O preço do silêncio
foto JMF
Sindicato dos enfermeiros suspende parte dos dias de greve link
O sindicato dos enfermeiros decidiu suspender a greve que tinha convocado para os próximos três dias, mas vai manter a paralisação de sexta-feira, bem como a manifestação nacional. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu suspender a greve que tinha convocado para terça, quarta e quinta-feira, depois de uma ronda negocial sobre a carreira que decorreu esta segunda-feira no Ministério da Saúde.
O SEP mantém porém a greve marcada para sexta-feira, assim como a «manifestação nacional», já convocada para o mesmo dia, disse o coordenador do sindicato José Carlos Martins, citado pela agência Lusa. Em declarações à TSF, a presidente do SEP disse que a «categoria de enfermeiro principal» passou para uma nova posição remuneratória e o Ministério «aproximou posições no que diz respeito aos rácios de enfermeiros que poderão atingir a categoria de enfermeiro principal». Deu-se ainda uma ligeira aproximação quanto às «remunerações para as categorias subsistentes», acrescentou Guadalupe Simões, frisando que a grelha salarial não sofreu alterações.
…
Quanto custa o silenciamento da contestação sindical? Pouco importa para este MS e, provavelmente, para este PM. Dada como certa a finitude próxima desta legislatura, tão desastrada, pouca diferença fará cavalgar, (ainda mais) um pouco a dívida pública. Cava-se a sepultura, a médio prazo, do SNS entregando-o, ao centro-direita, em “óptimas” condições de privatização maciça de tão insustentável que se achará. Mas fica-se bem na fotografia assim como uma espécie de “fada-madrinha” dos sindicatos e dos interesses corporativos.
O sindicato dos enfermeiros decidiu suspender a greve que tinha convocado para os próximos três dias, mas vai manter a paralisação de sexta-feira, bem como a manifestação nacional. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu suspender a greve que tinha convocado para terça, quarta e quinta-feira, depois de uma ronda negocial sobre a carreira que decorreu esta segunda-feira no Ministério da Saúde.
O SEP mantém porém a greve marcada para sexta-feira, assim como a «manifestação nacional», já convocada para o mesmo dia, disse o coordenador do sindicato José Carlos Martins, citado pela agência Lusa. Em declarações à TSF, a presidente do SEP disse que a «categoria de enfermeiro principal» passou para uma nova posição remuneratória e o Ministério «aproximou posições no que diz respeito aos rácios de enfermeiros que poderão atingir a categoria de enfermeiro principal». Deu-se ainda uma ligeira aproximação quanto às «remunerações para as categorias subsistentes», acrescentou Guadalupe Simões, frisando que a grelha salarial não sofreu alterações.
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Quanto custa o silenciamento da contestação sindical? Pouco importa para este MS e, provavelmente, para este PM. Dada como certa a finitude próxima desta legislatura, tão desastrada, pouca diferença fará cavalgar, (ainda mais) um pouco a dívida pública. Cava-se a sepultura, a médio prazo, do SNS entregando-o, ao centro-direita, em “óptimas” condições de privatização maciça de tão insustentável que se achará. Mas fica-se bem na fotografia assim como uma espécie de “fada-madrinha” dos sindicatos e dos interesses corporativos.
bigBang
Etiquetas: Politica de Saúde
4 Comments:
O Ministério da Saúde e a Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros procedem hoje à conclusão do processo negocial relativo à regulamentação da carreira especial de enfermagem.
Nesta ocasião será assinada a acta de encerramento da negociação relativa à definição da tabela remuneratória, rácios dos enfermeiros principais, remuneração das chefias e direcções e categorias subsistentes.
Será ainda assinado o acordo de entendimento quanto aos princípios relativos à avaliação de desempenho, organização e duração do tempo de trabalho, organização do tempo de enfermagem e recrutamento na carreira, que enquadram a próxima etapa negocial.
A sessão terá lugar pelas 17h30, no Ministério da Saúde.
Portal da Saúde, Lisboa, 15 de Junho de 2010
A ministra da Saúde disse que os enfermeiros em início de carreira vão passar a receber por mês 1200 euros em vez de 1020, na sequência do “acordo” que indicou ir assinar ainda hoje com os sindicatos.
link
Entretanto, vai haver greve sexta feira.
Alguém percebe alguma coisa disto?
A técnica da prestidigitação
Os helicópteros e ambulâncias de socorro do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que entraram recentemente em funcionamento não vão deixar de funcionar, apesar dos cortes nas despesas dos organismos tutelados pelo seu ministério. A ministra garante que “são para manter” todos os meios de socorro, mas admite que alguns meios deixem de servir as localidades em que foram colocados.
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O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Abílio Gomes, admite a necessidade de suspender helicópteros e ambulâncias. Como a TVI avançou, este domingo, o INEM está a estudar internamente um plano de redução de custos. Abílio Gomes garante que o plano estará pronto até ao final do mês e que a última palavra cabe ao Ministério da Saúde. Na semana passada, o conselho directivo do INEM apresentou às delegações regionais um plano ambicioso de redução de custos com dez medidas. Entre elas, «desactivar dois helicópteros médios», «desactivar meios» de socorro, como ambulâncias ou carros médicos ou «horas extras zero». A concretizar-se, obrigará a fechar dezenas de ambulâncias.
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O Ministério da Saúde e a Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros procedem hoje à conclusão do processo negocial relativo à regulamentação da carreira especial de enfermagem. Nesta ocasião será assinada a acta de encerramento da negociação relativa à definição da tabela remuneratória, rácios dos enfermeiros principais, remuneração das chefias e direcções e categorias subsistentes. Será ainda assinado o acordo de entendimento quanto aos princípios relativos à avaliação de desempenho, organização e duração do tempo de trabalho, organização do tempo de enfermagem e recrutamento na carreira, que enquadram a próxima etapa negocial. A sessão terá lugar pelas 17h30, no Ministério da Saúde.
Portal da Saúde, Lisboa, 15 de Junho de 2010
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Citado pela TSF, o sindicalista desmentiu a obtenção de qualquer entendimento com o Ministério da Saúde e explicou que na tarde desta segunda-feira apenas será assinada «a acta da reunião de encerramento do processo negocial». O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, garante que não foi estabelecido qualquer acordo com o Governo, conforme anunciara a ministra da Saúde, Ana Jorge.
A reunião realizada esta terça-feira entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o Ministério da Saúde terminou sem acordo, mesmo depois da ministra da tutela ter anunciado que os enfermeiros em início de carreira passariam a ganhar 1200 euros.
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Os médicos aceitaram congelar as negociações das tabelas salariais com o Ministério da Saúde devido à situação de crise financeira que o país atravessa, o que significa que há grande probabilidade de o acordo só chegar em 2011, avança o Diário de Notícias (DN).
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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) considerou como «nada mais longe da verdade» a existência de uma «aceitação» de grelhas salariais e de um hipotético congelamento de salários com a tutela, depois de a Federação Nacional de Médicos (FNAM) ter tomado idêntica posição, noticia a Lusa. A FNAM já tinha negado qualquer eventual acordo com o ministério de Ana Jorge sobre tabelas e congelamentos salariais, sendo matérias que continuam em discussão. A FNAM salientou que a discussão desses pontos integra um «conjunto negocial», que «aguarda agendamento e compromissos do Ministério da Saúde».
Quanto custa o silenciamento da contestação sindical? Custa, porporcionalmente,o mesmo preço dos subsídios de direcção e chefia que são pagos a todos os directores de serviço (subsídio de direcção e chefia mais subsídio de precriedade) e a todos os enfermeiros chefe e técnicos coordenadores e sibcoordenadores (subsídio de chefia), como acontece no Hospital de S. João. Ou , proporcionalmente, o mesmo preço do silêncio e da censura de posts que ficam por publicar se forem considerados incómodos para determinados destinatários.
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