segunda-feira, julho 26

NHS, debaixo de fogo


A nova coligação do governo de sua majestade anunciou recentemente a reforma mais radical do NHS - não extensível ao País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte - dos últimos 40 anos. Que prevê, entre outras coisas, a transformação dos hospitais públicos em organizações privadas de fins não lucrativos. Alterações profundas da gestão da rede primária com o encerramento de 150 PCT (fundações de cuidados primários) e de 10 estruturas regionais e a entrega da sua gestão directa aos médicos de família e médicos hospitalares que trabalharão em conjunto nos serviços de saúde locais, passando a dispor, para o efeito, de um orçamento de cerca de 80.000 milhões libras até agora gerido pelas PCT.

Prevê ainda (como não podia deixar de ser) a atribuição de mais poder de escolha aos utentes do NHS (lá mais para diante não sei se mudará também de designação) através da melhoria do acesso à informação sobre a qualidade das prestações de cuidados.

O NHS, fundado em 1948, goza do consenso quase geral da sociedade britãnica, e, apesar de reconhecidamente prestar cuidados de elevada qualidade a preços baixos, num mercado onde os preços e a procura não param de subir, o novo governo de coligação entendeu que era chegada a hora de promover nova arremetida dos interesses privados.

Docs:
1.º - Equity and excellence: Liberating the NHS
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2.º - Liberating the NHS: Regulating healthcare providers
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3.º - Liberating the NHS: commissioning for patients
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4.º - Department of Health Draft Structural Reform Plan
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5.º - Analytical strategy for the White Paper and associated documents
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6.º - Initial Equality Impact Assessment (EqIA) July 2010 link
7.º - Transparency in outcomes - a framework for the NHS
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8.º - Local Democratic Legitimacy in Health
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Nota: Os nossos liberais de pacotilha (O irmão Dupond dos fatinhos inclusivé. Não é o Cameron lusitano, mas vai fazendo por isso) não vão querer perder pitada desta reforma anunciada .

Costa do Castelo


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