quinta-feira, junho 24

new Cool it!

Deverão - em breve - ser "pedidas" alterações extraordinárias quanto ao paradigma que informa o SNS, possivelmente datadas para vigorar em 2011, 2012, 2013, ...
Não vamos ficar por uma redução da despesa em 5%...
Mas ninguém acredite que possa existir a mínima capacidade [futura] de retorno.

A crise financeira vai captar - e destruir - as mais importantes conquistas sociais, obtidas pelos cidadãos europeus, em duras lutas políticas e sindicais, durante a segunda metade do século XX.
Nada foi conseguido de borla e tudo [ou quase tudo] poderá ser perdido gratuitamente, em engodos ilusionistas e de malabarismo financeiro.

A onda neoliberal que se agiganta nesta crise, engolindo tudo, não poupará os sistemas de saúde europeus. A Srª Merkel e o Sr. Sarkosy encarregar-se-ão disso. A UE aceitará essa hecatombe - os diktats dos mais desenvolvidos - com reverência e [envergonhadamente] balbuciando: obrigado!

O "salve-se quem puder" foi sendo - paulatinamente - instalado nas mentalidades e resta-nos cultivar uma gritante e farisaica insensibilidade social.
É cómodo. Não precisamos de fazer nada. É só aguardar as [drásticas] recomendações de Bruxelas...

Elas [todo o genero de medidas anti-sociais sobre o manto de "reformas estruturais"] chegarão - a não ser que as vitimas se rebelem. Porém, hoje, rebelar-se tornou-se difícil e, além do mais, incompreendido. A mensagem de que contestar as austeras restrições às prestações sociais do Estado é não compreender politicamente a gravidade da "crise", já se entranhou… - é politicamente correcta[!].
O mundo financeiro agradece, reconhecidamente. Conta fazer recuar a Europa quase meio século em 3 - 4 anos, aparentemente, sem convulsões sociais. Pelo contrário o neo liberalismo acredita e postulou o arrefecimento [cool it !] das convicções social-democráticas [fiquemos por aqui - não vale a pena falar em socialismo].
A Terra aquece e a Humanidade "arrefece".

Será que devemos sentirmo-nos – ou ficar - de mãos atadas?

Não há alternativas a estas [velhas] pretensões [e soluções] anti-sociais?

E-Pá!

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