SNS, squeeze
Os principais grupos privados na área da saúde facturaram 694 milhões de euros em 2009, um ano de crise, mais 42,5% do negócio relativamente ao ano anterior, cujos lucros foram de 487 milhões. link A procura de cuidados nos privados está a aumentar e a tendência deve manter-se. Uma das razões tem a ver com o facto de ser cada vez maior a população com seguros de saúde. DN 01.02.10
A propósito, vale a pena ler as conclusões deste estudo da APS link
.../ A verificar-se a tendência prevista para os gastos (públicos e totais) com Saúde, tudo indica que, mesmo após a conquista dos possíveis ganhos de eficiência, e garantida a eficiente utilização dos recursos disponíveis, o SNS, tal como o temos hoje, não será capaz de dar resposta às necessidades da população. Se assim for, será necessário definir novos caminhos. Haverá então necessidade de alargar os recursos disponíveis para a Saúde (aumentando os impostos, ou criando novas fontes de financiamento), e/ou reduzir a cobertura do SNS, limitando a abrangência do leque de serviços assegurados, e/ou reduzir a cobertura do SNS, limitando a população coberta (seguindo, por exemplo, critérios de rendimento).
À medida que o SNS for recuando (mesmo não sendo posto em causa o seu carácter universal), pela incapacidade de dar resposta a crescentes necessidades e expectativas, o sector privado e os seguros de saúde vão ganhar um peso que hoje não têm. Note-se, de resto, que esta tendência não é especificamente portuguesa, sendo sentida noutros países cujo sector da Saúde assenta essencialmente num serviço nacional de saúde. É de realçar que a prestação privada, por si só, não põe em risco a equidade do acesso, desde que seja feita no quadro de um serviço de cobertura universal. .../
APS, "Os seguros de saúde privados no contexto do Sistema de Saúde português", Novembro 2009
.../ A verificar-se a tendência prevista para os gastos (públicos e totais) com Saúde, tudo indica que, mesmo após a conquista dos possíveis ganhos de eficiência, e garantida a eficiente utilização dos recursos disponíveis, o SNS, tal como o temos hoje, não será capaz de dar resposta às necessidades da população. Se assim for, será necessário definir novos caminhos. Haverá então necessidade de alargar os recursos disponíveis para a Saúde (aumentando os impostos, ou criando novas fontes de financiamento), e/ou reduzir a cobertura do SNS, limitando a abrangência do leque de serviços assegurados, e/ou reduzir a cobertura do SNS, limitando a população coberta (seguindo, por exemplo, critérios de rendimento).
À medida que o SNS for recuando (mesmo não sendo posto em causa o seu carácter universal), pela incapacidade de dar resposta a crescentes necessidades e expectativas, o sector privado e os seguros de saúde vão ganhar um peso que hoje não têm. Note-se, de resto, que esta tendência não é especificamente portuguesa, sendo sentida noutros países cujo sector da Saúde assenta essencialmente num serviço nacional de saúde. É de realçar que a prestação privada, por si só, não põe em risco a equidade do acesso, desde que seja feita no quadro de um serviço de cobertura universal. .../
APS, "Os seguros de saúde privados no contexto do Sistema de Saúde português", Novembro 2009
drfeelgood
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