quarta-feira, fevereiro 10

Power SoundByte Rangel, candidato

Depois do comício na segunda-feira no Parlamento de Estrasburgo, para uma plateia de meia dúzia atónita, onde denegriu o país no dia em que precisamente o seu risco de crédito subiu ao máximo histórico, Paulo Rangel veio de cegonha para aterrar num hotel em Lisboa e apresentar a sua candidatura à presidência do PSD. link

Disse que não vestia o casaco de homem providêncial, mas lá se foi apresentando como a candidatura "solitária", não "preparada", entrando, assim, de rompante, sem pedir licença aos barões. Repetiu frases de antologia dos candidatos "solitários" de todos os tempos: lavar a honra, apelo moral, sentido de serviço... Onde é que já ouvimos isto? .../
JNR, regra do jogo

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3 Comments:

Blogger Clara said...

José Sócrates acusou hoje, quinta-feira, em Bruxelas, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel de "fazer carreira política com base no radicalismo", o que na sua opinião significa "uma doença muito infantil da política".

"Eu percebo muito bem que fazer essa declaração em Estrasburgo era o primeiro passo de uma candidatura interna", disse o primeiro-ministro pouco antes do início de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.

Paulo Rangel, que ontem, quarta-feira, anunciou a sua candidatura à liderança do PSD, afirmou segunda-feira, em Estrasburgo, que há "um plano do Governo para controlar" os meios de comunicação social pondo em causa "a liberdade de expressão".

Para José Sócrates "há pessoas que acham que devem fazer carreira política com base no radicalismo e quando mais radicais melhor".

"Pois eu acho que isso do radicalismo é uma doença muito infantil da política. A nossa política precisa é de moderação e de responsabilidade", concluiu o primeiro-ministro.


JN 11.02.10

4:32 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Para começo de conversa: a liberdade de imprensa não está em perigo em Portugal. Obviamente. Quem o diz, quem organiza petições online e manifs, nunca antes, quando o perigo real existiu, se fez ouvir. Não há um único grande jornalista português que ande por aí aos gritos em defesa da liberdade pretensamente ameaçada. Não conheço ninguém que não diga e não escreva o que quer e que não tenha tribuna para ser escutado. Sim, há, como haverá sempre, os que têm medo, os que hesitam e os que medem as consequências: mas a cobardia individual não é defeito público. Convém, pois, não confundir liberdade com irresponsabilidade, não confundir vaidades individuais, desejos de protagonismo e aproveitamentos políticos com a situação real, como um todo.
muito mal, andou, pois, Paulo Rangel, com aquele seu infeliz, quase ridículo, discurso no Parlamento Europeu, querendo justificar num minuto a ditadura que se viveria em Portugal. Além de mais, para quem queria defender o jornalismo livre, ele cometeu um pecado capital: exagerou, generalizou, mentiu. Fiquei a pensar que, se este é o amigo da liberdade de imprensa, que avancem os inimigos.
.../

Sousa Tavares, expresso 13.02.10

4:46 da tarde  
Blogger Clara said...

Acusaram-nos, a mim e à Elisa Ferreira, de sermos "candidatas-fantasma", sugerindo pouca seriedade por termos concorrido às eleiçoes europeias e às autarquicas - e no entanto estivemos em ambas candidaturas de carne e osso e de alma e coração, desde início com honestidade e transparencia em relação às nossas intenções e submetendo-as ao veredicto dos eleitores.
Um dos mais atiçados acusadores foi o peso pesado do PSD, Dr. Paulo Rangel. Arvorado em paladino da moralidade política, esperar-se-ia que cumprisse integralmente, com zelo e em dedicação exclusiva, o mandato no PE a que se candidatou e para que foi eleito.
Mas na verdade o Dr. Rangel nunca respondeu ao meu repto de se comprometer a não aceitar, em coerência com as críticas que fazia, qualquer outro cargo que o impedisse de cumprir o mandato europeu. Repto que lhe lancei em Junho do ano passado quando, já eleito para o PE mas activamente envolvido na campanha de um PSD ainda com pretensões a vencer as eleições legislativas, um angelical Dr. Rangel disse "não afastar" a possibilidade de deixar o Parlamento Europeu para se integrar um futuro governo PSD.
Mas ao maleável Dr. Rangel, dá-lhe conforme sopra o vento: já com a presidência do seu Partido em disputa, no dia 29 de Outubro de 2009, foi avistado na RTP1 a fazer juras solenes - "Eu digo aqui, peremptoriamente, que não estou nessa corrida [para a Presidência do PSD]" e acrescentou que "não faria sentido, neste momento, que eu me candidatasse à liderança deixando o Parlamento Europeu. Eu acho que os eleitores não compreenderiam isso, seria um mau sinal dado à democracia."
Ontem, apenas uns meses depois, o Dr. Rangel apresentou diafanamente a sua candidatura para a Presidência do PSD. O mandato europeu do querubínico Dr. Rangel fica para ...os anjinhos.
O Dr. Paulo Rangel ilustra bem como aos políticos oportunistas e populistas o que falta em princípios, sobra-lhes na ubiquidade e no contorcionismo. Não admira: o aspirante a líder do PSD não fará mais do que aplicar-se em seguir as pisadas de um seu inspirador - dizem-me que num ágape que proporcionou a jornalistas, esta semana, o Dr. Rangel se assumiu como ... peronista.
Ficamos em pulgas, à espera da Evita.

Ana Gomes, Causa Nossa

10:56 da tarde  

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