quinta-feira, agosto 6

PSD, Programa (top secret)


O PSD teima em esconder o Programa Eleitoral (segundo parece, só disponível a partir do dia 27.08.09).
O documento com as “Linhas Gerais do Programa Eleitoral para as eleições legislativas” link é um perfeito vazio. Sobre a Saúde limita-se a referir a "maior acessibilidade aos serviços de saúde" como factor de coesão social.

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5 Comments:

Blogger tambemquero said...

Um Novo Pardigma para o Estado Social-O Estado de Mercado Social.

.../ Mas a onde o PSD deve divergir fortemente do PS é no Papel do Estado neste processo. Enquanto o PS continua a defender que deve ser o Estado a prestar os serviços e o financiamento deve vir do OE (o que tem como consequências a castração da iniciativa e da diversidade criadora e o alienar da capacidade de investimento privada, o desperdício, a má resposta e o continuo apertar de cinto aos profissionais envolvidos e a restrição crescente dos serviços que presta. Ver fecho de serviços de saúde de atendimento permanente de proximidade apenas por razões economicistas. ) para o PSD social democrata, o papel do Estado deve ser sobretudo enzimático no encontrar soluções concertadas que sirvam a classe média e , por dever e interesse de solidariedade, apoiar financeiramente de forma selectiva, em função das incapacidades das famílias, no acesso de todos aos bens sociais.

O PSD deve acreditar que nas áreas sociais se passa o mesmo que nas outras áreas económicas: A livre iniciativa e o investimento privado são muito mais eficientes e muito mais rápidos (por exemplo criar uma pequena Unidade de Saúde de Familiar é para o Estado uma terrível complicação -conseguir orçamentar no Pidac, concursos públicos para as obras, concursos públicos para equipamentos, concursos públicos para profissionais, etc. e o dinheiro só dá para uma de cada vez). Deixando para a livre iniciativa aparecerão em seis meses dez USFs aonde o estado demora dois anos para conseguir montar uma e cada uma dela custará pelo menos metade daquela que o Estado cria. É certo que talvez não tão luxosa como a pública… Porque entre nós aquilo que o Estado faz de novo fá-lo como se fosse um pais produtor de petróleo com prejuízo de todas as outras que ficam por fazer e se mantêm miseravelmente terceiro mundistas.

Ou seja o Programa de governo do PSD deve assentar no retirar o Estado da Prestação directa entregando-a a uma multiplicidade de agentes independentes, autoinvestidores, e em competição por “clientes” na prestação dos seus serviços, mas garantindo sempre soluções sistémicas concertadas que permitam manter a capacidade de acesso dos cidadãos. Ou seja o Estado sai da prestação directa mas tem um importantíssimo papel enzimático no encontrar soluções concertadas para as áreas sociais assentes na livre iniciativa, na liberdade de escolha e nos preçários e financiamento que devem ser adequados a cada uma das áreas.

Ou seja o PSD para as áreas sociais deve manter para o Estado uma responsabilidade forte mas fora da prestação directa. Isto nos separa dos socialistas e dos liberais. Curiosamente estes até se podem entender muito bem compartilhando o assistencialismo para os pobres e o liberalismo para os ricos. A classe média é que fica entalada.

Importa contudo dizer que as redes sociais destinadas a todos e orientadas pelos interesses da classe média, devem ser complementadas com redes privadas assentes em financiamentos extra da bolsa dos cidadãos que sendo “mais pagas” só se sobreviverão pela sua diferenciação e qualidade de forma a se manter uma referência de qualidade comparativa. A competição entre a rede “social” e a rede “privada” serão garantias de desenvolvimento e qualidade.



AA, o reformista

2:57 da tarde  
Blogger Clara said...

Marques Mendes chama Manuela Ferreira Leite de hipócrata

A política em Portugal está cheia de exercícios de hipocrisia. Diz-se uma coisa a pensar fazer-se logo o seu contrário. O último exemplo paradigmático tem a ver com o projecto de lei com vista a impedir candidaturas de políticos pronunciados ou condenados por crimes especialmente graves (como corrupção ou fraude fiscal).

Esta questão não surgiu agora, em vésperas de eleições. Ela foi colocada na agenda política em 2005, há quatro anos, por ocasião das últimas eleições autárquicas. Um projecto de lei com esse objectivo até foi aprovado na generalidade, no princípio de 2006, há mais de três anos.

Entretanto, hipocritamente, os partidos deixaram na gaveta, fizeram-se de esquecidos e não o concretizaram, à espera que ele caducasse e não se aplicasse nestas eleições. Não foi uma omissão casual. Foi uma intenção deliberada. Não foi falta de tempo para discutir. Foi falta de vontade para decidir.

Sol 07.08.09

12:34 da manhã  
Blogger Clara said...

Zangam-se as comadres... link

12:38 da manhã  
Blogger Hospitaisepe said...

A NASA confirmou, esta manhã, ter dois veículos de exploração no solo de Marte, desde Janeiro de 2004, ambos equipados com brocas e pás para escarafunchar o terreno. Porém, continua sem ter encontrado qualquer ideia do PSD para o futuro de Portugal. É agora voz corrente, na comunidade científica internacional, ser mais fácil encontrar no Planeta Vermelho uma 1ª edição da Morgadinha dos Canaviais, mesmo que com algumas nódoas de azeite, do que os tão procurados vestígios do Programa social-democrata.

Val, aspirina B

12:38 da manhã  
Blogger Antunes said...

Sobre o Programa secreto da saúde do PSD, posso adiantar o seguinte:

a) Transferência da prestação directa de cuidados do Estado para entidades privadas, através da adjudicação da gestão dos hospitais e Centros de Saúde do SNS;

b) Revisão do sistema de comparticipação de medicamentos;

c) Revisão/alargamento do sistema de convenções;

d) ~Revogação dos contratos inexequíveis das PPPs.

Moral da história: A Manela pode ser extremamente feia mas não é parva.

7:08 da tarde  

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