segunda-feira, setembro 13

Para memória futura ...

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Redes públicas devem incluir instituições privadas, diz Passos Coelho

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou esta segunda-feira que as redes públicas de saúde e educação devem incluir instituições privadas e ser financiadas pelo Estado.
À semelhança do que acontece no pré-escolar, as redes públicas de saúde e a educação deveriam incluir instituições estatais e privadas, afirmou Passos Coelho durante uma visita à Escola Secundária Anselmo de Andrade, em Almada.
O presidente do PSD exemplificou que "o primeiro-ministro tem inaugurado suficiente número de escolas, quer da rede estritamente do Estado, quer de uma rede que é contratada pelo Estado a outras instituições", defendendo esta medida "sobretudo na educação".
Passos Coelho frisou que o PSD tem vindo a defender bens sociais importantes ao nível da educação e da saúde, nomeadamente a existência de "sistemas que sejam universais e que sejam gerais", cita a Lusa.
O social-democrata defende que é errado pensar-se que o serviço público tem apenas de ser prestado por instituições públicas, frisando que "aqueles que têm mais dificuldades, que provêm de classes de rendimento mais baixas" necessitam de "ser mais apoiados".
link
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Começa a ser demasiado grotesco o jogo de cintura… após o fiasco da proposta de revisão constitucional.
Continuamos, todavia, sem perceber o “esquema” [mix networks] e, principalmente, quem vai pagar [para além do Estado, é óbvio].
Com certeza será explicado na próxima proposta de alteração constitucional [revista e aumentada].

e-Pá!

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5 Comments:

Blogger tambemquero said...

Passos Coelho está consciente de que projecto de revisão constitucional do PSD não “terá uma segunda oportunidade para criar uma boa primeira impressão” e aposta numa coisa tão simples como até agora inédita: que os portugueses compreendam o objectivo do partido ao avançar para uma revisão constitucional durante a pré-campanha das presidenciais e ainda sem o Orçamento do próximo ano viabilizado.
Ontem, o líder do PSD reuniu-se como grupo de trabalho que encarregou de desenhar um projecto de revisão e ficaram confirmados (dependentes apenas da aprovação da comissão política) dois recuos face ao documento inicial. Por um lado, o PSD volta a incluir a “justa causa” como justificação para um despedimento, acrescentando-lhe uma outra: a “razão atendível” à luz de uma lei europeia. Por outro lado, o PSD foi sensível ao mal-estar que causou junto do sector cavaquista a mudança dos poderes presidenciais e acabou por deixar cair a moção de censura construtiva que permitiria a mudança de Governo, a meio da legislatura, sem intervenção do Chefe de Estado. Apesar do PS ter mostrado abertura para aceitar este reforço dos poderes do Parlamento, o PSD retirou a proposta. Até pode vir a aceitá-la, mas no contexto de uma negociação.
A par com estas cedências, o PSD avança com uma musculada estratégia de comunicação: hoje, ao pequeno-almoço, o projecto será apresentado aos directores de jornais, às 11 horas à comissão política do partido e, de seguida, aos deputados. Serão ainda distribuídas explicações técnicas (uma revisão constitucional anotada) e explicações de compreensão fácil para quem não domina um tema tão denso e nada apelativo quanto o da revisão constitucional.
Politicamente a estratégia do PSD assenta na denúncia da “insustentabilidade” do Estado social tal e qual está: “Queremos que o Estado garanta a todos os portugueses (…) um ensino de qualidade. Umas vezes na rede estatal, outras vezes fora dela” explicou ontem Passos Coelho, para que “aqueles que têm mais dificuldades possam ser mais apoiados”. O exemplo, diz o PSD, estende-se à saúde e ganha relevância perante a derrapagem da execução orçamental durante os primeiros sete meses do ano precisamente nos ministérios que tutelam estas duas políticas públicas.
Mas Passos Coelho corre já atrás do “prejuízo”. Liderou todas as sondagens durante dois meses (Junho e Julho) e chegou a ser, no barómetro da Marktest, mais popular do que o próprio Presidente – facto inédito em mais de 20 anos de sondagens. Agora, como escreveu no seu blog o especialista Pedro Magalhães “começa a ganhar credibilidade a noção de que a vantagem de que o PSD terá tido sobre o PS após a eleição de Passos Coelho terá diminuído (ou desaparecido) desde então, e que uma derrota do PS numa eleição neste momento não poderia ser dada como adquirida”. Internamente a pressão subiu de tom e o espírito de unidade com que arrancou o “passismo” dá sinais de fraqueza. Não existe, ainda, grande espaço de manobra para a oposição interna mas as circunstâncias têm reforçado Rui Rio, um eterno candidato a líder do PSD, que passou a sofrer marcação directa do seu arqui-rival do Porto. Ontem, depois de Rio ter apelado para que “Portugal consiga, pelo menos, não agravar com a crise do orçamento aquilo que já é suficientemente mau” (num apelo à negociação entre PS e PSD), Luís Filipe Menezes respondeu menos de uma hora depois: “Porque há-de ser o PSD o Pai Natal do engenheiro Sócrates? É um disparate”

DE 14.09.10

11:20 da tarde  
Blogger Tavisto said...

Em versão Lili Caneças

Depois da falsa partida que levou à desclassificação nas sondagens do projecto de revisão constitucional do PSD, a coisa voltará esta semana à carga, agora devidamente embrulhada em papel de lustro de "estratégia de comunicação", conforme recomendado pelo "marketeer" prof. Marcelo. A operação começa amanhã com um pequeno-almoço de Passos Coelho com directores de jornais (os directores de jornais sempre saem mais baratos que Figo, e com uma torrada e um sumo já se compra uma manchete); depois será Teixeira Pinto, o monárquico que o PSD encarregou de rever a Constituição dita da República, a "reunir com jornalistas para lhes explicar o sentido das propostas". Estas sofreram um "lifting" completo, tendo sido sujeitas a várias camadas de maquilhagem verbal para embelezar (despedimento "por razões atendíveis" passará a despedimento "com bons modos") as rugosas intenções de Coelho quanto à escola pública, o SNS e a liberalização dos despedimentos. Na quinta, finalmente, a versão Lili Caneças do projecto terá apresentação na RTP a cargo do próprio Passos Coelho. A imprensa cor-de-rosa está em pulgas.

Manuel António Pina – JN 13/09/10

11:42 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Oportunismo

«Marcelo aconselha Passos Coelho a rever o seu discurso».
O problema está em quem vai acreditar na sinceridade da mudança...

vital moreira, causa nossa

12:10 da manhã  
Blogger Clara said...

Como é que em tão pouco tempo se cai assim no ridículo.
Como é que os trabalhadores, empresários, cidadãos deste país, poderão acreditar num político tão impreparado, ainda por cima do tipo trocatintas.

11:10 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Passos em falso

O conteúdo da proposta de revisão constitucional do PSD resulta de uma visão neo-liberal que procura, equivocadamente, aproveitar a crise para atirar o barro à parede.
É uma proposta desajustada das necessidades dos portugueses e desfasada das suas prioridades.
Mas nada de substantivo realmente marca, quando o arauto de serviço tem a hisurtez comunicacional e o fervor republicano do monárquico Dr. Paulo Teixeira Pinto, como demonstrados em entrevista esta noite a Ana Lourenço, na SIC-Noticias.
Não gaste o PS demasiados cartuchos atrás deste coelho: tal como a emulação a Midas do ex-banqueiro abalou a trajectória do BCP, o convencimento do ex-Opus Dei dá garantias de afundamento mediático deste e doutros desorientados passos do PSD.

vital moreira, causa nossa

12:46 da manhã  

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