segunda-feira, maio 25

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Amiudadas vezes tenho reclamado por auditorias a instituições públicas porque acredito nos mecanismos de regulação.
Cada vez estou mais próximo de acreditar que sou vítima de uma insanável ingenuidade.

A renovação do contrato - por mais 1 ano! - com a LCS, SA, estava prevista contractualmente.
O SE Manuel Pizarro achou que a empresa merecia.
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Tem em mãos um relatório técnico da DGS.
Mas ao que parece, a renovação da concessão é uma "decisão política", pelo que, se supõe, a dita empresa tem a confiança política do MS, apesar de todas as insuficiências técnicas e denúncias públicas relativas à gestão deste serviço.

É este o panorama da transparência dos concursos relativos a serviços públicos.

A LCS, SA é mais uma PPP na área da Saúde.
É, também, uma empresa do grupo Caixa Geral de Depósitos.

Fica tudo em família...
e-pá!

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3 Comments:

Blogger xavier said...

O Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, já assinou o Despacho que renova o contrato de gestão da Linha de Saúde 24 (S24) com a empresa Linha de Cuidados de Saúde, SA (LCS), pertencente ao Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A prorrogação do contrato celebrado com a empresa que gere a S24 está envolta numa profunda controvérsia. Em causa está a existência de inúmeras falhas encontradas no serviço prestado por esta linha e os conflitos laborais que estiveram na origem de uma carta remetida por oito supervisores e fundadores à Ministra da Saúde, em Outubro de 2008, na qual denunciavam o «caos organizativo» em que se encontra este serviço de utilidade pública.

Perante a polémica gerada à volta da S24, tornou-se bastante questionável se, de facto, a LCS tem condições para continuar a gerir um serviço público de tão elevada importância para os cidadãos, sendo que a posição do Ministério da Saúde sempre foi de grande ambiguidade.

Nesse sentido, e para efeitos de se constituir como um elemento preparatório para a realização de uma audição sobre a S24 com a Senhora Ministra da Saúde, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicita, com a maior urgência, ao Ministério da Saúde, os seguintes documentos:

- Relatório de avaliação da S24, realizado pela Direcção Geral de Saúde (DGS).

Grupo Parlamentar do BE

Mandava as regras da transparência que a DGS disponibilizasse no seu site o referido relatório.
Vivemos um exercício da democracia aos solavancos.

12:27 da tarde  
Blogger tambemquero said...

O director do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), o cirurgião Manuel Antunes, admite abandonar o cargo, caso o conselho de administração dos HUC reduza o horário semanal de 42 para 35 horas dos enfermeiros e técnicos de saúde da equipa que lidera. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, alerta para "a perda muito grande" que a instituição, considerada uma unidade de topo, sofreria.
Manuel Antunes, também professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, discorda da intenção do hospital de reduzir o horário do pessoal de forma a poder empregar novos profissionais. Por isso, já informou o conselho de administração que não vai continuar à frente do centro, caso a medida - que se pretende adoptar em todo o hospital - seja aplicada na equipa que dirige, como adianta a edição de ontem do Diário de Coimbra.
Contactado pelo PÚBLICO, o cirurgião, que exige que os funcionários do serviço que coordena trabalhem 40 horas, alega que o centro tem um regime jurídico próprio: "Fi-los saber que de facto o estatuto do serviço é diferente, tem um estatuto jurídico diferente. Deparei-me com uma certa inflexibilidade do conselho de administração e, portanto, informei-os de que se mantiverem esta decisão não podem contar comigo para dirigir o serviço", afirmou, notando que poderá deixar de "exercer funções como director de serviço", mas continuará "a prestar cuidados de saúde aos doentes". Manuel Antunes critica a lógica de "poupança" do hospital: "O conselho de administração entende que consegue estabelecer poupanças ao retirar as sete horas a cada um, a cada funcionário e enfermeiro, e convertê-las em novos contratos de trabalho de outros enfermeiros. Quer trocar qualidade e experiência por falta de qualidade e falta de experiência, sobretudo experiência, já que a qualidade virá depois com a experiência, naturalmente. Ora bem, eu não aceito tal facto", garante.
O médico, que está agora a aguardar uma resposta do conselho de administração dos HUC, espera que, na decisão, pese o facto de o serviço ter atingido "um estatuto de reconhecimento nacional e até extranacional em termos da qualidade do trabalho: tem sido geralmente apontado como um exemplo de eficiência, de eficácia, sem lista de espera, e com doentes reconhecidos pela qualidade do serviço que lhes é prestado", frisou Manuel Antunes, recordando que andou "21 anos" a construir um serviço e que não pode permitir "seja a quem for" que o "destrua". Também o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, sublinha os "resultados" de um centro que é "um exemplo" para o país. Pedro Lopes recorda que o "chamado centro de responsabilidade" tem "legislação própria", o que permitiu "uma performance muito alta" no serviço dirigido por Manuel Antunes. O PÚBLICO tentou ouvir o conselho de administração dos HUC, mas ninguém prestou declarações.

JP 26.05.09

12:37 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

A decisão de renovar o contrato da Saude 24 é política.
Os cidadãos portugueses gostariam de conhecer certamente o relatório da DGS.
A colacação no site da DGS parece-me uma medida elementar de transparência.
Afinal, quem mede não teme.

5:04 da tarde  

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