HH, novo modelo financiamento
foto semanário expresso
A notícia do SOL link dá uma ideia do que deve ser a movimentação de bastidores dos gestores hospitalares para terem mais dinheiro para os seus hospitais e para mandarem ás malvas o novo modelo que atabalhoadamente a ACSS apresentou e que o SE à pressa assinou.
O financiamento é coisa séria que não pode estar sempre a mudar mas também não a ser martelado, reeditando as famigeradas "verbas de convergência" - onde o dinheiro acrescido "convergia" para os influentes e afilhados.
Era interessante saber o que mudou no modelo para haver alterações tão substanciais nos preços de referência.
Por que, meus amigos, das duas três.
Se este modelo está bem a ACSS deve perguntar ao organismo responsável anterior (Ups! é a mesma ACSS!) : Como foi possível errar tanto, vários anos e em tantos serviços? Quem fez a asneirada anterior e quem esteve a beneficiar com ela? Bem aqui concluía-se que um deles foi o Hospital Amadora Sintra, no último ano e provavelmente também com os Mellos pois ninguém acredita que por eles terem saído o Amadora Sintra passou a receber mais, também algumas entidades privadas com contratos como se fossem SNS estiveram a receber demais. Se este modelo está bem e as perdas (ganhos) dos hospitais são tão significativas não há alternativa a aplicá-lo faseadamente, se não alguns «estoiram». Há dúvidas de que terá que ser assim?
Se este modelo está errado e o anterior estava bem, deve questionar-se a mesma ACSS: Como foi possível fazer um erro tal e tentar aplicá-lo à pressa sabendo-se que variações daquela dimensão não são absorvíveis por hospitais públicos com as limitações de enquadramento existentes? Não há o bom senso de, antes de avançar com uma grande modificação, assegurar-se primeiro da sua adequação e, se a houver, ver com as pessoas envolvidas, ARS e gestores dos hospitais, como fazer para evitar problemas graves nos prestadores?
Se não se sabe qual dos modelos é o melhor, porque ambos têm problemas e aspectos positivos, não será melhor corrigir os problemas do inicial? Estes podem resultar, por exemplo, de se financiar os hospitais regionais como se fossem semelhantes a universitários, ou da actividade de ex-hospitais concelhios como Espinho ou Régua, ser paga como se fossem em hospital central.
A importância e o impacto destes assuntos requerem uma abordagem correcta e ponderada (Ah, que saudades Margarida Bentes que tanta falta nos fazes, em especial nesta área...). Ainda que aqueles assuntos não tivessem a importância e o impacto que têm, ficava a necessidade de coordenar intervenções e de manter a coerência, por exemplo, como os investimentos e estratégias já aprovados.
Não vos parece?
O financiamento é coisa séria que não pode estar sempre a mudar mas também não a ser martelado, reeditando as famigeradas "verbas de convergência" - onde o dinheiro acrescido "convergia" para os influentes e afilhados.
Era interessante saber o que mudou no modelo para haver alterações tão substanciais nos preços de referência.
Por que, meus amigos, das duas três.
Se este modelo está bem a ACSS deve perguntar ao organismo responsável anterior (Ups! é a mesma ACSS!) : Como foi possível errar tanto, vários anos e em tantos serviços? Quem fez a asneirada anterior e quem esteve a beneficiar com ela? Bem aqui concluía-se que um deles foi o Hospital Amadora Sintra, no último ano e provavelmente também com os Mellos pois ninguém acredita que por eles terem saído o Amadora Sintra passou a receber mais, também algumas entidades privadas com contratos como se fossem SNS estiveram a receber demais. Se este modelo está bem e as perdas (ganhos) dos hospitais são tão significativas não há alternativa a aplicá-lo faseadamente, se não alguns «estoiram». Há dúvidas de que terá que ser assim?
Se este modelo está errado e o anterior estava bem, deve questionar-se a mesma ACSS: Como foi possível fazer um erro tal e tentar aplicá-lo à pressa sabendo-se que variações daquela dimensão não são absorvíveis por hospitais públicos com as limitações de enquadramento existentes? Não há o bom senso de, antes de avançar com uma grande modificação, assegurar-se primeiro da sua adequação e, se a houver, ver com as pessoas envolvidas, ARS e gestores dos hospitais, como fazer para evitar problemas graves nos prestadores?
Se não se sabe qual dos modelos é o melhor, porque ambos têm problemas e aspectos positivos, não será melhor corrigir os problemas do inicial? Estes podem resultar, por exemplo, de se financiar os hospitais regionais como se fossem semelhantes a universitários, ou da actividade de ex-hospitais concelhios como Espinho ou Régua, ser paga como se fossem em hospital central.
A importância e o impacto destes assuntos requerem uma abordagem correcta e ponderada (Ah, que saudades Margarida Bentes que tanta falta nos fazes, em especial nesta área...). Ainda que aqueles assuntos não tivessem a importância e o impacto que têm, ficava a necessidade de coordenar intervenções e de manter a coerência, por exemplo, como os investimentos e estratégias já aprovados.
Não vos parece?
Omessa
Etiquetas: financiamento, s.n.s
3 Comments:
Simulação do sistema de financiamento apresentado pelo Governo mostra que 18 unidades do País vão piorar resultados
Dezoito hospitais, entre eles os maiores do País, estão em risco de perder pelo menos 45 milhões de euros em relação a 2009, porque o Estado lhes vai pagar menos pelos cuidados prestados. É este o impacto do novo modelo de financiamento do Governo para as unidades de saúde, recebido com duras críticas pelos administradores hospitalares, que ameaçam demitir-se.
As estimativas resultam da simulação do impacto do novo sistema em 34 hospitais, feita pela própria Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) em conjunto com a consultora Arthur D Little, e a que o DN teve acesso.
Entre os hospitais que perdem nos resultados operacionais estão o Garcia de Orta, em Almada, o Amadora-Sintra, o IPO do Porto, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (com os Hospitais de Santa Maria e Pulido Valente), e de Lisboa Ocidental (com os hospitais de São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz). Mas também o Hospital de São João, no Porto, o Centro Hospitalar de Coimbra, os hospitais de Faro e de Santarém e os Hospitais da Universidade de Coimbra (ver infografia).
De acordo com a mesma simulação enviada aos gestores hospitalares, dos 34 hospitais 12 vão melhorar os resultados com a aplicação do novo modelo de financiamento e dois irão manter a actual situação.
Mas isso não é o suficiente para acalmar a polémica que já se instalou nos hospitais públicos do País. O presidente do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Adalberto Campos, foi o primeiro a demitir-se, tendo regressado ao Millennium bcp no início deste mês. Mas pode haver mais demissões já esta semana. Uma delas poderá ser a de Artur Vaz, o presidente do conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra. Segundo fontes da unidade, a administração apresenta hoje aos directores as consequências da aplicação do novo modelo na vida do hospital. E em função da aceitação ou não das condições pelos quadros o gestor tomará uma decisão.
Já as administrações dos hospitais da Região Norte optaram por tomar uma posição solidária com o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Fernando Araújo, que recusou aceitar a proposta apresentada pela ACSS.
Assim, nenhum hospital do Norte aplicará o novo modelo de financiamento, disseram ontem ao DN fontes da administração do Hospital de São João e do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (ver texto ao lado).
Segundo os gestores dos hospitais que perdem com o novo modelo, este tem algumas virtudes, como o de privilegiar os incentivos à qualidade, mas para algumas unidades, sobretudo para as que produzem mais, é "desastroso" e obrigará a um corte de custos que pode pôr em causa a qualidade do serviço. A questão, dizem, "é que produzindo o mesmo vamos passar a ganhar menos por cada doente atendido." Isto apenas porque se muda de grupo de financiamento. Mesmo os gestores das unidades que ganham, como é o caso do Curry Cabral, consideram o documento, do ponto de vista teórico, bem elaborado, mas distante da realidade.
DN 11.02.10
Posição Nenhum dos hospitais da região norte vai aplicar o novo modelo de financiamento do Ministério da Saúde, asseguraram ao DN fontes do São João e do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
"Estamos solidários com a posição do presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Fernando Araújo", que numa reunião com a ministra da Saúde, Ana Jorge, terá defendido que não aceitava o novo modelo de financiamento dos hospitais, disse fonte da administração da unidade transmontana.
O DN tentou contactar por diversas vezes Fernando Araújo, mas este recusou-se a falar sobre o assunto.
O novo modelo de financiamento das unidades tem estado a ser apresentado aos hospitais pelos responsáveis da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS). Mas segundo uma fonte do Garcia de Orta, em Almada, não estará ainda finalizado. Foi apenas apresentado aos gestores e o Ministério da Saúde tem estado a ouvir as opiniões de alguns dos administradores hospitalares, bem como das ARS, admitindo que poderá haver ajustamentos. O modelo pode até não ser aplicado nas contratualizações já em 2010, admite a mesma fonte.
Segundo apurou o DN, o hospital de Almada poderá perder ou ganhar dois milhões de euros com o novo modelo de financiamento, porque vai ter menos receitas pela produção, ou seja, pelo número de doentes atendidos, mas ganhará no valor dos incentivos à qualidade.
Contudo, ainda resta a esperança de que Ana Jorge recue na aplicação da nova forma de financiamento e faça sair em breve um despacho para resolver o problema. Até porque não poderá haver regiões que cumprem o modelo e outras que não, relembra fonte do Hospital de São João.
DN 11.02.10
Pelos vistos, Òscar Gaspar foi vitima de uma cilada meticulosamente preparada.
Alguém se encarregou de lhe vender gato por lebre.
O que é de estranhar é a posição de Pedro Lopes o distinto presidente da APAH.
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