quinta-feira, junho 24

Gestão hospitalar

851 MILHÕES DE EUROS
Dívidas dos hospitais aos laboratórios em Maio de 2010. O que representa um aumento de 75% em relação ao mesmo mês de 2009. Do total, 730 milhões dizem respeito aos hospitais EPE.

11 MESES PARA PAGAR
Da dívida total, 551 milhões de euros dizem respeito a despesas assumidas há mais de 90 dias. Os hospitais estão a demorar, em média, 11 meses a pagar as dívidas, ultrapassando os três meses máximos previstos pela União Europeia.
link link

Como se isto não bastasse, temos que gramar os comentários vuvuzelas do Pedro Lopes, que se limita, como é hábito, a sublinhar o óbvio. Intervenções deste quilate nada abonam a favor da competência dos Administradores Hospitalares.

Etiquetas: ,

3 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

O Governo entregou 1,5 mil milhões de euros às farmácias em 2009. De acordo com dados da Associação Nacional de Farmácias (ANF), a que o Diário Económico teve acesso, os encargos do Estado com a comparticipação de medicamentos subiu 8,4% em relação a 2008, e chegou aos 1,548 mil milhões de euros.
Mas enquanto que os encargos com o Serviço Nacional de Saúde aumentaram, os utentes viram a factura com remédios mais aliviada. Em 2009, os portugueses pagaram 1,436 mil milhões de euros pelos medicamentos comprados na farmácia, menos 8,8% que no ano anterior.
O aumento da despesa do Estado em contraposição com a maior poupança dos utentes é explicado, segundo a ANF, pela comparticipação a 100% dos genéricos aos pensionistas mais pobres. Esta medida de carácter social, introduzida em Julho de 2009, custou ao Estado 47,3 milhões de euros, revelam os mesmos dados.
Para o economista Jorge Simões, a diminuição dos encargos dos utentes é “uma boa notícia”, mas será sol de pouca dura: “Em 2010 isso já não vai acontecer porque agora o Estado só comparticipa na totalidade os cinco genéricos com preços mais baixos”, alerta o antigo assessor para a Saúde do presidente Jorge Sampaio. Para além disso, Jorge Simões alega que na realidade o que aconteceu foi uma “transferência do ónus da poupança”. Ou seja, os portugueses pagam menos nas farmácias, mas os encargos do SNS aumentaram e, no limite, “a despesa será sempre suportada pelos contribuintes”.
No aumento da despesa do Estado pesou também a não redução do preço de referência dos remédios de marca, em resultado da redução do preço dos genéricos em 2008. Uma medida que o Governo já corrigiu com a entrada em vigor a 1 de Junho do pacote do medicamento. Contas feitas, mais 27 milhões de euros na factura do SNS.
De acordo com a ANF, 39% do aumento da facturação do SNS em 2009 ficou ainda a dever-se às novas comparticipações de medicamentos. “O Top 12 das novas apresentações comparticipadas com maior variação homóloga nos encargos do SNS é responsável por uma variação de 46,3 milhões de euros”, concretiza a ANF. Destas novas comparticipações, aprovadas no final de 2008, seis medicamentos são antidiabéticos orais comparticipados em 95% e outro é uma insulina comparticipada a 95%.
O mercado total de medicamentos valeu 3,343 mil milhões de euros em 2009, um decréscimo de 0,6% face ao ano anterior.

DE 23.06.10

Gestão pantomineira.

1:16 da manhã  
Blogger Antunes said...

As contas fazem-se no final do ano e vai-se avaliando ao longo do ano pelo prazo médio de pagamento, que eu insisto em afirmar que está abaixo dos 120 dias
Manuel Pizarro, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, a propósito do relatório da Indústria Farmacêutica sobre a dívida dos hospitais aos fornecedores de medicamentos, que ultrapassou os 851 milhões de euros em Maio .

DD 22.06.10

Bem isto em termos de comunicação já atingiu o nível do bar da coxa.
Que mais ainda iremos assistir antes desta fabulosa equipa regressar a casa.

10:23 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Segundo dados divulgados pela Apifarma no passado dia 21, a dívida total dos hospitais à Indústria Farmacêutica ascendia a 851 milhões de euros — ou o equivalente a 10% do orçamento total da Saúde, um aumento de 75% desde Maio de 2009, e dois terços dela dizem respeito a pagamentos que não cumprem o prazo de 90 dias (551,2 milhões). De acordo com a mesma fonte, os hospitais demoram 331 dias a pagar, ou seja, mais 52,5% do tempo que demoravam um ano antes (217 dias).
Perante estes números, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse, no dia seguinte, à Lusa, que «as contas fazem-se no final do ano»; e, quanto ao prazo médio de pagamento, «insisto em afirmar que está abaixo dos 120 dias».
Já nos habituámos à discrepância entre os números da polícia e dos organizadores de manifestações, que, às vezes, ronda o meio por meio, mas compreendemos a dificuldade de contagens a olho, descontado o esforço de cada um para puxar a brasa à sua sardinha; neste caso, porém, onde há registos contabilísticos organizados (ou não?) custa perceber leituras tão distintas. E as palavras de Manuel Pizarro não auguram necessariamente nada de bom; à primeira vista, podem querer significar uma súbita avalancha de dinheiro no fim do ano (vinda de onde?); no pior dos casos — o que mais receamos, por saber de experiência feito — anuncia-se engenharia financeira natalícia, mais uma injecção de capital naquele fundo para pagar dívidas a mais de 90 dias, que não sabemos se ainda é vivo.
Se quiserem esclarecer…

J.P.O.
Tempo de Medicina 28.06.10

12:05 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home