicas onde “está tudo publicado”.
Fiquei com a sensação que nem sequer pesquisaram o site porque aceitaram, pacificamente, a resposta, quando não é fácil encontrar esse estudo.
Eu, pelo menos ainda não consegui. A menos que se considere que o power-point intitulado “análise custo-benefício”, que ali aparece, seja o documento a que JS se referia.
Não é possível que seja assim e, por isso, peço a ajuda dos colaboradores de Saudesa para encontrar a análise custo benefício dos projectos de alta velocidade.
Para o Brites que tanto brilhantismo trás a este bolgue:
www.rave.pt/tabid/183/Default.aspx
www.rave.pt/tabid/183/id/94/Default.aspx
AS FRASES DA ENTREVISTA
'Duvido que o caso Freeport me custe a maioria absoluta. Este processo é uma cruz, mas não me vencem desta forma.'
'Não posso assistir a esta tentativa de assassinato político [no chamado caso Freeport] sem dizer nada.'
'Qualquer referência ao meu nome neste processo é um insulto, uma difamação e agirei contra essas pessoas.'
'Não tive participação directa, mas asseguro que o processo [licenciamento] cumpriu todos os aspectos legais.'
'Se a Oposição pensa que vai transformar o Presidente no seu rosto, está condenada ao fracasso.'
CM 22.04.09
Caro Hermes:
Muito obrigado pela atenção e pelas suas palavras, que só se explicam por uma enorme condescendência.
Um abraço
José Sócrates comete um erro de palmatória ao referir-se directamente ao jornal das sextas feiras de MMG.
Este pasquim não merecia mais publicidade.
Enviar um comentário
<< Home