segunda-feira, outubro 19

Novo MS, fio condutor


Enquanto o MS contrata médicos cubanos para a rede de cuidados primários link e prossegue o esforço de recrutamento em vários outros países, os ingleses tentam contratar 15 clínicos portugueses para os hospitais públicos .
Ao referido anúncio terão respondido 50 candidatos, seduzidos pelos 6.750 a 7.900 euros de salário bruto mensal.
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Se a isto juntarmos a concorrência do sector privado nacional…

É por isso tarefa prioritária do próximo MS, como refere o Hermes, completar a mudança em relação aos grupos profissionais: rever salários e horários, dedicação e relação c/ resultados (incentivos) ligados à avaliação .
O problema (do costume) vai ser onde arranjar o dinheiro necessário para levar por diante as reformas necessárias, quando a despesa da saúde ameaça de novo disparar.

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4 Comments:

Blogger Tavisto said...

Num mundo cada vez mais globalizado será difícil conter a migração de grupos profissionais qualificados, atraídos por melhores condições de trabalho e salariais, tanto mais quando desejados pelo país de acolhimento. Estamos preocupados com a saída de médicos portugueses para o Reino Unido, o mesmo se passará certamente neste país com a saída dos profissionais mais qualificados para os EUA. Tal não obsta, naturalmente, a que se tenha de proceder a uma profunda reforma das condições remuneratórias, regimes de trabalho e progressão profissional dos profissionais de saúde, médicos em particular, se queremos que os mais qualificados permaneçam entre nós e, preferencialmente, ligados ao SNS.
Ao contrário de outras áreas profissionais (Estomatologia, Farmácia e Veterinária) em que há excesso de oferta/baixos salários, tenho as minhas dúvidas que a remuneração seja a principal motivação dos internistas a candidatarem-se. Até porque, num grande hospital, o contracto de um especialista, a trabalhar como emergencista no SU (40 h semanais sem exclusividade) ronda os 4000 euros brutos que, com valores de prémios, pode aproximar-se dos 5000 euros. Como vemos, estes valores não estão tão longe quanto isso dos salários praticados no RU. Haverá talvez outras razões para justificar a corrida dos internistas aos lugares: Procura de melhores condições de trabalho, valorização profissional, espírito de aventura …..

12:27 da tarde  
Blogger ochoa said...

Os abutres voam em circulo

É tudo uma questão de tempo.
Quanto tempo o SNS vai resistir?
Um Governo fraco, a dívida pública gigantesca e o descontrolo da despesa da saúde farão o resto.
O destino está traçado.
Com mais ou menos paciência o sector privado vai aguardar pelo desfecho certo.
Já repararam que os responsáveis do sector privado usualmente não criticam a governação da ministra Ana Jorge. Talvez porque o seu desempenho se enquadre na estratégia de privatização do SNS.

12:30 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Em declarações à agência Lusa na primeira entrevista concedida à imprensa portuguesa, o novo embaixador cubano em Portugal, Eduardo González Lerner, referiu que a cooperação a nível médico foi pedida pelo governo de José Sócrates. O embaixador cubano, em Lisboa desde 25 de Setembro, adiantou que “este tipo de cooperação nunca tinha sido pedida por Portugal”.
O diplomata referiu que actualmente há médicos cubanos em países da América Latina, África, Ásia e também a Europa, concretamente na Ucrânia. “Hoje em dia, com a quantidade de médicos que temos (...) estamos em condições, não só de enviar 44, mas muitos mais”, garantiu o diplomata.González Lerner referiu o interesse que despertou a vinda dos médicos cubanos e as condições em que estes aceitaram trabalhar em Portugal, lamentando que a imprensa tenha dado “mais relevo a questões políticas do que clínicas”.
Lerner referiu que, em Cuba, o curso de medicina é de seis anos lectivos, mas que “os alunos começam a partir do primeiro ano a ser colocados directamente nos hospitais” universitários. “A partir daí fazem as especialidades. O licenciado em medicina de Cuba termina o curso como ‘médico geral integral’, que em Portugal se denomina ‘médico de família’”, sublinhou.
Cuba tem “poucas coisas para exportar, porque é um país pequeno, subdesenvolvido, sendo a maior riqueza o seu capital humano”, disse. “O governo cessante de José Sócrates reconheceu essa possibilidade, da mesma forma que soube (das possibilidades) do Uruguai, Brasil, Espanha, que também têm médicos em Portugal”, sublinhou.
“Temos no exterior, a trabalhar em diferentes programas de cooperação, 11 vezes mais médicos do que os que Cuba tinha no início da revolução, em 1959, ou seja, mais de 37 mil médicos”, adiantou.
JP 20.10.09

4:09 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Futuro do SNS

Na área da Saúde, são vários os desafios susceptíveis de ameaçar o sono daquele que vier a sentar-se na cadeira ministerial. Desde logo, a necessidade de definir o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em geral e do sector hospitalar público em particular, por oposição aos grandes grupos privados que têm vindo a reclamar o tratamento dos doentes do SNS em lista de espera.
No programa, o PS propõe-se mudar a organização interna dos hospitais, refere-se à criação de unidades de cirurgia de ambulatório, hospitais de proximidade, e inaugura o conceito “clínicas por um dia”. Este processo, sobretudo no tocante à reestruturação das urgências hospitalares, terá que ser gerido com pinças, não vá repetir-se a exaltação que redundou na saída de Correia de Campos, em Janeiro de 2008.
Continuar a reforma dos cuidados de saúde primários e da rede de cuidados continuados para os idosos é outro dos desafios, a par das mudanças na política dos medicamentos.
Aqui o PS fala em rever o sistema de comparticipação, promover a prescrição electrónica e aumentar a presença dos genéricos. Resta saber se o próximo ministro o conseguirá fazer sem desencadear a ira dos grandes grupos farmacêuticos. N.F.
JP 21.10.09

Para fazer face a estes desafios com este ministro não vamos lá...

10:23 da manhã  

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