ACF, última entrevista
foto portal da saúde
.../ Tempo Medicina (TM) - Se não estivesse já de saída, ficaria preocupado com o novo modelo de financiamento dos hospitais do SNS?
Adalberto Campos Fernandes (ACF) — Não, não ficaria preocupado. Uma vez que estou a dar esta entrevista numa altura em que já não sou presidente do conselho de administração, não queria entrar em grandes detalhes de apreciação sobre o modelo, mas talvez aponte uma crítica: Este modelo foi proposto pela tutela e pelas ARS aos hospitais e estes devem discutir com a tutela alterações que, de uma forma sensível, podem impactar os modelos de organização e de gestão.
TM — Está a dizer que isso não aconteceu?
ACF — Parece-me que não terá acontecido com a devida profundidade. Talvez tivesse de ter sido mais aprofundada a questão de discutir com as empresas alterações às regras que vão condicionar a execução dos contratos-programa.
TM — O CHLN sai muito penalizado com a aplicação deste novo modelo de financiamento?
ACF — Não é das unidades que terá maior repercussão face, até, ao seu volume de actividade. E creio que tem condições para se ajustar ao novo modelo. Também estou certo de que provavelmente ainda haverá, em sede de discussão do contrato-programa, margem para que esses ajustamentos possam ser introduzidos em nome de uma racionalidade económica e de princípios de bom governo institucional e também de salvaguarda do equilíbrio orçamental do SNS.
TM — Qual é o orçamento que Correia da Cunha terá para gerir este ano?
ACF — No conjunto, o CHLN mobiliza mais de 400 milhões de euros no seu orçamento.
TM — E com o novo modelo de financiamento, de quanto disporá?
ACF — Aquilo que é o contrato global com a ARSLVT é menos do que isso, andará nos duzentos e tal milhões de euros. Mas o momento da negociação com a entidade que contrata não está executado. .../ link
Adalberto Campos Fernandes (ACF) — Não, não ficaria preocupado. Uma vez que estou a dar esta entrevista numa altura em que já não sou presidente do conselho de administração, não queria entrar em grandes detalhes de apreciação sobre o modelo, mas talvez aponte uma crítica: Este modelo foi proposto pela tutela e pelas ARS aos hospitais e estes devem discutir com a tutela alterações que, de uma forma sensível, podem impactar os modelos de organização e de gestão.
TM — Está a dizer que isso não aconteceu?
ACF — Parece-me que não terá acontecido com a devida profundidade. Talvez tivesse de ter sido mais aprofundada a questão de discutir com as empresas alterações às regras que vão condicionar a execução dos contratos-programa.
TM — O CHLN sai muito penalizado com a aplicação deste novo modelo de financiamento?
ACF — Não é das unidades que terá maior repercussão face, até, ao seu volume de actividade. E creio que tem condições para se ajustar ao novo modelo. Também estou certo de que provavelmente ainda haverá, em sede de discussão do contrato-programa, margem para que esses ajustamentos possam ser introduzidos em nome de uma racionalidade económica e de princípios de bom governo institucional e também de salvaguarda do equilíbrio orçamental do SNS.
TM — Qual é o orçamento que Correia da Cunha terá para gerir este ano?
ACF — No conjunto, o CHLN mobiliza mais de 400 milhões de euros no seu orçamento.
TM — E com o novo modelo de financiamento, de quanto disporá?
ACF — Aquilo que é o contrato global com a ARSLVT é menos do que isso, andará nos duzentos e tal milhões de euros. Mas o momento da negociação com a entidade que contrata não está executado. .../ link
Andreia Vieira, Tempo de Medicina, 08.02.10
Etiquetas: Entrevistas
1 Comments:
Leio e não percebo:
TM — Qual é o orçamento que Correia da Cunha terá para gerir este ano?
ACF — No conjunto, o CHLN mobiliza mais de 400 milhões de euros no seu orçamento.
TM — E com o novo modelo de financiamento, de quanto disporá?
ACF — Aquilo que é o contrato global com a ARSLVT é menos do que isso, andará nos duzentos e tal milhões de euros. Mas o momento da negociação com a entidade que contrata não está executado…
Não haverá nenhuma alma caridosa que me queira explicar esta conversa?
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