(Até que enfim) Uma boa notícia…
Jorge Almeida Simões substitui presidente da ERS
…”O presidente da Entidade Reguladora da Saúde, Álvaro Almeida, vai ser substituído no cargo, a 30 de Setembro, por Jorge Almeida Simões, actual coordenador do Plano Nacional de Saúde 2011/2016. A nomeação de Jorge Manuel Trigo de Almeida Simões para presidente do conselho directivo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), pelo período de cinco anos, foi aprovada hoje, quinta-feira, em Conselho de Ministros”…
Após um longo período de indefinição de propósitos, de falta de clarividência e de (in) utilidade pública vemos surgir uma luz ao fundo do túnel no destino da ERS. Jorge Simões tem todas as condições para recolocar a ERS no posicionamento adequado contribuindo, desse modo, para equilibrar o sistema de saúde, introduzindo rigor na análise onde antes havia impulsos opinativos. Jorge Simões conhece, estudou e experienciou o sector e saberá fazer da ERS não um regulador económico de “mercado” do sector da saúde mas antes um regulador dos deveres de qualidade e dos direitos de acesso.
Temos a convicção de que o sistema sairá reforçado nas suas dimensões críticas da universalidade, da justiça e da equidade.
…”O presidente da Entidade Reguladora da Saúde, Álvaro Almeida, vai ser substituído no cargo, a 30 de Setembro, por Jorge Almeida Simões, actual coordenador do Plano Nacional de Saúde 2011/2016. A nomeação de Jorge Manuel Trigo de Almeida Simões para presidente do conselho directivo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), pelo período de cinco anos, foi aprovada hoje, quinta-feira, em Conselho de Ministros”…
Após um longo período de indefinição de propósitos, de falta de clarividência e de (in) utilidade pública vemos surgir uma luz ao fundo do túnel no destino da ERS. Jorge Simões tem todas as condições para recolocar a ERS no posicionamento adequado contribuindo, desse modo, para equilibrar o sistema de saúde, introduzindo rigor na análise onde antes havia impulsos opinativos. Jorge Simões conhece, estudou e experienciou o sector e saberá fazer da ERS não um regulador económico de “mercado” do sector da saúde mas antes um regulador dos deveres de qualidade e dos direitos de acesso.
Temos a convicção de que o sistema sairá reforçado nas suas dimensões críticas da universalidade, da justiça e da equidade.
Pensador
Etiquetas: s.n.s
8 Comments:
"Temos a convicção de que o sistema sairá reforçado nas suas dimensões críticas da universalidade, da justiça e da equidade"
Esperamos todos que sim mas Messias há só um e já não está cá há quase dois milénios...
Está de parabéns o MS.
Uma decisão acertadíssima.
Mas o nosso PIB é pequenito…
Jorge Simões – O nosso PIB é pequeno mas o do Luxemburgo também é pequeno e os luxemburgueses não chegam a este valor. Ou os dinamarqueses. Esse argumento não chega!
Mas nós podemos, enquanto comunidade – e embora a comunidade portuguesa, e outras, se manifestem de maneira débil – definir que a Saúde é a prioridade das prioridades e assumir que vamos canalizar mais recursos para esta área em detrimento de outras. Este é um primeiro comentário. O segundo, é que quando nos comparamos a outros países – quer em relação à despesa, em geral, quer em relação à despesa pública e dos privados – temos de ser conscientes e saber que gastamos mais do que a média da União Europeia (EU). É preciso dizer de uma forma clara aquilo que o SNS pode dar e o que não pode dar. Esse é um valor de referência e, portanto, desse ponto de vista gastamos muito. (...)
entrevista, GH n.º 38
Finalmente, uma grande decisão !
Por melhor que escrutinemos não vemos melhor escolha.
Jorge Simões vai deixar obra.
Será que as férias estão a fazer bem a Ana Jorge?
ERS - dos aforismos aos reais encargos...
De facto, uma boa notícia.
Por outro lado, como reverso da medalha, o aportar de novos e mais exigentes encargos... E as exigências são imperiosas urgências.
A nomeação, em 2005, do Prof. Alvaro Almeida como presidente da ERS na sequência da demissão de Rui Nunes que renunciou por não dispor de apoio institucional e financeiro, deixou o "Mundo da Saúde" [profissionais e utentes] em suspenso.
Na verdade, o Prof. Álvaro Almeida - economista de formação e com um desempenho profissional no FMI e no sector financeiro nacional - não parecia reunir um perfil ajustado para a especificidade deste [relevante] cargo.
A ERS [como aliás se afirma no post], não se pode confinar ao "mercado da saúde", por mais pertinente que sejam, neste momento, as vontades de o fiscalizar e o regular. Sendo verdade que este emergente "mercado da saúde", com novas dimensões e novos objectivos estratégicos [subsidiários do peso do sector privado], necessita - na eventualidade [ou na eminência ?] de alterações do modelo de Estado Social - de ser observado de perto.
Jorge Simões, é um homem profissionalmente ligado ao sector da saúde [durante a sua vida] e conhece profundamente as razões que levaram à natividade da ERS. Nessa altura, era conselheiro do ex-Presidente Jorge Sampaio que, como sabemos, "exigiu" a criação deste organismo regulador, em resposta às pretensões do ex-Ministro Luís Filipe Pereira, face à reforma da rede de cuidados primários...
O sector da saúde precisa de cuidados que ultratassam uma mera regulação de mercados, como aliás está definido, nos seus objectivos de missão.
Refiro-me à vigilância das condições de : "acesso aos cuidados de saúde, à observância dos níveis de qualidade e à garantia de segurança, zelando pelo respeito das regras da concorrência entre todos os operadores, no quadro da prossecução da defesa dos direitos dos utentes."
É, fundamentalmente, isso. Para além da função reguladora deverá ser um orgão institucional de garantia, com autonomia [administrativa e financeira] que, na prática, assegure a qualidade dos serviços prestadores e da segurança dos utentes. E, como a experiência nos revela, os caminhos das garantias passam pela salvaguarda de uma verdadeira e responsável autonomia.
Os recentes e dramáticos acontecimentos que desviaram a atenção dos portugueses para os licenciamentos de unidades de saúde mostraram que a ERS deverá ser, também, uma interface informativa para os utentes sobre os diferentes prestadores de cuidados de saúde. Isto será mais importante do que elaborar rankings [um dos badalados propósitos da actual direcção da ERS...].
Enfim, um vasto campo de acção que, ao longo dos 7 anos de existência da ERS, não foi plenamente ocupado.
Até aqui - para sermos contidos -temos vivido de esparsos aforismos...
Não chega!
É justo que desejemos mais e melhor.
Jorge Simões faz parte do núcleo restrito de experts que alia o seu profundo conhecimento das matérias a um correcto posicionamento sobre a forma como a politica de saúde deve ser desenvolvida no nosso país.
Uma grande escolha e, por isso, de certo modo inesperada.
Parabéns a quem teve esta excelente ideia.
Esta nomeação deve ter causado enorme azia ao nosso estimado professor PKM.
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