segunda-feira, fevereiro 8

RSE, 2.ª fase


Terminou em 31.01.10 o prazo para a ACSS apresentar o plano de operacionalização do programa Registo de Saúde Electrónico (RSE) (desp. n.º 27309/2009) link

O RSE que irá permitir, a partir de 2012, o acesso dos profissionais de saúde a informação clínica relevante, independentemente do momento e local da sua prestação, envolve inúmeras dificuldades como a multiplicidade, diversidade e complexidade da informação, armazenada em bases de dados não acessíveis numa única plataforma (Sinus, SAM, SAPE e Sonho), que primam pela sua desactualização, ausência de normas de interoperabilidade, de terminologias e factores de segurança de informação. Por outro lado, não menos dificil, é conseguir a indispensável padronização do conteúdo e estrutura do RSE, por forma a atingir a interoperabilidade entre sistemas, que deve ser constituído por um resumo de dados do doente, onde se devem incluir a história clínica, alergias, problemas activos, MCDTS e terapêutica habitual.
Há, por conseguinte, todo um complexo e demorado trabalho a desenvolver : a) definição da informação nuclear dos RSE; c) escolha de standards, nomenclaturas, códigos e ontologias; d) desenvolvimento das infraestruturas e políticas de segurança; e) produção de RSE padronizados, interoperáveis em formato aberto, para partilha de dados e gestão de informação. E, essencial, reunir verbas para o pesado investimento a realizar.
Na condução deste complexo processo não é demais realçar o trabalho e empenho do secretário de estado, Manuel Pizarro.

DOCS:
1.º - RSE road map
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2.º - RSE – Registo de Saúde Electrónico R1: Documento de Estado da Arte
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3.º - RSE – RSE R2A: Orientações para Especificação Funcional e Técnica do Sistema de SER
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4.º - Dados pessoais ligados à saúde em registos de saúde electrónicos (RSE)
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5.º - What is EHR
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6.º - Accomplishing EHR/HIE: Lessons from Europe
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7.º - On the implementation of privacy and data protection principles
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8.º - Médicos têm dúvidas sobre registo de saúde electrónico
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9.º - Saúde em linha –Plano de acção para um espaço europeu da saúde em linha
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drfeelgood

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1 Comments:

Blogger Omessa said...

A notícia do SOL link dá uma ideia do que deve ser a movimentação de bastidores dos gestores hospitalares para terem mais dinheiro para os seus hospitais e para mandarem ás malvas o novo modelo que atabalhoadamente a ACSS apresentou e que o SE à pressa assinou.

O financiamento é coisa séria que não pode estar sempre a mudar mas também não a ser martelado, reeditando as famigeradas "verbas de convergência" - onde o dinheiro acrescido "convergia" para os influentes e afilhados.

Era interessante saber o que mudou no modelo para haver alterações tão substanciais nos preços de referência.

Por que, meus amigos, das duas três.
Se este modelo está bem a ACSS deve perguntar ao organismo responsável anterior (Ups! é a mesma ACSS!) : Como foi possível errar tanto, vários anos e em tantos serviçso? Quem fez a asneirada anterior e quem esteve a beneficiar com ela? Bem aqui concluía-se que um deles foi o AS, no último ano e provavelmente também com os Melos pois ninguém acredita que por eles terem saído o AS passou a receber mais, também algumas entidades privadas com contratos como se fossem SNS estiveram a receber demais. Se este modelo está bem e as perdas (ganhos) dos hospitais são tão significativas não há alternativa a aplicá-lo faseadamente, se não alguns «estoiram». Há dúvidas de que terá que ser assim?

Se este modelo está errado e o anterior estava bem, deve questionar-se a mesma ACSS: Como foi possível fazer um erro tal e tentar aplicá-lo à pressa sabendo-se que variações daquela diemnsão não são absorvíveis por hospitais públicos com as limitações de enquadramento existentes? Nião há o bom senso de, antes de avançar com uma grande modificação, assegurar-se primeiro da sua adequação e, se a houver, ver com as pessoas envolvidas, ARS e gestores dos hospitais, como fazer para evitar problemas graves nos prestadores?

Se não se sabe qual dos modelos é o melhor, porque ambos têm problemas e aspectos positivos, não será melhor corrigir os problemas do incial? Estes podem resultar, por exemplo, de se financiar os hospitais regionais como se fossem semelhantes a universitários, ou da actividade de ex-hospitais concelhios como Espinho ou Régua, ser paga como se fossem em hospital central.

A importância e o impacto destes assuntos requerem uma abordagem correcta e ponderada (Ah, que saudades Margarida Bentes que tanta falta nos fazes, em especial nesta área...). Ainda que aqueles assuntos não tivessem a importância e o impacto que têm, ficava a necessidade de coordenar intervenções e de manter a coerência, por exemplo, como os investimentos e estratégias já aprovados.
Não vos parece?

1:04 da manhã  

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